O SURGIMENTO DA ANTROPOLOGIA
Por: Felipe Sakai • 20/1/2017 • Abstract • 647 Palavras (3 Páginas) • 561 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
FELIPE SAKAI DE SOUZA
O SURGIMENTO DA ANTROPOLOGIA
MACAPÁ-AP
2014
FELIPE SAKAI DE SOUZA
O SURGIMENTO DA ANTROPOLOGIA
Pesquisa apresentada como instrumento avaliativo parcial da disciplina de Antropologia Jurídica do Curso de Bacharelado em Direito da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP).
Professor: Rosinaldo Sousa
MACAPÁ-AP
2014
O SURGIMENTO DA ANTROPOLOGIA
Para compreender o desenvolvimento da Antropologia é necessário que a entendamos como a ciência encarregada de estudar a humanidade em seus desdobramentos físicos e culturais (JAPIAUSSÚ; MARCONDES, 2001, p. 15). A partir desta noção, tem-se a ideia de que o surgimento da Antropologia remonta o período Clássico, já que os gregos teriam sido os primeiros a interessar-se por estudar povos diferentes, atendendo, assim, estes requisitos. Muitos atribuem a Heródoto o título de “pai da Antropologia” devido ao registro, em uma de suas viagens, de relatos sobre povos por ele chamados de “bárbaros”. Tal posição, entretanto, diverge, e é mais aceito pelos antropólogos o surgimento da Antropologia com contornos científicos a partir dos estudos de Linneu, John Lubock e, finalmente, com os estudos de Charles Darwin.
No século XIX a Teoria evolucionista de Darwin exposta nas obras Origem das espécies (1859) e Descendência do homem (1871) forneceu as bases, pautadas em rigoroso método científico, para que a Antropologia se sagrasse como ciência. A confirmação de que o homem não é produto da criação Divina, fez com que o homem adquiri-se maior interesse por investigar a razão das diferenças entre etnias, uma vez que devido ao evolucionismo darwinista, o poligenismo (teoria das múltiplas origens) caia por terra. O homem passou a procurar por relações que os ligassem aos seus ancestrais primitivos, criando o entendimento de que o homem é fruto da natureza. Não obstante, vertentes poligenistas ensejavam o chamado “racismo científico” provenientes de distinções entre origens e etnias, tendência que declinou com o surgimento do estudo antropológico científico.
A partir do século XX, a Antropologia ganha novo fôlego com a incorporação do método etnográfico. Até então o estudo antropológico limitava-se ao estudo de relatos escritos, de informações de viajantes e afins, mas Franz Boas passa a empregar a pesquisa de campo com caráter científico, sendo responsável por grande progresso nesta área (MARCONI; PRESOTTO, 2010, p.11). Franz Boas era crítico do método comparativo, o qual considerava hierarquizante, pois utilizava termos como “bárbaro”, “selvagem” e “civilizado” para caracterizar determinadas etnias (MACMILLAN SOCIAL SCIENCE LIBRARY, 2008, p. 96). Dessa forma, a pesquisa de campo permite que o antropólogo observe no ambiente real a aplicação de suas hipóteses em grupos humanos específicos, demonstrando que cada grupo é detentor de características culturais peculiares, comprovando a ideia de desenvolvimento singular influenciado por variáveis culturais, como proposto por Boas.
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