Os Fundamentos das Ciências Sociais
Por: theusbrandt • 29/5/2018 • Dissertação • 3.144 Palavras (13 Páginas) • 184 Visualizações
Resumo de Fundamentos das Ciências Sociais
A disciplina Fundamentos das ciências sociais serve de base para a compreensão dos elementos que constituem a sociedade. Essa compreensão de uma perspectiva cientifica favorece a construção de conhecimentos nas demais ciências humanas e sociais aplicadas.
O tema principal é a sociedade em que vivemos que por sermos juiz e parte, ou seja, pensarmos sobre o que vivemos a partir de nossas convicções pessoais e já possuirmos preconceitos e valores arraigados de uma visão de mundo pode dificultar uma análise mais crítica sobre o mundo em que vivemos.
A disciplina contribui para o desenvolvimento de um olhar crítico-analítico, cientifico, humanista e voltado para o exercício da cidadania.
Tipos de conhecimento:
Nem todas as formas de conhecimento são as mesmas em todo lugar e para todos os indivíduos, para isso existem tipos de conhecimentos distintos com vários números de explicações para um mesmo fenômeno.
Conhecimento mítico: Esse tipo de conhecimento busca explicar o mundo a partir das ações de entidades, ou seja, forças, energias, criaturas ou personagens que são sobrenaturais. A função dos mitos é fornecer uma explicação sobre o mundo, organiza-lo e atribuir-lhe sentido.
Conhecimentos religiosos: Este tipo de conhecimento de mundo resulta em uma separação do profano e do sagrado. As religiões também apresentam uma explicação sobrenatural para o mundo, porém, é necessário para aderir a uma religião ter fé ou crer nessa explicação. Além de proporcionar ao homem a garantia de “salvação”.
Conhecimento filosófico: De modo geral, o conhecimento filosófico pode ser traduzido como amor à sabedoria, à busca do conhecimento; sendo traduzida por uma ideologia.
Conhecimento do senso comum: O senso comum é o conhecimento baseado no aprendizado acumulado de gerações anteriores. Esse tipo de conhecimento nasce da tentativa do homem de resolver os problemas da vida diária.
Conhecimento cientifico: Este conhecimento é o resultado de investigação sistemática da realidade. Transcende fatos e fenômenos e analisa-os para descobrir suas causas e concluir as leis gerais que as regem.
A partir do senso comum uma criança aprende que o fogo queima, a faca corta e conhece o que é o perigo e como se colocar em segurança; mas, ao mesmo tempo, é um conhecimento subjetivo (uma vez que depende dos valores pessoais dos indivíduos envolvidos) e acrítico pois não pergunta como e por que as coisas acontecem.
Ele também é assistemático (não segue um sistema), não é aprendido de forma organizada e empírico por se fundamentar em experiências e observações das aparências.
O conhecimento cientifico teve seu marco na revolução cientifica durante o século 17 ao 18 onde a ciência que estava atrelada a filosofia separa-se e passa a ser um conhecimento mais estruturado e pratico perante papel fundamental de Galileu Galilei.
O conhecimento cientifico se construiu a partir da instauração de métodos e de investigação rigorosas que permitiram a explicação e compreensão das causas dos fenômenos da natureza. A ciência é particular pois delimita um campo de pesquisa e procedimentos próprios a este campo.
As assim chamadas Ciências Sociais:
O objeto de estudo das ciências sociais é a sociedade em suas dimensões sociológicas, antropológicas e políticas, ou seja, o conjunto desses saberes forma as ciências sociais, possuindo métodos de investigação próprios.
Sociologia: A sociologia analisa as inter-relações entre os diversos fenômenos sociais. A partir dessas matrizes teóricas, estudam-se os fatos sociais, as ações sociais, as classes sociais, as relações sociais, as relações de trabalho, as relações econômicas, as instituições religiosas, os movimentos sociais e outros.
Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx.
Antropologia: Na antropologia, privilegiam-se os aspectos culturais do comportamento de grupos e comunidades. Questões cruciais para o entendimento da vida em grupo, como alteridade, diversidade cultural, etnocentrismo, relativismo cultural são tratadas por essa ciência, que, em seus primórdios estudava povos e grupos geográfica e culturalmente distantes dos povos ocidentais (por exemplo estudos notáveis sobre a sociedade indígena e camponesa, identificando suas diferentes visões de mundo, sistemas de parentesco, cosmologias e outros).
A antropologia também desenvolveu estudos sobre grupos sociais urbanos, enfatizando a diferenciação entre seus indivíduos, com base em critérios de raça, cor, etnia, gênero, orientação sexual, nacionalidade, religiosidade, afiliação religiosa, ideologia política, sistemas de crenças e valores, estilos de vida e outros.
A análise da antropologia funda-se na compreensão de dois aspectos: microcósmicos e macrocósmicos.
Microcósmicos: Analisa aspectos individuais ou de pequenos grupos, como religião, costumes, tradições e outros, na tentativa de entender os significados culturais que possuem.
Macrocósmicos: Analisa as estruturas da sociedade, procurando entender como estas influenciam os grupos ou indivíduos no que se refere a comportamento, costumes e cultura.
Ciência Política: Na ciência política analisam-se as questões ligadas as instituições políticas. Conceitos de poder, autoridade, dominação, entre outros, são estudados por essa ciência. Se observa também as diferenças entre povo, nação e governo, bem como o papel do Estado como instituição legitimamente reconhecida como a detentora do monopólio da dominação e do controle de determinado território.
Imaginação sociológica: É o processo que o indivíduo consegue estabelecer conexões entre sua experiência pessoal e a sociedade em que vive, ou seja, nossas ações influenciam e são influenciadas pela sociedade. Os indivíduos só podem compreender sua existência social percebendo-se parte de um contexto histórico-cultural determinado.
Problemas sociais e sociológicos: O problema social é algo que atinge com frequência um grupo, ou uma categoria de indivíduos (como exemplo as drogas). Mas pode ser muito subjetivo, afinal, o que é um problema em uma cultura pode não ser para outra.
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