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OS CONCEITOS DE LIBERDADE

Por:   •  30/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.238 Palavras (5 Páginas)  •  173 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO

FACULDADE DE DIREITO “LAUDO DE CAMARGO”

MARIA VITÓRIA RIBEIRO BARRETTO

831040/ 1 ETAPA

CONCEITOS DE LIBERDADE

RIBEIRÃO PRETO

2018

MARIA VITÓRIA RIBEIRO BARRETTO

CONCEITOS DE LIBERDADE

Trabalho apresentado à Unaerp como requisito parcial de avaliação na Disciplina de Filosofia Geral.

                                                                Prof. Me.: Nando Araujo

2018

RIBEIRÃO PRETO

  • LIBERDADE DO SENSO COMUM

A liberdade é um princípio do ser humano, e para o senso comum ela significa agir conforme suas próprias vontades e desejos, desde que seus limites não ultrapassem o do próximo. É ser totalmente independente de outras pessoas, o fato de não precisar de ninguém para a satisfação de suas vontades, conseguir resolver seus próprios problemas sem a interferência de terceiros.

Uma outra concepção desse conceito de forma generalizada, seria a eterna vinculação de liberdade com dinheiro, pois, vivemos em uma sociedade aonde as pessoas acreditam fielmente que ser livre é característica primordial dos mais favorecidos financeiramente, pois são eles quem viajam para lugares paradisíacos, que tem capital para suprir todas as suas vontades e necessidades, que tem acesso aos melhores produtos, e até mesmo que são resguardados pela lei, e um exemplo disso seria a famosa frase que todos já ouviram em algum momento: “rico não vai preso”. Por pensarem dessa forma é que muitas pessoas buscam o conhecimento acadêmico, pois acreditam que a base para o enriquecimento se dá pelos estudos, e esse enriquecimento é que trará aquilo que todos querem: liberdade!

Adentrando um pouco mais sobre essa concepção podemos observar que para cada fase da vida a ideia de liberdade tende a ser diferente, tem a mesma finalidade, porém, caminhos distintos. Vejamos com alguns exemplos:

  • Para o adolescente: Ser livre é sinônimo de não ter que dar satisfações aos pais, poder ir em festas, sair e voltar na hora que quiser, ingerir bebidas alcoólicas, dirigir etc.
  • Para os adultos: Liberdade é algo que se vincula ao financeiro e material, é poder trabalhar e conseguir pagar suas próprias contas, ter sua própria casa, seu carro e viajar uma vez ao ano com a família.
  • Para os idosos: Ter saúde para que não precise depender de alguém, ou pior, que não precise ser colocado em um asilo, assim restringindo sua liberdade.

Podemos observar que os meios e metas de liberdade são divergentes, porém, todas possuem uma mesma característica, que é o direito primordial de todos os indivíduos, a liberdade de ir e vir.

  • LIBERDADE SEGUNDO JEAN PAUL SARTRE

Para Sartre o fato do homem ser homem é o que lhe torna livre, não existem metas previamente analisadas, nem conceito individual de liberdade, apenas o fator biológico que nos caracteriza como homo sapiens. Ele diz que nossas vontades e princípios é o que determinará nossas ações e essas mesmas ações são a definição de liberdade, pois a racionalidade e o pensamento são característicos apenas dos humanos. A escolha, que é a principal característica do ser livre, é uma obrigação da qual não se pode esquivar, e em se tratando de ser algo que só diz respeito ao autor da ação, é necessário que esse se responsabilize pelos seus atos.

Esse filosofo discute 3 pontos primordiais para a liberdade: o primeiro sendo o Caráter de ação intencional, já que para Sartre todos são condenados à liberdade, e a partir da ação é que se demostra essa liberdade, e não existe uma forma de se abster disso, pois a escolha de não se pronunciar já é uma escolha, portanto, ele considera má-fé quando o indivíduo tenta se livrar de suas responsabilidades, culpando algum fator externo. Na filosofia sartreana nada é determinado de antemão, tudo acontece conforme os acontecimentos e a partir deles a forma como o homem escolherá lidar com a situação, deixando enfatizado que os atos negligentes sequer se caracterizam como ação, e que ser livre não é uma característica do homem, mas sim o homem em si.

A segunda trata da Tese de que todo ser-humano é livre, que Sartre utiliza de duas expressões para explicar como o homem se põe em suas intencionalidades. A expressão “para si” engloba tudo o que existe, exceto o consciente do homem, é o plano material onde serão executadas suas ações, já a expressão “em si” retrata a consciência desse mesmo homem, e o seu nada, pois através de suas intenções e não intenções é que começarão seus questionamentos, e baseado nisso é que se é se poderá decidir como agir, que é o sinônimo para liberdade.

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