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A Importância E O Papel Da Antropologia Enquanto área Do Conhecimento Científico, E Sua Contribuição Para Compreensão Dos Processos Educativos Que Ocorrem No âmbito Escolar

Trabalho Universitário: A Importância E O Papel Da Antropologia Enquanto área Do Conhecimento Científico, E Sua Contribuição Para Compreensão Dos Processos Educativos Que Ocorrem No âmbito Escolar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  24/4/2013  •  1.547 Palavras (7 Páginas)  •  5.628 Visualizações

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O presente trabalho tem por objetivo analisar a importância e o papel da Antropologia enquanto área do conhecimento científico, e sua contribuição para compreensão dos processos educativos que ocorrem no âmbito escolar, envolvendo temas como religiosidade, gênero, sexualidade, drogas etc.

Estudar Antropologia significa refletir acerca do parentesco, o qual constitui, desde a criação dessa ciência social, sua principal área de preocupação. O parentesco não apenas compreende diversas relações sociais, como também ajuda a investigar a maneira como se organizavam essas relações em torno de um sistema.

É de grande importância para os estudos antropológicos, estudar os sentidos e significados sociais de cada uma das noções de parentescos, onde se pode aproximar o conhecimento referente às estratégias que a sociedade usa para se reproduzir biológica e socialmente. Por isso, termos como família, parentesco, compadrio, casamento, casa e seus derivados, correntes no vocabulário das pessoas e no dia-dia das relações sociais, em suas motivações, projetos e afetos são apresentados como objeto de estudo antropológico.

A Antropologia surgiu como uma ciência voltada para compreensão das sociedades simples. Entretanto, ao longo da consolidação de seu projeto de conhecimento, ela passou a refletir-se sobre as sociedades urbanas, industriais e modernas, contribuindo para o entendimento do que é o fenômeno urbano e apresentando uma percepção das cidades como o lugar da relação entre diferentes grupos sociais. Boa parte dos estudos antropológicos desenvolvidos nas cidades mostra como os grupos a fazem e a refazem acionando elementos presentes na cultura de uma dada sociedade.

Os estudos de antropologia dos grupos urbanos revelam um grande esforço dos antropólogos para diluir a imagem estereotipada desse pesquisador como aquele profissional responsável por estudar as saciedades primitivas, mostrando ser cada vez mais comum a situação de antropólogos que estudam sua própria sociedade.

Os retratos de família despertam nas pessoas uma memória subjetiva, uma identidade individual construída a partir do sentido de pertencimento a um grupo. Os retratos de família, por exemplo, preservam a memória social, mas não apenas documentam a história de uma família, e sim de um grupo real; são pessoas em um ambiente íntimo e humano. Esses retratos contêm e suscitam representações que podem ser utilizadas na análise antropológica.

A espécie humana destaca-se entre todas as outras por essa refinada capacidade de comunicação. Nenhum outro animal conseguiu desenvolver uma linguagem tão elaborada e criativa quanto a nossa. Mesmo aceitando que outras espécies tenham alguma forma de linguagem estabelecida, apenas nós temos uma língua, e o desenvolvimento da língua foi o caminho seguro e necessário que permitiu a todos nós, seres humanos, partilharmos o maravilhoso universo da cultura.

Podemos preconizar, então, que a língua é um produto biológico e cultural. Nossa capacidade de produzi-la depende de nosso aparato orgânico, anátomo-fisiológico, mas ela é igualmente um produto da cultura. Como todo traço cultural, ela precisa ser adquirida através da aprendizagem. Não nascemos sabendo falar uma língua, assim como não nascemos conhecendo os valores, as práticas, as regras de nossa sociedade.

A pluralidade de formas em que se encontram organizados os seres humanos é uma questão que tem acompanhado de perto a antropologia, desde os seus primórdios. Toda sociedade precisa produzir em seus membros o sentimento de pertencimento ao grupo. É o que chamamos de identidade social. Precisamos nos identificar com a sociedade a que pertencemos, cujos membros compartilham conosco não apenas uma história, mas tudo aquilo em que acreditamos. Para que esse sentimento de pertencimento seja continuamente alimentado, usamos alguns referenciais. São os símbolos que representam a totalidade da qual fazemos parte.

São sistemas de comunicação usados paralelamente à língua: gestos, risos, choros, suspiros, expressões faciais e posturas, todos transmitindo mensagens. Se um professor, diante de alunos que estão conversando, fi ca de pé, franze a testa, contrai um dos cantos da boca, bate palmas e depois cruza os braços, todos saberão que ele está pedindo silêncio e atenção – mesmo que não tenha dito uma palavra sequer. Vale notar que, como todos os outros traços culturais, essas formas de comunicação nãoverbal também variam de acordo com a sociedade. Em culturas distintas, um mesmo gesto pode ter sentidos bem diferentes, ou uma mesma mensagem pode ser transmitida por meio de posturas e expressões faciais variadas. Por exemplo, enquanto nós sacudimos a cabeça para um lado e para outro, a fi m de transmitir a mensagem “não”, os gregos jogam a cabeça para trás, como se estivessem levantando o rosto, ao mesmo tempo em que fecham os olhos e levantam as sobrancelhas.

Assim, sem utilizar uma forma eficiente e elaborada de linguagem, não podemos adquirir cultura e exercer plenamente nossa humanidade.

Uma perspectiva antropológica acerca do fenômeno religioso, esta na sua diversidade em termos de suas cosmologias e de suas manifestações como fatos sociais, consolidando grupos religiosos. É importante afirmar que, embora a área de estudos em antropologia da religião tenha a sua especificidade, a maneira pela qual analisamos as religiões não se diferencia das outras áreas de estudo abordadas, pois a capacidade de projeção do pensamento simbólico no ser humano não se restringe aos sistemas religiosos. Ela projeta-se em todos os âmbitos da vida social, no parentesco, na economia, na comunicação, na política etc.

A busca de respostas para o inexplicável a partir de um pensamento simbólico e religioso pode ter origem nos primeiros humanos. Na Antiguidade, as religiões assumiam papéis importantes, regulando condutas, ética e moral, legislando, educando, ou seja, cumprindo funções de diferentes instituições que temos hoje. O respeito à liberdade religiosa está prescrito em nossa Constituição e os atos movidos pela intolerância constituem-se em condutas ilegais.

Os hábitos alimentares dos seres humanos são influenciados por diversos fatores, como,

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