O POSITIVISMO DE AUGUSTE COMTE
Por: Gabriela Abinoski • 12/4/2017 • Trabalho acadêmico • 4.614 Palavras (19 Páginas) • 706 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
CAROLINA CRISTINA MARTINS
FERNANDA DRANSFELD DAVET
GABRIELA ABINOSKI
JÚLIA PEREIRA DE LIMA
RODRIGO OTÁVIO SILVA ROCHA
POSITIVISMO DE AUGUSTE COMTE
CURITIBA
2015
CAROLINA CRISTINA MARTINS
FERNANDA DRANSFELD DAVET
GABRIELA ABINOSKI
JÚLIA PEREIRA DE LIMA
RODRIGO OTÁVIO SILVA ROCHA
POSITIVISMO DE AUGUSTE COMTE
Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Filosofia do Curso de Graduação em Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Paraná como forma parcial de avaliação referente ao 2ª bimestre.
Orientador: Prof. Mauro Pelissari
CURITIBA
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
2.1 A SOCIOLOGIA COMO “FÍSICA SOCIAL 5
2.2 CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS 7
2.3 COMPARAÇÃO COM JOHN STUART MILL 8
2.4 EXPLICAÇÃO DE JOHN STUART MILL 8
2.5 TÍTULO DA SEÇÃO SECUNDÁRIO 9
3 CONCLUSÃO 11
REFERÊNCIAS 12
- INTRODUÇÃO
Desde os tempos primórdios pensadores tentam explicar o funcionamento da natureza e de aspectos místicos, e mais do que isso, tentam achar o conhecimento absoluto. Cada um deles, porém, desenvolveu um método para explicar sua linha de raciocínio e comprovar qualquer questão existente por meio desse método. Com a expansão do capitalismo surge uma corrente filosófica liderada por Auguste Comte, que acreditava que para a ciência ser construída necessitava de um conhecimento absoluto, e que para este ser considerado verdadeiro teria que ser comprovado por meio de experiências. Denomina-se essa teoria como o positivismo ou cientificismo. Nesse mesmo período pode-se constatar o avanço das ciências naturais que poderiam ser comprovadas pela teoria de Comte. O intuito do método positivista era comprovar também os estudos humanos e sociais (o que não foi possível em prática) tentando igualar-se com as ciências naturais, pois para o filósofo essas duas ciências eram iguais.
Em razão dessa positividade científica, a metafísica, por não tratar do conhecimento experimental, começa a ser altamente excluída da discussão sobre o conhecimento, negando a transformação como parte do processo. Mas então, como e por que Comte via as ciências sociais e naturais da mesma maneira, se com a primeira não se pode fazer experimentos concretos para se obter respostas como na segunda, uma vez que há nela uma constante transformação e seus resultados nunca iriam condizer com a realidade atual?
- DESENVOLVIMENTO
No século XIX, houve uma expansão do capitalismo e com isso muitas correntes filosóficas surgiram, para tentar explicar e acompanhar seus avanços, uma delas foi o positivismo. Essa corrente e seus seguidores defendem que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro, ou seja, para eles só se pode afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos.
Seu principal mentor foi Auguste Comte, que acreditava em profundas reflexões políticas, seguidas da elaboração de um plano de “reorganização social” para erradicar a anarquia e, primeiramente, a base para essa reorganização seria a indústria. Após uma reflexão, ele se corrige e afirma que os cientistas deveriam ser as únicas autoridades respeitadas, sendo capazes de dirigir a reestruturação social. Com base nisso, ele elabora a teoria dos três estados, no qual fala que o conhecimento científico se desenvolve no decorrer desses, caracterizando períodos que cada indivíduo passa ao decorrer da vida, pois eles expõe o desenvolvimento de cada etapa correspondente as três fases da vida. Assim, seguindo essa analogia pode-se afirmar que uma criança crê em explicações teológicas, o adolescente nas metafísicas e o adulto finaliza essa evolução no pensamento positivista. Esses estados seriam: teológico, metafísico e o positivo.
O teológico tenta explicar os acontecimentos a partir do sobrenatural e de divindades, a fim de darem sentido aos seus hábitos e costumes. É subdividido em animismo, politeísmo e monoteísmo. O primeiro consiste em dar aos objetos da natureza vida própria, de forma que tal acontecimento não teve interferência de fatores externos, ou seja, eles foram gerados desse jeito. O segundo se assemelha ao animismo, porém há interferência de fatores externos, ou seja, os desejos dos deuses são colocados em objetos, animais e etc. O último caracteriza-se quando Deus (único) tem controle sobre todos os acontecimentos.
Após o teológico, surge o metafísico que seria a transição entre a teologia e a positividade, ele é caracterizado por justificar os fenômenos a partir de forças ocultas, devido a ignorância da realidade e a descrença em um Deus. Comte descreve esse estado como a degradação do teológico, usando como exemplo a tempestade, que seria explicada pela “dinâmica do ar”. No entanto a razão necessita do conhecimento dito verdadeiramente científico, deixando de lado esse método e considerando somente o estado positivo.
Por fim, seria o estado positivo que caracteriza a soma dos dois estados anteriores, que está em busca do conhecimento absoluto, procurando explicar tudo que ocorre na natureza, ou seja, o uso da razão, a desmistificação de todos os fenômenos através da observação, enfim, a natureza seria explicada a partir de uma perspectiva científica, descartando qualquer aspecto religioso ou místico.
Comte destaca a transição que a sociedade passou entre o estado metafísico para o positivo pois, constata que a razão humana já é madura o suficiente para avaliar grandes questões cientificas que não somente satisfazer sua curiosidade, provando mais a fundo o estado de desenvolvimento, e em seguida declara que o positivismo não abrange todos os fenômenos e ordens, de forma que é uma ciência incompleta de forma que não possua um carácter de universalidade que é consequência da carência dos fenômenos sociais.
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