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O Surgimento Da Sociologia

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Por:   •  4/9/2013  •  1.296 Palavras (6 Páginas)  •  863 Visualizações

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O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA

Podemos entender a Sociologia como uma das manifestações do pensamento moderno.

O seu surgimento ocorre num contexto histórico específico, que coincide com os derradeiros momentos da desagregação da sociedade feudal e da consolidação da civilização capitalista.

O século XVIII constitui um marco importante para a história do pensamento ocidental e para o surgimento da Sociologia. A dupla revolução que este século testemunha – a industrial e a francesa – constituía os dois lados de um mesmo processo, qual seja, a instalação definitiva da sociedade capitalista.

Na Revolução industrial significou algo mais do que a introdução da máquina a vapor e dos sucessivos aperfeiçoamentos dos métodos produtivos. Ela representou o triunfo da indústria capitalista, convertendo grandes massas humanas em simples trabalhadores despossuídos.

• A cada avanço com relação á consolidação da sociedade capitalista representava a desintegração, o solapamento de costumes e instituições até então existentes e a introdução de novas formas de organizar a vida social.

• A utilização da máquina na produção não apenas destruiu o artesão independente. Este foi também submetido a uma severa disciplina, a novas formas de conduta e de relações de trabalho, completamente diferentes das vividas anteriormente por ele.

A formação de uma sociedade que se industrializava e urbanizava em ritmo crescente implicava a reordenação da sociedade rural, a destruição da servidão, o desmantelamento da família patriarcal, etc.

A transformação da atividade artesanal em manufatureira e, por último, em atividade fabril, desencadeou uma maciça emigração do campo para a cidade, assim como engajou mulheres e crianças em jornadas de trabalho de pelo menos doze horas.

A desaparição dos pequenos proprietários rurais, dos artesãos independentes, a imposição de prolongadas horas de trabalho, tiveram um efeito traumático sobre milhões de seres humanos ao modificar radicalmente suas formas habituais de vida.

A desaparição dos pequenos proprietários rurais, dos artesãos independentes, a imposição de prolongadas horas de trabalho, tiveram um efeito traumático sobre milhões de seres humanos ao modificar radicalmente suas formas habituais de vida.

Estas transformações, incluindo as cidades, passavam por um vertiginoso crescimento demográfico, sem possuir , no entanto, uma estrutura de moradias, de serviços sanitários, de saúde.

As consequências da rápida industrialização e urbanização levadas a cabo pelo sistema capitalista foram tão visíveis quanto trágicas: aumento da prostituição, do suicídio, de surtos de epidemia de tifo e cólera.

Um dos fatos de maior importância relacionados com a revolução industrial é sem dúvida o aparecimento do proletariado e o papel histórico que ele desempenharia.

Os efeitos catastróficos que esta revolução acarretava para a classe trabalhadora levaram-na a negar suas condições e vida.

As manifestações atravessam várias fases:

destruição das máquinas, atos de sabotagem, roubos e crimes, evoluindo para a criação de associações livres, etc. A consequência desta crescente organização foi a de que os “pobres” deixaram de se confrontar com os “ricos”; mas uma classe específica, a classe operária, começava a organiza-se.

Qual a importância desses acontecimentos para a sociologia? O que merece ser salientado é que a profundidade das transformações em curso colocava a sociedade num plano de análise, ou seja, esta passava a se constituir um “objeto” que deveria ser investigado. Visto que na nascente sociedade industrial produziria fenômenos inteiramente novos que mereciam serem analisados.

A sociologia constitui em certa medida uma resposta intelectual ás novas situações colocadas pela revolução industrial. É a formação de uma estrutura social muito específica – a sociedade capitalista – que impulsiona uma reflexão sobre a sociedade.

O pensamento paulatinamente vai renunciando a uma visão sobrenatural para explicar os fatos e substituindo-a por uma indagação racional. A aplicação da observação e da experimentação, ou seja, do método científico para a explicação da natureza, conhecia uma fase grandes avanços.

O emprego sistemático da observação e da experimentação como fonte para a exploração dos fenômenos da natureza estava possibilitando uma grande acumulação de tatos. Possibilitando controlar e dominar.

Para Bacon (1561 – 1626) por exemplo, a teologia deixaria de ser a forma norteadora do pensamento. Para ele, o novo método deveria ser estendido e aplicado ao estudo da sociedade.

O emprego sistemático da razão, do livre exame da realidade – os chamados racionalistas -, representou um grande avanço para libertar o conhecimento do controle teológico, da tradição, da “revelação”. Não só no pensamento racional, soma-se também, as artes, na medida em que se rebelava contra a criação literária legitimada pelo poder.

A pressuposição de que o processo histórico possui uma lógica passível de ser apreendida constitui um acontecimento que abria novas pistas para a investigação racional da sociedade. Vico (1668 – 1744) dizia: é o homem quem produz a história. Agora poderíamos tratar a sociedade a partir do estudo de seus grupos e não dos indivíduos isolados.

Os iluministas atacarem com veemência

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