Fatos históricos que precederam o pensamento de Dante Alighieri
Por: Ana Carolina Tenerelli • 12/3/2018 • Artigo • 1.033 Palavras (5 Páginas) • 163 Visualizações
Fatos históricos que antecederam o pensamento de Dante Alighieri
Depois da invasão na Grécia, surge um novo império: Roma. É dividida em três fases: Monarquia – Roma era uma cidade no meio da península itálica; República - início da expansão romana e guerras com Cartago; Império - inacreditável expansão do império romano.
O Império Romano fez renascer todos os aspectos e objetos políticos que havia sido desaparecido na época de Aristóteles.
O Império Romano da época de Trajano foi o império de sua máxima expansão territorial. Tem-se também uma difusão cultural vs. centralização política, controle político das províncias, ou seja, quando os romanos dominavam uma determinada região eles levavam sua religião, sua língua, seu vestuário, sua alimentação aos povos dominados. A preocupação romana era centralizar o seu poder político. Neste momento havia teóricos políticos que analisam a esfera política, pública. Na Roma antiga se tinha uma revitalização do espaço público, havendo uma cópia dos modelos gregos. Havia os comícios, os circos, o fórum. Voltou a existir um governo centralizado e organizado. Os romanos não conseguiam manter a centralização do seu governo, pois havia um movimento demográfico, e em determinado momento Roma não conseguiu controlar esse movimento de entrada e saída dos povos. Este movimento seria as “invasões bárbaras”. No período de decadência, os romanos começaram a romanizar os bárbaros, e até mesmo chegaram a contratar os próprios bárbaros para controlar as fronteiras, o que foi um erro fatal. Assim, desapareceu um Estado centralizado e organizado, e governo reconhecido. Os objetos de estudo da ciência desaparecem junto com o Estado. As “invasões bárbaras” (eram organizados em tribos nômades – não havia o predomínio de um único poder) provocaram a fragmentação política da Europa. A consequência disso resultou na queda do Império Romano do Ocidente.
Começou assim um sistema feudal. A Idade Média foi caracterizada por duas coisas: foi a época das fragmentações territoriais e políticas (França, Itália, Alemanha), e foi a época dos grandes isolamentos. Cada um dos povos bárbaros, p. ex. húngaros, germânicos, gauleses, ostrogodos, visigodos, invadem o Império Romano e o dividem entre si. Não era mais o Estado que protegia e defendia o cidadão, e sim os castelos. Era uma ideia que estava ligada ao feudalismo como autarquia (política e economicamente). Novamente por conta das “invasões bárbaras” e por conta da dissolução de um poder político e centralizado, não havia mais quem impunha as leis. Desapareceu mais uma vez a esfera pública e política.
Porém havia alguns autores que falavam da política: Dante Alighieri, Tomás de Aquino, Marcílio de Pádua, porém eles eram do século XIV. Do século V ao século XI só havia uma regurgitação daquilo que Platão e Aristóteles falavam. Mas como não tinha um poder político (aparato burocrático) para controlar a cidade, a Igreja apareceu nesta época como instituição centralizada. O cristianismo era um escapismo, para escapar ideologicamente, tornando-se muito forte no final do Império Romano do Ocidente. O poder era centralizado por dogmas, e existia o apoio do Estado, mesmo que este estivesse caindo. A Igreja Católica tornou-se o único poder organizado e centralizado deste período. O Papa era uma espécie de grande rei. A Igreja ocupava o público, portanto o político. Era o centro do espaço e do tempo. Na Idade Média, as casas mais próximas da Igreja representavam as casas próximas a Deus. Portanto apenas os ricos tinham a posse destas casas. A Igreja instituiu cinco sacramentos: batismo, crisma, comunhão, matrimônio e extremunsão. Ou seja, a Igreja estava presente em todas as fases da vida do homem, fazendo com que aparecesse um aparato ideológico. Porém além destes aparatos a Igreja queria difundir seus aparatos repressivos e jurídicos. A inquisição, por exemplo, era um modelo
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