O surgimento da sociologia com base nos fatos ocorridos no século XVIII.
Por: Lucas Picanço • 24/4/2019 • Resenha • 781 Palavras (4 Páginas) • 221 Visualizações
O surgimento da sociologia com base nos fatos ocorridos no século XVIII
Em meados do século XVIII, a sociedade europeia passa por diversas mudanças na sua estrutura e a sociologia surge para podemos entender as manifestações do pensamento moderno. Durante esse período, a Europa foi palco de duas revoluções bruscas que mudaram completamente o modo de vida do povo, e com elas, problemas inéditos para os homens começarão a surgir.
Primeiro com a revolução industrial que significou, acima de tudo, o triunfo do modo de produção capitalista e do aperfeiçoamento dos meios de produção, tendo com centro o empresário capitalista. Porém, com o avanço da indústria, os antigos costumes e instituições, como a servidão, lentamente foram dando lugar para o surgimento de uma nova sociedade e meios de se organizar a vida social. Muitas das mudanças puderam ser vistas nas cidades industriais, para onde convergiam todas essas modificações e suas consequências, como aumento da prostituição, do suicídio, da criminalidade, surtos de epidemia, etc.
Outro fator de importância é o aparecimento do proletariado e o papel que desempenha na sociedade capitalista, pois, com os efeitos da revolução, a classe trabalhadora começa a negar sua condição de vida, desencadeando em manifestações de revolta.
Com todas essas mudanças, a sociedade tornou-se um plano de análise, “um objeto” que deveria ser investigado. Os pensadores da época, procuravam extrair orientações para introduzir determinadas modificações na sociedade, mesmo que suas ideias não sendo as mesmas, todos concordavam que esses fenômenos eram novos e mereciam ser analisados.
O surgimento da sociologia prende-se em parte aos abalos provocados pela revolução industrial, numa estrutura social muito específica que impulsiona uma reflexão, sobre suas transformações, as crises e os antagonismo de classes. Porém, as modificações na forma de pensamento, também contribui para sua formação.
A partir daquele momento, o modo de visão sobrenatural lentamente cede lugar a observação e experimentação como meio para se encontrar as explicações dos fatos. Com isso, a autoridade, base do método teológico, cede lugar a dúvida metódica, a fim de possibilitar um conhecimento objetivo da realidade.
Conjuntamente, o pensamento social evoluiu muito nesse período com a investigação racional da sociedade. A partir disso, a sociedade começa a ser estudada em seus grupos, não mais em indivíduos isolados e que, para que esse estudo acontecesse, era necessário evitar conjecturas e especulações.
Entretanto, um grupo de filósofos da França, chamados de iluministas, atacavam com veemência os fundamentos da sociedade feudal, os privilégios da classe dominante e as restrições que ela impunha aos interesses da burguesia. Ao invés de utilizar a dedução, eles insistiam numa explicação da realidade baseada no modelo das ciências da natureza. Combinando o uso da razão e observação, os iluministas analisaram todos os aspectos da sociedade francesa, tendo intuito de demostrar que as instituições da época eram irracionais e injustas. O “homem comum” também deixava, cada vez mais, de encarar as instituições sociais, as normas, com fenômenos sagrados, e passando a percebê-las como produto das atividades humanas.
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