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DOCUMENTÁRIO - "JUÍZO"

Por:   •  10/11/2015  •  Resenha  •  544 Palavras (3 Páginas)  •  490 Visualizações

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“JUÍZO”

RESENHA

O filme publicado em 2007, com direção e edição da juíza Maria Augusta, da 2ª V.I.J/RJ, é um excelente documentário e assustador aos olhos dos telespectadores que nunca acompanhou , com riqueza de detalhes sobre o “terror” que é o dia a dia de uma das instituições que abriga crianças e adolescentes infratores para que seja cumprida medidas sócio-educativas com intuito de ressocialização destes indivíduos, medidas estas prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

Chamou-me atenção ao ver o quanto as histórias desses jovens são semelhantes no sentido de que falta educação escolar, acompanhamento (emocional, psicológico) efetivo dos pais ou até mesmo o quanto sofrem influências negativas na formação do caráter (violência doméstica, consumo excessivo de drogas e álcool), que são moradores de comunidade com condições financeiras abaixo do mínimo e o quanto o comportamento perante o “juízo” no que tange as reações alienadas e depoimento são quase idênticos, pois, inconscientemente eles acreditam que ficarão marcados perante a sociedade.

Muitos alunos e até mesmo os operadores do direito têm dificuldade ou resistência em observar o quanto essa realidade diverge das normas que são previstas e a necessidade de cobrança para que haja mudanças drásticas quanto ao cumprimento dessas medidas.

Durante o documentário é notória a precariedade na estrutura do abrigo, na enorme demanda encaminhada ao judiciário, o que dificulta uma assistência privilegiada a cada caso. o quanto alguns agentes são despreparados para lidar com a superlotação e ainda assim tentar promover todas as garantias previstas no E.C.A. (educação, saúde, alimentação, etc.) e mostrando-lhes que apesar de terem um tratamento diferenciado por serem menores, estão á disposição da justiça para pagamento de dívida com a sociedade, cada um de acordo com a sua culpabilidade.

Quão penoso e minucioso é o trabalho do judiciário em decidir o “futuro” de infratores, com intenção de inibir e retrair esse comportamento agressivo e tendencioso ao mundo do crime, sem deixar de se preocupar em garantir a segurança pública, pois a maioria desses jovens são reincidentes e tem comportamento agressivo dentro do abrigo com mais vulneráveis, o que demonstra que alguns deles tem satisfação em pertencer a essa realidade e acreditam no “poder” que isso traz.

Apesar do sentimento desanimador que me toma após ver que na maioria dos casos documentados, as medidas de privação de liberdade, juntamente com a responsabilidade de “responder” pelos atos inflacionários não foram suficientes para inibir e menos ainda ressocializar os infratores; Mas acredito que se o poder executivo, legislativo e todos os órgãos ligados, principalmente o sistema educacional (que sofre com a carência de investimento) olhasse com prioridade para esses enormes problemas que o país enfrenta que elenca vários outros, e que é objeto de estudo da Sociologia completamente mutável devido a complexidade, mudanças constantes e negativas que esses jovens tem apresentado.

De um lado famílias desestruturadas e dilaceradas devido a infiltração da violência no lar e de outro o Estado que tem, por força Constitucional o dever de

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