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CONTRA PERFEIÇÃO SÍNTESE

Por:   •  23/9/2018  •  Resenha  •  877 Palavras (4 Páginas)  •  335 Visualizações

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SANDEL,Michael J.Contra a perfeição:Ética na era da engenharia genética.Rio de Janeiro:Civilização Brasileira,2013.107 p.


    Até onde os avanços da engenharia genética são aceitáveis? Michael J. Sandel faz uma análise dessa questão, em seu livro “Contra a perfeição, Ética na era da engenharia genética”. Essa obra é fruto de sua participação no Conselho de Bioética criado por George W. Bush em 2001.

    Sandel é um escritor, filósofo e importante professor da universidade de Harvard.  Nascido em Minneapolis, nos Estados Unidos, é famoso pelo curso Justice, em que atua desde 1980. Formado em Política pela Universidade de Brandel, Sandel busca em suas obras debater temas polêmicos, utilizando exemplos reais e argumentos filosóficos.

    No primeiro capitulo dessa obra intitulado “A ética do melhoramento”, o Filósofo aborda  como as novas técnicas de utilização da engenharia genética, usadas para melhorar os músculos, a memória, adquirir altura, selecionar o sexo dos bebês e clonar animais, está causando uma sensação de desconforto na sociedade.

   Essa sensação de desconforto, de acordo com Sandel, pode ser encontrada também nos esportes. É esse assunto que o professor aborda no capitulo “Atletas biônicos”, em que discute como identificar quais as modificações corrompem as competições esportivas e quais melhoram. Diante disso, o professor afirma que, as modificações que distorcem o esporte são aquelas que infringem sua essência, que é mostrar ao público o talento natural, a superação e recompensar os melhores jogadores. E as que melhoram são as que trazem mais brilho aos esporte em que agem.

     Em “Filhos projetados, pais projetistas” o terceiro capitulo, o escritor defende que os filhos são como dádivas e devem ser aceitos como são, e não como objetos projetados pelos pais. Segundo Sandel, aos pais cabe apenas a  responsabilidade de ajudar os fillhos a descobrir e desenvolver os seus talentos e dons, entretando, certos pais possuem impulsos frenéticos de moldar e controlar a vida de seus filhos, para isso utilizam-se de métodos nocivos, como, por exemplo, a realização de operações cirurgicas em jovens atletas, como forma de melhorar o desempenho nas quadras. Para o professor, esses métodos que visam melhorar as crianças, se aproximam do movimento eugenico do século passado.

    O movimento eugenico ficou popular nos Estados Unidos, com Francis Galton. Esse biólogo queria produzir uma raça altamente talentosa de seres humanos, os “qualificados”, através de reproduções criteriosas durante diversas gerações consecutivas. Já os seres humanos considerados “desqualificados” – pobres, miseráveis, prisioneiros e doentes mentais – deveriam sofrer esterilização, pois seus genes segundo Galton , eram inferiores ao do restante da população, e não deveriam ser reproduzidos para outras gerações. Para Sandel, esse movimento sofreu uma motificação com o passar dos anos, e no seculo XXI a nova eugenia ou eugenia liberal, é ditada conforme a preferência dos pais. O professor explica, que as caracteristicas físicas que os pais buscam nos filhos são quase sempre as mesmas. Com isso, as empresas de vertilização lucram aumentando o preço de sêmens de homens que possuem essas caracteristicas consideradas “superiores”. Sandel também resalta nesse capitulo intitulado “A nova e a velha eugenia”, que esse novo movimento permite que os pais realizem ou projetem melhoramentos genéticos nos filhos,porém sem restringir a autonomia da criança, ou seja, não podem prejudicar suas possíveis escolhas na vida.

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