A Busca Do Eu "Édipo Rei"
Artigo: A Busca Do Eu "Édipo Rei". Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lagerison • 9/5/2013 • 1.034 Palavras (5 Páginas) • 1.243 Visualizações
A BUSCA DO EU
INTRODUÇÃO
O presente trabalho não pretende fazer uma análise profunda da obra Édipo Rei. No entanto temos por finalidade fazer uma breve explanação do tema, mas há certo aprofundamento ao darmos um parecer crítico da obra trabalhada, verificando e tentando esclarecer um pouco do que vem a ser essa obra. Dentro dessa análise crítica, vale ressaltar elementos gerais para que possamos compreender melhor os fatos ocorridos em seu contexto, além de uma melhor compreensão dos elementos que estão envolvidos e que podem ter influenciados em sua produção, e saber quais os motivos que levaram Sófocles a produzir tal obra de tanta expressão. E ainda Perceber aspectos do seu desenvolvimento, se sofreu influência do meio ou se partiu apenas de suas idéias; e o mais importante, como conseguiu fazer com que sua obra se tornasse um clássico da literatura e um manual para a psicanálise.
DESENVOLVIMENTO
Édipo é grande vítima de uma maldição familiar sofrida por seu pai Laio do rei Pélope, que o amaldiçoa e a todos os seus descentes.
Então Laio consulta o oráculo de Apolo, em Delfos, e ouve a predição: se tiver um filho, será assassinado por ele, e sua mulher o esposará. Quando Édipo nasce Laio ordena que um pastor o mate, porém ele entrega a um companheiro que o leva para Políbio, rei de Corinto que o cria como filho. Acusado de não ser filho de Políbio, Édipo consulta o oráculo de Apolo e ouve coisa pior: matará seu pai e esposará a própria mãe. Foge então de Corinto, para Tebas. Em uma encruzilhada desentende-se com um cocheiro e seu senhor e mata ambos. Segue caminho sem saber que parte do destino se cumprira. Chegando em Tebas decifra o enigma da esfinge libertando a cidade e tomando o trono tebano e a mão da rainha viúva Jocasta com quem terá quatro filhos.
Acidade prospera sob o comando firme e honesto do forasteiro, até que uma peste misteriosa se abate sobre Tebas, dizimando animais e gente. Édipo envia seu cunhado, Creonte ao oráculo de Apolo, em Delfos para saber sua causa. Creonte revela a Édipo e a multidão a resposta do oráculo, que a peste era um castigo divino porque a cidade abriga o assassino de Laio. Édipo, indignado convoca todo o povo para encontrar esse culpado. Busca então a ajuda de um velho adivinho o cego Tirésias que revela que o próprio Édipo é o assassino, o qual se mostra surpreso e chocado com a afirmação. Embora não acredite em Tirésias, tenta encontrar explicações para tal acusação, através de detalhes e testemunhas.
Por fim, descobre toda a cruel verdade, ele era o assassino e culpado de incesto, além de ser responsável pelos tormentos e males na cidade.
Jocasta sua mãe-rainha descobre primeiro e se suicida e Édipo vaza os próprios olhos e se exila de Tebas, cumprindo a amarga profecia e a maldição que ele mesmo lançara.
A cegueira e o exílio e todo o sofrimento de Édipo torna-se um sacrifício, uma catarse para o crime e o incesto mesmo que praticados de forma inconsciente. Para ele não importava o destino ou a maldição e sim sua própria consciência diante da culpa. Ter dignidade de enfrentar a si mesmo e assumir seus erros, não deixando impune, sendo juiz de si próprio, sabendo que somente o sofrimento redimiria seus crimes.
Édipo Rei não é a primeira menção dessa tragédia, Homero em Odisséia já havia escrito sobre Édipo, no entanto a origem da lenda provavelmente é mais remota e inspirou outros autores, porém foi com Sófocles que ela tomou maior brilhantismo. Esta tragédia foi narrada por ele em três de suas grandes obras: Édipo Rei, Édipo em colona e Antígona.
Sófocles era o mais humanista, e utilizava uma linguagem simples e elegante, através de seu texto, triunfava na sua tarefa de encandear os acontecimentos,
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