O DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO DE VERTEBRA DE TRANSIÇÃO
Por: arletejesus42 • 4/5/2021 • Trabalho acadêmico • 885 Palavras (4 Páginas) • 392 Visualizações
DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO DE VERTEBRA DE TRANSIÇÃO LOMBOSSACRA COM PRESENÇA DE VERTEBRA SUPRANUMERÁRIA EM CÃO MALTES – RELATO DE CASO
RADIOGRAPHIC DIAGNOSIS OF LOMBOSSACRA TRANSITION VERTEBRA WITH MALTES DOG SUPERUMERARY VERTEBRA - CASE REPORT
Autor: Pedro Eidi Martins Kawakami
Orientador: Prof. Dr. Milton Kolber
Coorientador: Prof. Ms Anderson Coutinho da Silva
Resumo
Palavras chave:
Abstract
Keywords:
Introdução
As malformações vertebrais congênitas acometem muitos cães e gatos, essas anormalidades possuem diversos tipos, podendo variar a estrutura vertebral, como também pode variar o seu numero de vertebras.
A vertebra supranumerária é uma variação congênita, onde ocorre a alteração do numero de vertebras. Animais portadores dessa anomalia podem desenvolver manifestações clinicas na coluna vertebral, porem muitas das vezes o animal vive normalmente com essa alteração durante toda a vida sem tem nenhum sintoma de dor e claudicação
Esta variação pode ser associada ao complexo da vertebra de transição, onde ocorre nas regiões de transição vertebral, onde um único segmento vertebral pode adquirir características de duas regiões vertebrais, sendo as mais acometidas as regiões torocolombar e lombossacra.
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Revisão de literatura
A coluna vertebral de um cão normalmente é composta por, 7 vertebras cervicais, 13 vertebras torácicas, 7 vertebras lombares, 3 vertebras sacrais e de 20 a 23 vertebras caudais, dependendo da espécie. (König; Liebich, 2016) As vertebras transicionais se localizam nas junções cervicotorácica, torocolombar e lombossacra. (Thrall,2014)
Acreditava-se que a presença da vertebra supranumerária (L8) era um achado clinicamente irrelevante. (Damur-Djuric et al.,2006) No entanto, estudos mais recentes sugeriram que L8 fosse parte do complexo de vertebra de transição lombossacra, pois cães que possuem oito vertebras lombares possuem o ultimo seguimento lombar mais curto e posicionado mais caudalmente, fazendo com que L8 assuma o posicionamento de uma S1, quando comparado com um cão que possui a quantidade normal de seguimentos vertebrais. (Lappalainen et al.,2012; Moeser,2017) As malformações congênitas em cães são comuns e muitas vezes não possuem importância clinica. Porém, assim como em outras anormalidades congênitas na coluna vertebral, as vertebras transicionais também pode ocasionar uma piora clínica em alguns casos, podendo levar a compressão da raiz nervosa (conhecida como síndrome da cauda equina), a doença do disco intrervertebral no segmento lombossacro, instabilidade e espondilose. (Thrall,2014) A vertebra de transição normalmente acomete as raças de grande porte, principalmente o Pastor Alemão. Nos casos de vertebra de transição na região lombossacra, as laminas dorsais e os processos transversos são severamente afetados, já o corpo vertebral tende a ter uma menor alteração na sua forma. Uma característica exclusiva da vertebra de transição lombossacra, é que ela acaba formando um novo espaço de disco vertebral entre a primeira e a segunda vertebra sacral, que normalmente ocorre a fusão das vertebras S1 e S2. (Morgan,1999)
A causa dessa malformação vertebral é genética e hereditária, porém, o uso do acido aceto-hidroxâmico para o tratamento de urolitíase do tipo estruvita em fêmeas gestantes possui efeito teratogênico, causando alterações nos fetos no sistema esquelético, coração e na linha media ventral. Na maioria dos casos, (67%) os filhotes desenvolveram a vertebra supranumerária. (Bailine et al., 1986)
Materiais e métodos
Canino de 5 anos, fêmea, da raça maltes, pesando 3,5kg foi atendido no Hospital Veterinário da Metodista no setor de clinica cirúrgica. O animal apresentou, déficit proprioceptivo e hiperreflexia em membro posterior esquerdo, e dor durante a palpação em região lombossacra. O paciente foi encaminhado para o setor de diagnostico por imagem, onde foram realizadas duas projeções radiográficas, nas incidências laterolateral, com foco na coluna lombar, e ventrodorsal, com foco na região do coxal.
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