Pesquisa Social: Teoria Método e Criatividade

MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.) Pesquisa social: teoria método e criatividade.petrópolis: vozes, 2016.

     Maria Cecília de Sousa Minayo possui graduação em sociologia e mestrado em Antropologia Social, graduação em Ciências Sociais, e doutorado em Saúde Pública. Suely Ferreira Deslandes é graduada em Ciências Sociais, mestre em Saúde Pública e doutora em Ciências. Romeu Gomes Possui graduação em Pedagogia, Mestrado em Educação e Doutorado em Saúde Pública. Todos por faculdades internacionais e do Rio de Janeiro.

     O primeiro capítulo do livro aborda o desafio da pesquisa social, divido em quatro temáticas. Nos dois primeiros a autora busca explicar sua preocupação com a realidade, trazendo um embate sobre a cientificidade das ciências sociais em relação às ciências da natureza. A primeira se destaca da outra por ser intrínseca e extrinsecamente ideológica e de caráter qualitativo, entretanto Lenin dizia que “o método é a alma da teoria”. Em suma, toda investigação se inicia por uma questão. Portanto, teoria são conhecimentos antes combinados, abordados e questionados. Nos dois últimos, Minayo faz uma diferença entre pesquisa qualitativa e quantitativa, A primeira se realiza basicamente por meio de conceitos, métodos e técnicas construídos num ritmo próprio. Esta ultima considerada apenas objetiva, com tipo matemático para a compreensão da realidade. O trabalho científico dessa pesquisa se divide em três fases, exploratória, de campo, análise e tratamento do material empírico documental. Diz-se assim que o ciclo de pesquisa não se fecha, pois toda pesquisa produz conhecimento e gera indagações novas.

     O segundo capítulo aborda o projeto de pesquisa como exercício científico e artesanato intelectual, explicando que ele se constitui de uma soma de múltiplos esforços intelectuais do pesquisador, com informações e conhecimentos planejados, usando as certas tecnologias, empregando seu corpo e imaginação na realização do trabalho. Para produzir um projeto precisa-se de escolhas seletivas, percepção e de indagações constitutivas do mesmo, como por exemplo, definir o problema, seus objetivos, justificativa da escolha, métodos usados, cronograma de execução, orçamento e as referências. Ao final dessas escolhas, tem-se a apresentação do projeto. O mesmo deve seguir uma ordem, um modelo inspirado nas regras da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para ser apresentado na seguinte ordem: elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.