INCLUSÃO DIGITAL E A UNIVERSALIZAÇÃO DA INTERNET NO BRASIL

INCLUSÃO DIGITAL E A UNIVERSALIZAÇÃO DA INTERNET NO BRASIL

No início dos anos 90, o Brasil começou a testemunhar, mesmo que tímida e restritamente, os primeiros passos de uma internet que, até hoje, vem se desenvolvendo e propiciando uma profunda transformação na sociedade que a tem utilizada para os mais variados fins.

Contudo, apesar do crescimento do acesso digital, é, ainda, notoriamente baixa a introdução desta tecnologia na sociedade, pois ela está altamente concentrada nos grandes centros urbanos, deixando a população de baixa renda e as localizadas nas periferias e, também, nas regiões rurais.

Em regiões como Norte e Nordeste do pais, o acesso à banda larga é mais precário, o que acarreta um custo maior para acesso, aumentando ainda mais a faixa dos excluídos.

Segundo pesquisa divulgada pela Nic.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto Br), órgão criado para implementar as decisões e os projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil, no final do ano de 2017, o acesso à internet alcançava 61% das pessoas com mais de 10 anos de idade, equivalendo a 107,9 milhões de pessoas.

Contudo, ainda persiste a desigualdade no acesso, sendo que 65% das pessoas que “navegam” encontram-se nas áreas urbanas e nas regiões rurais este número é de apenas 39%.

Tal desigualdade torna-se mais evidente entre as classes sociais, onde 95% das pessoas da classe A têm acesso à internet frente a, apenas, 35% das classes D e E.

Ainda segundo pesquisa, a internet está presente em 54% dos domicílios brasileiros. Tendo que 98% dos lares da classe A têm acesso enquanto 23% nas casses D e E.

Com o advento da tecnologia da telefonia móvel e o surgimento dos chamados “smartphones” e flexibilidade e diversidade de planos de acesso à internet oferecida pelas operadoras, há hoje um maior número pessoas conectadas à rede.

Mesmo com o avanço da tecnologia da transmissão de dados, quer seja móvel ou fixa, o valor do serviço é o maior desafio para uma massificação do acesso à internet. Não há dúvidas que o preço cobrado pelas companhias é o maior obstáculo a ser superado para que haja, de fato, a verdadeira inclusão digital e a universalização da internet no brasil.