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RESENHA DO FILME: AS DUAS FACES DE UM CRIME

Por:   •  8/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  607 Palavras (3 Páginas)  •  1.256 Visualizações

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FILME AS DUAS FACES DE UM CRIME-

 

  1.  Ao longo do filme Martin Vail mostrou suas concepções de Justiça e Verdade. Ele julga como justo a defesa de qualquer pessoa até que realmente provem o contrário, além disso, mesmo quando relevadas as provas, ele argumentou e usou de estratégias para que seu cliente não fosse punido com a pena de morte. Em relação à concepção de Verdade, Vail defende que a verdade, por ser relativa, aquilo que acredita deve ser defendido e deve ser apresentado de forma que o júri seja persuadido e convencido pela ideia.
  2. A construção dos advogados criminalistas no filme mostra um profissionalismo grande de tentar defender as causas das melhores formas e jeitos, contudo, quando Martin soube do assassinato, ele não analisou o crime, ele ouviu na televisão do bar, viu que seria um caso de grande repercussão e foi atrás, deixando uma imagem de interesse e aproveitamento do caso para aumentar sua fama. No mundo real os advogados criminalistas são pela sociedade como pessoas que trabalham visando o lucro, ignorando a ética e a moral, porém o filme tenta trazer a imagem de que também existe a preocupação em defender os direitos do cliente, por mais hediondo que seja o crime cometido.
  3.  Como a verdade é relativa e Martin considera verdade aquilo que acredita, utiliza o termo “supostamente” para não ter que afirmar verdades universais e se dirigir a suas concepções de Verdade.
  4.  O advogado criminalista, Martin Vail, enfatiza a ideia de que todos merecem ser considerados inocentes até que se prove o contrário. Há uma passagem no filme que ele diz que crê nas bondades intrínseca das pessoas e que qualquer um é capaz de cometer um crime, não importa se a pessoa é boa ou ruim. Sendo assim, ele expõe para o jornalista que não é só questão de honraria e sim, dessa sua concepção.

 Podemos relacionar essa argumentação com a aula de MLJI, uma vez que trabalhamos com a ideia de verdade relativa e que essa pode apresentar o mesmo assunto por meio de pontos e visões totalmente diversas. Dessa forma, o posicionamento de Vail condiz com assuntos vistos em aulas, pois o ordenamento jurídico apresenta lacunas que devem ser preenchidas e a argumentação é fundamental para a defesa de uma tese e do cliente, tentando, dessa forma, fazer com que a justiça tenda para um dos lados.

  1.  A estratégia usada pela promotoria é a de ironizar e ridicularizar o testemunho da psiquiatra, tendo em vista que qualquer um pode alegar dupla personalidade para justificar os crimes e erros que cometidos. A promotora, Janet Venable, diz que todos passam por situações de nervosismo, as quais pensam em tomar certas atitudes, mas repensam e então não executam, com isso ela tenta mostrar ao júri que por mais que Aaron estivesse com raiva do arcebispo, ele deveria ter repensado antes de cometer seus atos. Além disso, ela reforça a ideia de que não era possível comprovar essa dupla personalidade, uma vez que não havia vídeos nem comprovações.  
  2. Pode-se dizer que o comportamento do advogado de defesa é ético porque mesmo depois de descobrir que seu cliente havia cometido o crime, ele sabe que o que o fez cometê-lo foi seu suposto problema psicológico, então entende que o certo não seria puni-lo e sim tratá-lo. Por outro lado a promotora Janet mostra uma imensa vontade de ganhar tornando sua ética questionável, já que ignora o fato do garoto ter ou não problemas psicológicos e exige sua pena de morte. Esse comportamento mostra que ela está interessada apenas na ascensão de sua carreira.

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