O Auguste Comte, o Pai do Positivismo
Por: Margarida Helena Ribeiro • 16/9/2021 • Artigo • 2.145 Palavras (9 Páginas) • 187 Visualizações
Auguste nasceu na cidade de Montpellier, França, em 19 de Janeiro 1798 final do século XVIII e faleceu em 05 de Setembro de 1857, aos 59 anos, na cidade de Paris, França.
Oriundo de uma família Católica Monarquista, época da qual o monarquismo era forte e muito presente na sociedade francesa.
Comte era filho do Iluminismo (Era da Razão) que tinha como objetivo trazer a “luz para a humanidade”.
Formado em Filosofia, estudou a Ciência durante toda sua vida. Observou a natureza, principalmente a astronomia física e tendo trabalhos notáveis na área da matemática. Porém, Comte não foi muito reconhecido perante os mesmos.
Sua principal área de pesquisa foi de fato a Filosofia.
Comte viveu num contexto histórico que foi considerado como a grande consequência direta do Positivismo Francês. Ficando conhecido assim como o fundador do positivismo e pai da sociologia.
Durante o século XVIII, a Europa tinha todo um entusiasmo pela ideia de razão e confiança na ciência. Devido às inovações tecnológicas e científicas, gerou aos grandes intelectuais, uma esperança de que a ciência fosse a única fonte segura de conhecimento.
Comte, foi inserido em meio a esse hall de intelectuais do final do século XVIII e início do século XIX
Sua obra é composta por 6 volumes referente ao curso de filosofia positivista, que deve ser entendida em meio a duas revoluções importantes no marco histórico, que foram elas: Revolução Francesa de 1830 e Revolução Francesa de 1848, onde viveu em meio ao caos e desordem social.
Comte buscava um meio para reorganizar essa sociedade, fazer com que ela tivesse estabilidade, ordem e progresso. E como bom filho do Iluminismo, recorreu à Ciência, que demonstrava avanços enormes nas descobertas das Leis da Natureza, onde já existiam. Porém, o homem não tinha até o momento interesse em desvendar e entender como efetivamente a sociedade funcionava.
Deste modo, Comte começa toda sua empreitada nos mostrando em sua filosofia que se existia uma hierarquia, dentro das ciências positivas, começando por:
1. Astronomia
2. Física
3. Química
4. Biologia
5. Sociologia - Visto como a ciência mais difícil, mais complexa de todas.
Comte, por consequência, pega as ciências da natureza, utiliza-a para o contexto de uma nova ciência e então, descobre-se as Leis da Sociedade, trazendo consigo a objetividade dessa natureza para analisar os fenômenos e as relações sociais que existem dentro de uma sociedade.
Vale ressaltarmos que naquela época, Comte não pensava em qualquer sociedade, mas sim, na sociedade Europeia do seu tempo que estava sendo criada em meio ao:
• Capitalismo
• Burguesia,
• Individualismo
• Industrial
Logo, entendemos que a sociologia é ciência objetiva que estudou toda compulsão social e as crises existentes naquele momento em que Comte teve como intuito, solucionar os problemas tão conflitantes vividos e fundamentar aquela nova sociedade que estava surgindo. Precisava-se entender os fenômenos e suas relações sociais existentes na sociedade para que pudesse, à vista disso, avaliar o que seria mantido e o que poderia ser mudado perante as leis naturais, reorganizando toda aquela desordem obtendo, por conseguinte, a estabilidade e a ordem social.
Desta maneira, Comte acreditava que através da ciência e das dinâmicas sociais é que se alcançaria a Lei Fundamental da Evolução, dividida em três estágios, que nos descreveria uma história que pode nos servir tanto para explicar a humanidade, quanto ao próprio homem individualmente. E são eles:
1. Estágio Teológico
2. Estágio Metafísico
3. Estágio Positivo
Tentando explicar a “história da humanidade”, Comte em suas obras nos diz que inicialmente, a humanidade viveu em um Estágio Teológico, em que os homens tentavam explicar os fenômenos naturais através de entes superiores e abstratos, que eram chamados de Deuses. Tudo o que acontecia no mundo, no universo, dependia única e exclusivamente da vontade desses Deuses, incluindo o que acontecia na vida dos homens.
Posteriormente, teríamos o um estágio de transição, que seria o Metafísico, onde abandonou-se a tentativa de explicação teológica da ação da natureza para dar um outro tipo de explicação, tentando ser objetivo e mais racional, mas que não deixava de ser fantasiosa também, assim como a explicação teológica era.
E por fim, no Estágio Positivo, o homem começa fazer uso de sua própria razão, de sua própria inteligência, abandonando as explicações teológicas e metafísicas (que mais confundiam do que explicavam). Começava-se a dar uma explicação plausível para os fenômenos naturais e para o funcionamento do universo.
No Estágio Positivo a humanidade começa a progredir realmente, despertando o domínio sobre a natureza. Nela, não são só os deuses têm domínio pela natura, mas o homem, através da sua racionalidade irá conseguir dominar essa evolução.
O homem, ao descobrir os “estágios da natureza” começa a olhar a sociedade com uma forma objetiva e científica podendo a sociedade ter um progresso que nunca existiu antes na “história da humanidade”.
O filósofo John Stuart Mill, que apreciava muito seus estudos, deu ajuda financeira para que Comte pudesse escrever sua obra, financiado o curso de Filosofia Positiva. Mas, quando Comte começou a tentar fazer na prática essa “reorganização social”, perdeu muitos adeptos, sendo até taxado de “doido”.
Comte escreveu uma outra obra, um livro que foi o “Sistema de Política Positiva”, em que ele aplica o positivismo na sociedade, visando regenerá-la. E em sua visão, essa forma de regenerar a sociedade se dava através de uma religião da humanidade, onde devia-se abandonar as superstições, todas as religiões e toda teologia para que no estágio positivo, fosse fundada uma nova religião, que tivesse fundamentos na ciência e que viesse trazer: a paz, a ordem e o progresso para a humanidade.
Comte entende a sociedade como um grande organismo, onde suas partes são os indivíduos, e o indivíduo só é entendido dentro do todo, como parte dessa grande sociedade que é a família humana. O indivíduo sozinho, atomizado, isolado, não tem valor nenhum. Ele só
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