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OS PRINCIPADOS HEREDITÁRIOS

Por:   •  14/5/2018  •  Projeto de pesquisa  •  3.645 Palavras (15 Páginas)  •  157 Visualizações

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INTRODUÇÃO

 Nicolau Maquiavel, nasceu na cidade de Florença na Itália, final do século XV, início do século XVI, ou seja, no final da Idade Média e início do Renascimento. Para que se entenda a obra em epigrafe é necessário entender como a Itália de Maquiavel se encontrava na época.

A Itália passava por um florescimento cultural artístico e político.

 “Ele olhou para o mundo a sua volta e criou uma nova ciência, a ciência política. Quando Maquiavel tinha 17 anos, Botticelli acabava de pintar o Nascimento de Vênus. Quando fez 23, Cristóvão Colombo descobria a América. Aos 37, Leonardo Da Vinci finalizava a Monaliza. Quando completou 34, Michelangelo acabava seu Davi. ”

Guerras, corrupção, assassinatos de cunho político e até escândalos envolvendo o alto clero da igreja. Neste contexto a Itália praticamente não existia, haviam cinco estados e formas de governos e culturas totalmente diferentes: Nápoles, os Estados Pontifícios (Roma fazia parte), o Ducado de Milão, a República de Veneza e o Estado Florentino e outros estados menores.

Em uma Itália dividida, conturbada como faria um Príncipe para manter a ordem social e ser soberano?

Em O Príncipe, para muitos um manual sobre a arte de governar, Maquiavel discursa de como um Príncipe que chega ao poder deve governar de maneira pura e simples. Sem delongas, curto e grosso.  O Ditador italiano Benito Mussolini o cita várias vezes em seu discurso “La vittoria fatale” mostrando a impossibilidade da Itália permanecer neutra na primeira guerra mundial.

O LIVRO NO GERAL

A obra de Maquiavel, é recomendada por professores no campo do Direito para que se entenda como um Príncipe deve governar seu principado angariando a simpatia do povo. Sua obra é dividida em 26 capítulos onde o autor abrange temas como alguns príncipes perderam o poder bem como as forças armadas devem atuar. Para maior atualização da obra de Maquiavel para o contexto de hoje pode-se dizer que o príncipe de ontem é o governante, o povo sempre será povo, e os grandes como não poderia deixar de ser, a elite privilegiada e dominante de hoje.

CAPÍTULO I - DE QUANTAS ESPÉCIES SÃO OS PRINCIPADOS E DE QUE MODOS SE ADQUIREM

Em seu primeiro capitulo Maquiavel já deixa seu cartão de visitas conceituando o que é Estado, apesar de divergências até hoje em seu   conceito.

 "Todos os Estados todos os domínios que tiveram e tem poder sobre os homens, são Estados e ou Republicas ou Principados".

Os principados ou governos na contextualização de hoje são divididos entre hereditários e novos sendo por antiguidade na linhagem familiar ou nova.

CAPÍTULO II - DOS PRINCIPADOS - DOS PRINCIPADOS HEREDITÁRIOS

No segundo capítulo, Maquiavel deixa claro que o Príncipe que descende de uma linhagem hereditária terá menos dificuldade para governar do que o novo uma vez que o povo é ligado ao tradicionalismo.

CAPÍTULO III - DOS PRINCIPADOS MISTOS

“Mas é nos principados novos que residem as dificuldades. ”

        

Talvez pela falta de experiência de um principado novo ou pela imaturidade uma vez que os novos batem de frente com a atual política havendo um choque de gerações por assim dizer.

No caso de regiões que rebelaram é mais fácil se manter a ordem onde um pequeno estrago começou a ser feito sendo que quem já passou por isso estando no cargo de comando não pensa duas vezes em abrir uma investigação para que sejam punidos aqueles que foram contra o principado.

Em relação aos Estados dominados que possuem a mesma língua e são da mesma província e mais fácil mantê-los em sua administração caso não sejam livres e estejam habituados a viver dessa maneira; diferente de Estados com línguas e culturas diferentes para que sejam subjugados deverá o príncipe ter um convívio social com quem foi por ele dominado. A província dominada não é saqueada e o príncipe ganha a simpatia do povo.

Finalizando o capitulo Maquiavel deixa claro que apesar de se instalar uma ou duas colônias nos lugares conquistados pelo Estado é necessário também a instalação das forças militares, mas o gasto devido a este último quesito será maior.

CAPÍTULO IV - POR QUE O REINO DE DARIO, OCUPADO POR ALEXANDRE, NÃO SE REBELOU CONTRA SEUS SUCESSORES APÓS A MORTE DESTE

        Dentro deste capitulo Maquaivel responde que mesmo um reino grande como o deAlexandre, o grande, que poderia vir a ruinas após usa morte não veio devido ao seu meio de governar: Usando uma segunda pessoa com poder e autoridade, o tradicional “mão do Rei” sintetizado de frma bem clara no famoso seriado Game Of Thrones onde a rainha Daenerys Targaryen, nomeia o anão Tiron como seu conselhiero mais fiel. Quando se usa titulos para se governar os problemas aumentam uma vez que os barãoes da nobreza possuem suditos que serão leais a eles e não ao príncipe.

                                        

CAPÍTULO V - DE QUE MODO SE DEVAM GOVERNAR AS CIDADE E PRINCIPADOS QUE ANTES DE SEREM OCUPADOS VIVIAM COM SUAS PROPRIAS LEIS.

Para Maquaivel exitem três formas de se governar que para ele são muito simples:

A primeira forma é que se  o estado for consquistado e já vive a algum tempo com suas proprias leis e vive em liberdade deve ser aniquilado totalmente;

A segunda é transferir a fonte do poder, isto é, o soberano deverá transferir para o local conquistado a sua residência e por ali ficar por um tempo;

A terceira é ultima é manter o povo conquistado ali e lhe cobrar tributos para que possam viver no seu tradicionalismo.

CAPÍTULO VI - DOS PRINCIPADOS NOVOS QUE SE CONQUISTAM COM AS ARMAS PRÓPRIAS E VIRTUOSAMENTE

        Neste capítulo Maquiavel fala que não é vergonha nehuma pra o governante imitar aqueles que já foram bem sucedidos em suas empreitadas guerreiras, caso não chegue a lugar nenhum com esse plágio ao menos o príncipe ira de qualquer modo aprender algo. Um reino que é novo e consequentemente seu governante o também é fica mais difícil de ser governado. Um príncipe deve  chegar ao poder pelo seu valor e nunca pela sorte dando exemplos práticos de Moises, Ciro, Tseu e Romulo.

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