PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DE UTILIZAÇÃO DA PROVA ILÍCITA
Por: duartmann • 15/3/2016 • Resenha • 462 Palavras (2 Páginas) • 472 Visualizações
PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DE UTILIZAÇÃO DA PROVA ILÍCITA
1 – Introdução
O princípio da vedação à utilização de provas ilícitas está exposto no artigo 157 do Código de Processo Penal e esculpido como garantia fundamental no inciso LVI do artigo 5º da nossa Constituição Federal.
Embora o Brasil adote, como regra, o princípio da liberdade probatória, este não é absoluto, mitigado que é pelo princípio da proibição à utilização da prova ilícita. Por esse princípio as provas ilícitas não devem ser admitidas no processo, se porventura entrarem elas devem ser desentranhadas e inutilizadas, isto é devem sair do processo.
2 – Origem
A teoria das provas ilícitas foi consagrada nos Estados Unidos da América em âmbito federal, a partir do caso Weeks versus United States, de 1914.
Naquela oportunidade a Suprema Corte decidiu ser ilícita a prova obtida por policiais, em processos federais, quando a sua produção violasse a constituição.
3 – Definição
Com a reforma no Código de Processo Penal ocorrida em 2008, firmou-se a definição de prova ilícita como aquela obtida com a violação de lei ou direitos constitucionais, não importando o seu conteúdo, encerrando discussões anteriores em torno dos tipos de provas.
4 – Prova Derivada
É a prova lícita, cuja obtenção, produção ou obtenção foi necessária uma informação decorrente de um ilícito. Também são consideradas inadmissíveis.
5 – Teoria dos frutos da árvore envenenada
É resultado do desenvolvimento do princípio da vedação à utilização de provas ilícitas, que consiste na exclusão das provas lícitas, mas obtidas a partir de outra prova, cuja produção ocorreu em desacordo com a lei ou com as normas constitucionais.
6 – Limitações
O principio da vedação á utilização de provas ilícitas, bem como a teoria dos frutos da árvore envenenada não deve ser entendida de modo absoluto, uma vez que, pode ser mitigada ou suavizada pelo princípio da proporcionalidade e pela própria lei que determina as seguintes limitações:
- Limitações da fonte independente: A prova derivada é validada quando não há nexo de causalidade ou quando puder vir a ser obtida por uma fonte independente.
- Limitações da descoberta inevitável: A prova derivada também é validada, em razão de que acabaria sendo produzida inevitavelmente através de uma atividade lícita.
7 – Conclusão
Todo processo que contenha uma prova lícita deve ser anulado, total ou parcialmente e caso já tenha uma sentença, esta deve ser anulada e as provas ilícitas ou derivadas desta devem ser desentranhadas do processo e inutilizadas.
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