CRESCIMENTO DO MERCADO DE CAPITAIS, RENTISMO E CRESCIMENTO ECONÔMICO: DAVID RICARDO
Por: Bianca Lopes • 14/4/2021 • Dissertação • 2.066 Palavras (9 Páginas) • 327 Visualizações
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
CURSO DE DIREITO
AMANDA AZEREDO URBINI- 32174713
BIANCA BARRAK LOPES- 32155476
GIULIA PELLEGRINO DE SOUZA- 32168748
LAURA LOUISE STOFFEL- 32170564
MARIA CAROLINA COLUCCI SILVA- 32167059
TURMA 1T
CRESCIMENTO DO MERCADO DE CAPITAIS, RENTISMO E CRESCIMENTO ECONÔMICO: DAVID RICARDO
SÃO PAULO
2021
DAVID RICARDO
David Ricardo nasceu em Londres em 1772, foi um economista (um dos mais influentes de sua época) e criador da Teoria da Lei de Ferro dos salários, autor de obras como “O Alto Preço do Ouro, uma Prova da Depreciação das Notas de Banco”, contribuiu muito para a economia mundial conhecida atualmente. David trabalho com seu pai, que era um judeu holandês que tinha uma fortuna feita na bolsa de valores, se interessando por comércio desde cedo. Por causa de desentendimentos religiosos, com 21 anos rompeu com a família, se convertendo para o cristianismo (protestantismo unitarista).
Ele passou a se dedicar em literatura, ciência, focando em matemática e geologia, enquanto continuava suas atividades na bolsa, que logo começaram a lhe fazer uma fortuna, foi influenciado pelas obras do Adam Smith, como “A Riqueza das Nações” e estudava questões monetárias detalhadamente.
David Ricardo foi pioneiro na exigência de rigor científico nos estudos econômicos, escreveu “Princípios da Economia Política e Tributação”, no qual analisou as leis que determinavam a distribuição de tudo que poderia ser produzido pelos proprietários de terra, os trabalhadores e os donos do capital, expondo também suas principais ideias econômicas.
David Ricardo ficou conhecido por principalmente as seguintes teorias, “Teoria das Vantagens Comparativas” e a “Teoria de Renda de Terra”, na qual a primeira constitui a base essencial da teoria do comércio internacional, ele também pregava a limitação na emissão de moeda como medida preventiva para o combate à inflação na sua primeira obra “O Alto Preço do Ouro, uma Prova da Depreciação das Notas de Banco”, onde sua teoria foi aceita por um comitê indicado pela Câmara dos Comuns, ganhando prestígio com isso.
Em 1819, o economista entrou para o Parlamento inglês, onde suas opiniões envolvendo o comércio foram muito respeitadas por sua fama como economista, mesmo estando em minoria no Parlamento, nele ele denunciou os excessos das finanças, que levava a depreciação da moeda, junto com a grande emissão de notas por parte do governo.
O economista inglês desenvolveu um sistema de livre comércio e de produção de bens que permitiria a cada país se especializar na fabricação dos produtos que tivessem mais vantagens comparativas, se opondo ao mercantilismo, o chamado Sistema de Custos Comparativos.
David Ricardo veio a falecer no dia 11 de setembro de 1823, em Gatcombe Park, na Inglaterra, porém sua influência na economia mundial vive até os dias de hoje.
RENTISMO
“Rentismo” se originou na economia política clássica, principalmente na obra de David Ricardo e na de Adam Smith. O significado literal de rentismo seria um modo de vida baseado apenas em renda, investimentos e recebimentos de forma simplificada pode-se dizer que é receber rendas (no sentido econômico) acima daquilo que remunera os fatores de produção, receber alguma renda sem gerar (ou ter gerado) algum tipo de benefício econômico ou social. Desde o início do capitalismo existem rentistas eram considerados aqueles que possuem posses, conquistadas de diferentes maneiras (inclusive violentas) mas que se apropriaram de certa riqueza e não empregam essa riqueza diretamente na produção e sim preferiam emprestar esse patrimônio para outros empregarem na produção, sendo uma espécie de capitalistas que vivem dos outros capitalistas.
No contexto histórico, depois da Segunda Guerra Mundial os rentistas, em sua maioria herdeiros, substituíram os empresários e procuraram outra categoria profissional, a dos financistas, para que pudessem gerir sua riqueza.
Apesar de no início ser considerado uma violação contra o capital e de na história do capitalismo ter sido muitas vezes alvo de críticas, o rentismo vem se tornando um traço marcante do processo contemporâneo de acumulação, o que é reflexo do aprofundamento das contradições do modo de produção capitalista.
O rentismo apresenta-se como fenômeno próprio ao modo de apropriação da renda por parte de certa camada social, definida por se encontrar “fora” da esfera da produção. “Usamos o termo rentista num sentido estendido, para pensar os capitalistas enquanto proprietários de riqueza, em oposição aos capitalistas enquanto empreendedores. Incluímos nas rendas dos rentistas os dividendos, os recebimentos de juros, assim como as somas que os empreendedores levam para casa e que são geradas em seus próprios negócios” (apud CHESNAIS, 2017, p. 9).
Muitos compartilham da ideia de que as palavras “rentismo” e “rentista” não voltaram a ser usadas para definir a pessoa que vive das rendas geradas por seu próprio patrimônio, o rentista de fato não seria esse sujeito , e sim que o verdadeiro rentismo não gera qualquer tipo de valor econômico. Ele apenas transfere riqueza daqueles que não têm privilégios para aqueles que têm. Quando David Ricardo tratou primeiramente do rentismo do tipo que participa dessa "cadeia produtiva do privilégio”, não pensou em privilégio e nem em nada indecente, mas o fato é que, no Brasil, essa modalidade de rentismo, que teria tudo de indecorosa, foi a que mais progrediu.
No Brasil atualmente considera-se que existe mais de um modelo de rentismo: o rentismo comodista, aquele que se beneficia apenas de recompensas do giro de capital em vez de induzir a produção e aquisição de bens, serviços, terra ou mão de obra e que foi bastante reduzido devido à queda histórica na taxa básica de juros, e o rentista imobiliário é um investidor, que opta pela segurança do mercado imobiliário para fazer o dinheiro render por meio de aluguel, com ganhos dependendo do tipo, padrão e localização do imóvel.
RENTISMO DE DAVID RICARDO NO MERCADO FINANCEIRO ATUAL
O conceito de crescimento econômico, presente nos estudos clássicos da economia, justifica os fatores de produção de terra, capital e trabalho, elementos básicos para a produção, consumo de bens, serviços e gerador de riquezas, influenciando principalmente o desempenho econômico de cada país. O aumento desses fatores, conhecido como crescimento econômico, é medido através do Produto Interno Bruto (PIB) ou Produto Nacional Bruto (PNB). Alguns estudiosos afirmam que o termo é uma condição necessária, mas não suficiente, para que haja o desenvolvimento, pois este deve ser entendido como um processo multidimensional, analisando as condições de vida e não somente a renda. Estudar o modo como acontece o crescimento econômico afeta em vários lugares no mundo ganhou uma grande atenção e importância, pois pode auxiliar os governos a prepararem e criarem políticas públicas que reduzam a desigualdade social e promovam a melhoria na qualidade de vida, atendendo uma demanda da população com um todo.
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