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O Sófocles e o Édipo Rei

Por:   •  18/2/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.647 Palavras (7 Páginas)  •  1.315 Visualizações

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1.4.1. Sófocles e o Édipo Rei

 

Exercício sobre o livro Édipo Rei e sobre o capítulo II, da obra A Verdade e as Formas Juridicas , de Michel Foucault.

Valor : 5,0 pontos

Data de entrega: 14/2     ( obs: houve uma  mudança na data de entrega do exercício, que era 8/2)

 Ler a obra Édipo Rei, de Sófocles e o capítulo II, do livro A Verdade e as Formas Jurídicas, de Michel Foucault  e responder as questões abaixo:

Valor: 5,0 pontos

1)Quem foi Sófocles?

2)Exponha  resumidamente  a história de duas importantes obras de Sófocles: Édipo em Colono e Antígona. 

3)Pesquise sobre  os antecedentes que marcaram a história de Édipo.Considere também a explicação da maldição que recai sobre Édipo, na perspectiva da obra Fenícias, de Eurípedes.

4)Elabore um  texto resumindo a tragédia Édipo Rei. (média 15 linhas)

5) Como os deuses são definidos  na referida tragédia? Cite 3 fragmentos do texto que ilustram suas características..

6) Indique uma ideia ou uma passagem do texto que lhe chamou atenção? Justifique sua resposta.

7) Qual é a  interpretação da psicanalise em relação ao mito de Édipo e qual é a posição de Michel Foucault sobre a referida interpretação.

8) Como Foucault compreende a produção da verdade na perspectiva do mito (particularmente na obra Ilíada, do poeta Homero).. E na perspectiva do Edipo Rei?

9) Cite alguns argumentos usados por Foucault para demonstrar que o receio de Èdipo era perder o seu poder.

10) Foucault afirma que existe uma relação entre SABER E PODER. Como Foucault caracteriza o saber e o poder de Édipo?

11) Qual é a conclusão final de Foucault em relação ao personagem de Édipo?

  1.             Sófocles foi um dramaturgo grego, um dos mais importantes escritores de tragédia ao lado de Ésquilo e Eurípedes, dentre aqueles cujo trabalho sobreviveu. Suas peças retratam personagens nobres e da realeza. Filho de um rico mercador, nasceu em Colono, perto de Atenas, na época do governo de Péricles, o apogeu da cultura helênica. Em suas tragédias, mostra dois tipos de sofrimento: o que decorre do excesso de paixão e o que é consequência de um acontecimento acidental (destino). Reduziu a importância do coro no teatro grego, relegando-o ao papel de observador do drama que se desenrola à sua frente. Também aperfeiçoou a cenografia e aumentou o número de elementos do coro de 12 para 15, porém esse número pode variar de acordo com o poeta que define a tragédia.
  1.              Édipo em Colono relata os últimos dias da vida de Édipo, velho, cego, mendigo e expatriado. Expulso de sua própria Tebas, sem o auxílio de seus dois filhos homens, que se interessam mais pelo trono do que pelo pai, o errante Édipo acaba chegando a Colono, no território ateniense. O Édipo idoso é diferente do jovem Édipo rei de Tebas, que cego vê melhor do que quando possuia o sentido da visão. A velhice e o sofrimento o tornaram sábio e obediente aos oráculos. E é justamente um oráculo que prediz publicamente que, onde Édipo estiver, vivo ou morto, a cidade será vitoriosa sobre Tebas. Isto causa uma disputa interessante, os que antes o abandonaram agora o querem de volta. Tanto Creonte quanto Polinice - rivais na guerra - tentam de várias maneiras levar Édipo consigo. Mas tanto um como outro são amaldiçõados por ele. Édipo solicita a proteção a Teseu, rei de Colono, garantindo que a predição somente traria benefícios a Atenas.Édipo é amparado por sua filha Antígona, que o acompanha em sua vida errante. Ismene também o auxilia. Tem-se dito que todos heróis de Sófocles são os que mais sofrem e em uma época em que as mulheres eram tratadas como inferiores ele as enaltece.

Antígona fica sabendo que um dos seus irmãos mortos teve o direito à sepultura negado. Ambos haviam lutado durante a guerra civil pelo trono de Tebas. Creonte, que tomou o poder, decide que Polinices terá seu cadáver exposto às aves de rapina. Antígona revolta-se contra o decreto de Creonte e decide oferecer um sepultamento digno à seu irmão. Isto acontece porque sua consciência individual elevada traz para a tragédia a questão da Lei Natural, que terá tanta importância futura no Cristianismo. A Lei dos Deuses permite que ela desobedeça às ordens de Creonte porque são superiores e estão além de qualquer governo de qualquer época. Historicamente, a Lei Natural foi facilmente colocada de lado por governantes e instituições em várias ocasiões. O eterno conflito entre a consciência de cada um e as leis estabelecidas por Estados e governantes poderosos deu origem a muitas situações dramáticas. Creonte rapidamente condena Antígona à morte. Foi fácil para ele fazer isso.

  1.            Na lenda grega, Édipo, filho de Laio e Jocasta, era o rei de Tebas, a cidade que fora assolada por uma peste. Ao consultar o oráculo de Delfos, Édipo descobriu algo trágico sobre sua vida: ele foi amaldiçoado pelos deuses. Ele estava destinado a casar com sua mãe, com quem teve dois filhos e duas filhas, e a matar seu pai, o rei que governava a cidade antes de Édipo. Após saber a verdade, sua mãe-mulher se enforcou e Édipo, envergonhado de seus atos, perfurou os próprios olhos. Tudo começou quando seu pai teve um filho com Jocasta. Um dos oráculos já lhe tinha avisado sobre seu destino trágico: ser morto por seu próprio filho.

Depois do nascimento da criança, Laio se arrepende. Pede para um de seus servos abandonar o bebê no Monte Citerão (entre Tebas e Corinto) com os pés amarrados numa árvore.

Entretanto, ele fora encontrado por um pastor e acabou sobrevivendo, sendo adotado pelo rei de Corinto Pólibo, que o considerou seu próprio filho. Já adulto, Édipo decide abandonar Corinto e ir à Tebas consultar o oráculo que o revela   sobre sua maldição: matar seu pai e casar com sua mãe.

           Desconsolado com a revelação, segue em direção a cidade e no meio de sua jornada  acaba matando seu pai por uma discussão que tiveram numa encruzilhada. Além disso, encontra a Esfinge na porta da cidade de Tebas, ser mitológico metade leão e metade mulher. A Esfinge, aterrorizava grande parte do povo tebano com seus enigmas, posto que quem não adivinhasse era devorado por ela. Todavia, Édipo acerta a pergunta feita por ela, e por fim, ela acaba se matando. Esse fato que o tornou um herói e assim, foi eleito o novo Rei de Tebas.

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