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O Germinal

Por:   •  25/3/2016  •  Resenha  •  4.946 Palavras (20 Páginas)  •  371 Visualizações

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RESUMO: O GERMINAL

 

O livro trata de forma romântica a realidade dos operários franceses, nas minas de carvão de Vorex, no final do século XIX. Nos mostra o duro percurso do jovem Etienne em busca de trabalho, que mesmo com o passar dos séculos não foge a nossa realidade. Etienne era um jovem idealizador e com boas ideias, as minas da região enfrentavam grande crise econômica, e se fechavam uma após outra. Assim que chegou conheceu velho Boa-Morte, este apelido lhe foi dado pelo os três acidentes que ele avia sofrido, um senhor com 58 anos, sendo que trabalha na mina desde seus 8 anos. "Boa Morte" tossia muito, tendo sua saúde totalmente debilitada. Toda sua família trabalha nas minas de carvão, sendo uma "tradição" da família Maheu: o avô do velho Vincent, Guillaume Maheu, começou com quinze anos; depois seu pai, Nicolas Maheu, que morrera com quarenta e dois anos soterrado pelas rochas, ele desde seus oito anos, seu filho Toussaint "Maheu" com sua família.

 O velho lhe contará que a mina de Vorex era uma dentre as poucas que ainda se mantinha com grande escassez, e que nem todo dia tinha carne e se ao menos houvesse pão seria mais fácil de levar a vida, e com todos os pesares as coisas na mina estavam andando, porém estava percorrendo rumores que os operários planejavam uma greve. Etienne perguntou ao venho se avia vaga ali, uma vez que ele era maquinista, mas devido à crise e por estar necessitado aceitaria qualquer vaga que tivesse, com pesar o velho disse que não avia e que todos os dias homens procuravam por emprego. Desapontado Etienne continuou ali parado aquecendo suas mãos perto de uma fogueira enquanto o velho desaparecia.

Maheu, um dos trabalhadores mais antigo e respeitado, consegue vaga para ele, uma vez que uma operária havia falecido Fleurance. Era cultura, que toda a família trabalhasse nas minas de carvão da mulher até os filhos mais novos para manter a renda da família.

Interessante como o autor trata da mulher na época, ele descreve de uma forma romântica a destreza feminina na execução de certas atividades era surpreendente e, por vezes, constrangedora para o sexo oposto. Ao mesmo tempo, relatou a dupla jornada das mulheres, que eram as primeiras a levantar e preparar o café para toda a família, cumprindo duras jornadas de trabalho.

Era normal também substituir membros da família, seja quando morresse ou casasse. A mulher de Maheu, já cogitava um novo inquilino para a casa, uma vez que o filho iria se casar, na verdade para eles era um alivio porque seria menos uma despesa em tempos escuros onde mal se dava para alimentar decentemente a família. E com a chegada de Etienne, Maheu viu nele uma oportunidade de aumentar a sua renda familiar trazendo-o para morar contigo. Logo avisa que ele teria que compartilhar a cama com seu outro filho, mas Etienne não se importa, pois estava morando em um cubículo no bar perto da mina.

É notório que o enredo do livro é em torno do operário Etienne, que muda o cenário das minas de carvão quando começa a trabalhar nelas, logo ele se surpreende com o processo de produção, e com as péssimas condições de trabalho, as paredes das minas pouco se continham, e os operários trabalhavam por horas e horas, em uma cena de miséria e exploração. Logo Etienne começou a idealizar uma possível greve, lutar por condições melhores, segurança e melhores salários.  

Vale lembrar que o salário dos operários havia diminuído devido à crise, antes eles ganhavam 30 soldos e agora havia passado para 20 soldos, e estava cada vez pior se manter com o pouco que ganhavam, a mulher de Maheu como tantas outras donas de casa, estavam desoladas ao ouvir suas crianças pedindo o que comer, e elas nada haviam para dar. Elas recorriam ao Sr. Maigrat (era dono de uma mercearia que vendia fiado para os operários) para pedir mais credito e pão, mas esse se negava a dar devido a grande divida que eles já possuíam no estabelecimento, causando mais desespero, pois ainda faltavam alguns dias para os operários recebesse, e não tinham elas ideia como iriam alimentar suas famílias.

Etienne então começa a fazer um trabalho de conscientização com os operários abrindo-lhes os olhos para o benefício da greve. Falará que enquanto eles meros operários trabalhavam horas em condições extremas e enganava a fome por dias somente com folha de couve cozida, os burgueses era servidos de banquete e boas moradias, dizia que era fato que estariam sendo oprimidos com salários baixíssimos e que teriam que agir se quisessem condições de vida melhores. Dizia que queria que a paz reinasse sobre a terra, ou seja, igualdade. Mas os operários, muitos diziam que era pura ilusão, pois os burgueses nunca aceitariam trabalhar tanto quanto eles trabalhavam, as suas jornadas de trabalho era muitas das vezes de até 17 horas de trabalho árduo, com risco de morte pela precariedade da mina. Outros operários já diziam que nada se resolveria com palavras e sim com derramamento de sangue, mas Etienne se posiciona e diz que a força dos operários é o numero, assim com maior quantidade e com a ira dos operários os patrões perceberiam seu erro, poderia ser mais demorado o processo, mas evitaria o derramamento de sangue. Então os operários, incentivados por Etienne começam a fazer o fundo de reserva, sendo que cada operário deve dar 20 soldos por mês de seu salário.

Mas essa historia tem espaço para romance, pois Etienne no meio de tanta desordem tinha se afeiçoado pela filha de Mheo, Catharine, porém assim que chegou na mina uma operário percebeu seu encantamento pela moça e a pegou para ele causando tristeza em Etienne. É de se notar que ela tinha também se afeiçoado por ele, mas era muito difícil se livrar do individuo. Começaram então a namorar e de nada se pronunciava o Sr. Mheo, certo dia a menina Catharine passa a noite fora e quando chega na hora de trabalhar o pai somente manda ela se apressar enquanto a mãe a repreende dizendo que o namorado não a quer, mas sim quer o que ela pode dar. Nas minas o namorado percebia como Etienne olhava para a moça e começou certa rivalidade entre os dois.

Na mina acontece um desmoronamento, e o filho mais novo de Mheo acaba soterrado, Mheo corre com ele ao medico, de principio ele estava bem, porém com ferimento na perna. O engenheiro entra na sala onde o menino estava sendo examinado e nem ao mesmo tem a compaixão de perguntar se o menino estava bem, somente ironiza que eles querer ir para a greve, mas não tem sequer a capacidade de fazer uma escora descente, tenta tirar a culpa se si, dizendo que já havia avisado e que agora somente restou prejuízo para a Companhia que terá que arcar com as escoras estragadas.

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