Os Efeitos dos planos econômicos Collor 1 e Collor 2 na economia brasileira
Por: Bea Frrl • 13/11/2017 • Trabalho acadêmico • 697 Palavras (3 Páginas) • 447 Visualizações
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Vitoria da conquista- BA
2017
Faculdades Santo Agostinho.
Economia
Direito noturno
2º Semestre
Discentes: Ábner Tavares Costa, Beatriz Farrel, Gislene Sousa, Julie Sousa Matos.
Os efeitos dos planos econômicos Collor 1 e Collor 2 na economia brasileira.
Em 1990 quando Fernando Collor de Melo assumiu a presidência do Brasil a inflação e a estagnação econômica eram os principais problemas que o país enfrentava. Nos meses que antecederam a sua posse Collor montou a sua equipe ministerial, o maior destaque era ao ministério da economia, para o cargo foi nomeada a professora da USP Zélia Cardoso de Mello.
Um dia após o novo governo o plano Collor é apresentado a população brasileira, os principais pontos do plano foram:
- Privatização de estatais brasileiras com histórico de prejuízo
- Troca da moeda Cruzado Novo pelo Cruzeiro, sem mudança de zeros (ou seja, um Cruzado Novo valia um Cruzeiro)
- Expansão da IOF para aumentar arrecadação do governo
- Congelamento de preços e salários
- Eliminação de uma série de incentivos fiscais para empresas do norte e nordeste
- Indexação de impostos de acordo com inflação
- Aumento do preço de serviços públicos como correio e etc
- Liberação do câmbio para promover a importação
- Enxugamento da máquina pública com a demissão de funcionários públicos e extinção de órgãos
- Congelamento do saldo das cadernetas de poupança com saldo de mais de NCz$50mil (Cruzado Novo)
O governo apostava em uma recessão seguida de estabilização e crescimento, ou seja, o Brasil entraria em uma breve crise, a economia se ajustaria, a inflação acabaria e então cresceria de forma sustentável. Pretendia devolver os depósitos em 18 meses com correção monetária e juros de 6% ao ano, com essa medida visavam conseguir liquidez para financiar projetos econômicos. No primeiro mês a inflação se estabilizou, mas logo o governo enfrentou a estagflação.
O maior erro do plano de Collor foi confiscar das poupanças, isso trouxe inquietação e sofrimento para a sociedade, uma grande parcela da população de baixa renda possuía a poupança como seu único patrimônio e fonte de renda. Essa medida favoreceu o desemprego e a queda da produtividade. Muitas empresas fecharam as portas e outras diminuíram sua produção, jornada de trabalho e salários. Só em São Paulo, nos primeiros seis meses de 1990, 170 mil postos de trabalhos deixaram de existir.
Um ponto positivo no plano Collor foi à abertura da economia brasileira para o mundo, com a criação do MERCOSUL através do tratado de Assunção. O plano incentivou a abertura da economia brasileira em relação ao mundo quando reduziu os impostos para os produtos importados, ou seja, a redução e a importação desses produtos incentivaram a concorrência aqui no Brasil.
A privatização das estatais obteve maiores resultados ao longo dos próximos governos, mas o ponto inicial foi no governo de Collor. Um dos maiores pilares industrial do país, as estatais siderúrgicas, começaram a ser privatizadas. A primeira em 1991 e considerada a jóia da coroa, foi a USIMINAS, gerando grande polemica pelo fato de ser uma das mais lucrativas do sistema, o grupo GERDAU, que arrematou a usina, foi um dos grandes beneficiários das privatizações.
Os resultados das privatizações foram positivos a partir do governo de Fernando Henrique Cardoso, Vejamos o exemplo da Vale. Não havia dinheiro para os investimentos necessários para a empresa crescer e se manter competitiva. Os balanços da empresa estavam sempre no vermelho. Depois de privatizada, a Vale cresceu, empregam mais brasileiros e pagam muito mais impostos do que antes.
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