O Mercantilismo

Mercantilismo

        

O mercantilismo surgiu a partir do século XVI. Apesar de não representar um conjunto técnico homogêneo, o mercantilismo tinha algumas preocupações explicitas sobre acumulação de riquezas de uma nação. Com isso, a política mercantilista acabou estimulando guerras, agravou o nacionalismo e manteve a poderosa e constante presença do estado em assuntos econômicos.

No fim do século XV os espanhóis e portugueses descobridores do território do “novo mundo” persistiam na organização da evolução deste lugar. Em todas as manifestações das políticas coloniais praticadas pelas principais nações ocidentais, encontramos as conseqüenciais das mesmas ideias mercantilistas; encontramos o mesmo principio fundamental, que liga estreitamente a riqueza e o poder da nação à importância dos metais preciosos que ela possui, e a mesma preocupação essencial de assegurar uma favorável balança de comercio.

        Essa política mercantilista da metrópole para com as suas colônias é conhecida como “pacto colonial”. Esse pacto lembra a ideia de convenção, de acordo, segundo o qual as partes contratantes aceitam obrigações recíprocas, quando na realidade as medidas políticas, sociais e econômicas que constituem as relações entre a “mãe pátria” e suas colônias são impostas a esta sem consulta e sem previa discussão

        A metrópole procura na colônia elementos materiais suscetíveis de aumentarem sua riqueza e seu poder.

Sistemas mercantilistas

A forma Espanhola: Trata-se da primeira forma do mercantilismo, mais rudimentar, também chamada de “metalista” ou “bulionista”

A forma Francesa: Costuma-se dar-lhe o nome de mercantilismo “industrialista” ou “col-bertismo”

A forma inglesa: Na Inglaterra o mercantilismo reveste a forma chamada “comercialista”.

A forma alemã: Também chamada de “cameralismo”, é dominada por uma filosofia e por uma situação política que diferem daquela dos países já citados.

A forma fiduciária: Reveste nos primórdios do século XVIII na forma Fiduciária.

        Mercantilismo foi o conjunto de práticas econômicas praticadas na Europa e na Idade Moderna. Mundo medieval havia sofrida grandes formações, sendo substituído por novas organizações políticas, econômicas culturais. O advento das grandes navegações foi fundamental para modifcar as noções de mundo dos povos europeus, que passaram a usufruir ao máximo de seus recursos.

        O mercantilismo é a prática econômica da Idade Moderna e é marcado, sobretudo, pela intervenção do Estado na economia. Durante aproximadamente três séculos foi a prática econômica principal adotada pelos países, europeus, o que só seria quebrado com o questionamento sobre a interferência do Estado na economia e o consequentemente advento das ideias liberais. Em resumo, o mercantilismo era o conjunto de ideias econômicas que considerava a riqueza do Estado baseada na quantidade de capital que teriam guardado em seus cofres.

        Além de suas medidas características, o Mercantilismo também é muito identificado pela forte intervenção do Estado na economia, como já dito. Os Estados ricos e com economias mais solidificadas impunham rígidas normas para defender seus interesses. O consumo interno era controlado por praticas protecionistas que também se empenhavam em desenvolver industrias locais. Enquanto isso, a colonização se encarregava de explorar novos territórios para garantir o acesso a matérias-primas e um canal para o escoamento dos produtos gerados nas metrópoles. O Mercantilismo só seria contestado a partir da segunda metade do século XVIII e a principal ideologia econômica que o substituiria seria o Liberalismo.