O Conhecimento Cientifico
Por: ltrodrigues • 11/6/2017 • Trabalho acadêmico • 1.606 Palavras (7 Páginas) • 215 Visualizações
1 CONHECIMENTO CIENTIFICO
A maioria das pessoas conhecem determinados fatos, mesmo sem ter estudado o método científico. Um copo de cristal ramifica-se, quando submetido a um intenso golpe. A água inicia o processo de ebulição aos cem graus do seu estado. Uma pessoa, em contato a um cabo de aço vinculado a uma fonte de enorme tensão, morre. Esses conhecimentos pertencem ao senso comum. Qualquer indivíduo ouviu falar neles e possui condições para conferi-los. Além disso, ainda a grande maioria consegue explicar por que eles ocorrem. O cristal quebra por ser frágil. Os líquidos submetidos a determinada fonte de calor começam ebulir a determinadas temperaturas e vai para o estado gasoso. Os metais geram a eletricidade. O aço é uma liga metálica, então, transfere a eletricidade. A maior parte dos organismos animais e humanos possuem sensibilidade à eletricidade. Portanto, um ser submetido a uma forte corrente elétrica morre. Essas são conclusões do senso comum.
Se as mesmas análises houvessem sido feitas por um cientista, estas seriam mais abundantes. O cristal do copo constitui-se de pequenas partículas, ligadas por fibras muito fracas. É suficiente apenas um golpe forte para eliminar essa ligação e romper o copo em pedaços. Grande parte dos líquidos podem ferver a deliberadas temperaturas. Em se tratando da água, após atingir sua temperatura máxima ela ferve. A eletricidade é produzida através da relação entre partículas elementares no interior dos átomos de um objeto. A ‘‘corrente elétrica’’ é transferida por certos corpos, porque tais permitem a passagem de corrente. O aço é um transmissor de eletricidade, e este é um bom condutor. Logo, este transmite a eletricidade a partir da fonte de força até o sujeito que contém o cabo.
Observamos que há mais características na explicação do cientista que nas explicações do homem não cientista. O homem da rua relata certos fatos por meio da percepção que também são de razão comum. O cientista tenta descobrir explicações que sejam mais intensas, que estejam baseadas em uma sabedoria mais exata, mais precisa. Nos exemplos são mostrados quão diferente, é o senso comum e a competência científica. Mostram que ambos tem sua origem nos acontecimentos ou objetos que as pessoas estudam. A eletricidade, o calor, as ocorrências sociais e os organismos biológicos, importam aos cientistas, mas também são alvo da preocupação do ser comum.
As características que firmam a fronteira entre o saber científico e o senso comum estão associados com a maneira de entender ou de justificar o conhecimento. Quase tudo que existe pode ser pesquisado pela ciência: o homem, a população, os seres biológicos, o suporte social, a psicologia humana, o mistério, as matérias etc. Muitas propriedades desses objetos fazem parte, contudo, também dos não cientistas. O traço marcante da diferença entre o cientista e o não cientista é o meio de obtenção, explicação e cedência do conhecimento. Embora esse extremo não seja claro e existam muitos enfoques diferentes entre os filósofos da ciência, persiste um consenso vasto a respeito de certas posses que são típicas da atividade científica.
Um ponto bastante importante é o caráter disciplinado do conhecimento científico. Os pensadores mais tradicionais consideravam que um adjetivo essencial da ciência é a técnica. Segundo eles, a obtenção da sabedoria específica não é produto de um segmento de acasos ou situações inesperadas. Para conquistar conhecimento científico devemos direcionar a atividade e a inteligência em conformidade com certas normas de pesquisa, certa percepção de ordem e etc. Antigamente acreditava-se que a ciência continha um conjunto estável de regras ou maneiras para obter conhecimento, hoje compreendemos que o método depende de muitas circunstâncias, inclusive psicológicas, sociais, históricas, entre outras.
Tanto as ciências naturas quanto as humanas, participam de uma propriedade indispensável. A habilidade científica forma-se nos fatos reais, sejam da natureza, do ser, da comunidade, do pensamento etc. O especialista natural ou o filósofo das ciências humanas também usa conclusão; mas esse não é o seu extraordinário critério. Ele utiliza também a semelhança, a apreciação, a estatística, a inferência e muitos recursos especiais.
As sapiências factuais são fatos cujos objetos são ‘‘acontecimentos’’, ‘‘eventos’’, ou situações reais. O mecanismo científico que compreende os fenômenos elétricos são uma erudição factual, porque seu conteúdo são determinados fatos. A biologia trata de células, tecidos, estruturas etc., com isso, também é uma ciência real. É um costume, entre os pensadores da ciência, dividir as ciências reais em dois grandes ramos: as ciências naturais e as ciências humanas. Cada um desses setores tem propriedades distintas, as quais definem que os métodos, as técnicas próprias e as práticas de pesquisa nos dois âmbitos não sejam os mesmos. Ainda assim, ambas as naturais e as humanas, possuem muitos fundamentos em comum, o que explica considera-las em aglomerados, separados das ciências abstratas.
As ciências humanas também fazem parte das ciências factuais, mas não cuidam dos fatos puramente naturais. O interesse principal nas ciências humanas são os fenômenos e ocupações relacionados com o indivíduo, a cultura, o corpo social e os elementos que fazem parte da comunicabilidade, como o dialeto. Essas características específicas das ciências humanas possuem pontos diferentes das propriedades pertinentes para as ciências naturais. O ser humano é um ser pensante e afetivo: ele possui um aspecto superior de sabedoria, tem emoções que influenciam em suas práticas e tem a tendência de mudar o mundo.
O ser humano não é um objeto ‘‘passivo’’ como os estímulos de forças, a energia, a luz, as células, os astros ou outras associações que fazem parte dos conhecimentos naturais. Entretanto, é necessário ter muita cautela. Não devemos pensar que as habilidades naturais e as humanas, independentemente de terem poucas áreas de contato, são iguais. O homem e a civilização não são ferramentas, e não seria certo tentar aplicar-lhes precisamente as mesmas estratégias que usamos no ensinamento da natureza.
Um dos pormenores entre a ciência e outras distintas formas de ciências, é a existência de uma sistematização lógica entre as alegações que constituem um método científico, e a possibilidade de explicá-las. Um antigo ditado diz que ‘‘a ciência busca pela verdade’’. Entretanto, não apenas a ciência busca a verdade, ainda que por outros meios, muitas inquietações humanas estão também direcionadas a essa busca. No entanto, o que a ciência esforça com muito afinco é organizar essas veracidades em sistemas, em conglomerados de afirmações que se relacionam.
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