RESENHA FILME "SI PUO FARE"
Por: mmmartanazzari • 17/9/2016 • Resenha • 606 Palavras (3 Páginas) • 2.281 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL
CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: PSICOLOGIA JURÍDICA
MARIA A. MARTA NAZZARI
R.A. C98EEI-0
resenha
filme: “si puo fare” (dá pra fazer)
Direção: Giulio Manfredonia
Professor Me. Dr. Gustavo D’andrea
RIBEIRÃO PRETO – SP
2016
RESENHA
“SI PUO FARE”
(DÁ PRA FAZER)
Filme Italiano sobre a Reforma Psiquiátrica e as cooperativas italianas formadas por egressos de internações psiquiátricas.
Direção: Giulio Manfredonia
Filme baseado em fatos reais, conta a história das cooperativas que surgiram na Itália, após o movimento da luta antimanicomial iniciado por Franco Basaglia, na Itália e, do fechamento dos hospitais psiquiátricos.
No início do filme os pacientes parecem dopados e não tem força energia o suficiente para os exercícios de seus trabalhos, vez que eram medicados com altas dosagens de psicotrópicos. O trabalho era maçante e realizado sem qualquer interesse.
As coisas mudaram quando chegou à Cooperativa 180 (Um, oito, zero)” o novo diretor (Sr. Nello). A partir de então, os trabalhadores passaram a ser sócios do negócio e os ‘empregados’ tinham o direito de opinar sobre como o trabalho seria realizado. Até mesmo as opiniões mais alucinantes eram consideradas.
O novo diretor passou a analisar a especificidade de cada um e propor trabalhos que respeitassem suas habilidades e limitações. Com esse avanço, a cooperativa começa a dar lucro e tudo é dividido igualmente entre os membros. Os ‘pacientes’ passam a ser vistos como capazes de controlar suas vidas e não como ‘doentes’.
Sérgio, um dos pacientes se apaixona por uma de suas clientes. Ele o convida para sair e os dois se beijam. O namoro prossegue e ela o convida a frequentar uma festa em sua casa. O caos se instala quando seus convidados começam a caçoar dele, especialmente quando ele “cisma” que a comida estava envenenada. Seu amigo o defende provocando uma briga.
Estando todos na Delegacia, Sérgio ouve sua pretendente chamá-lo de “coitado doente” ao se referir à sua pessoa ao Delegado. Ele não pode suportar. No dia seguinte, se suicida.
Todos têm limites, porém, uns mais que os outros. No caso do filme, a morte de Sérgio desestabilizou outros pacientes e o diretor se sente culpado por ter incentivado a liberdade destes.
Todos voltam ao manicômio, mas o psiquiatra que os trata percebe as melhoras significativas e pede que o diretor da cooperativa retome os trabalhos. Ele hesita, mas os próprios pacientes vão a busca dele e iniciam uma nova etapa da cooperativa 180.
A melhora do quadro clínico destes pacientes lhes traz alegria, satisfação e isso, os torna capazes. Nello, um sindicalista afastado do sindicato por suas ideias avançadas, se vê dirigindo uma cooperativa de doentes mentais, ex-pacientes dos manicômios fechados pela Lei Basaglia.
O diretor os convence a realizarem um trabalho de verdade e não somente aceitar ajuda da assistência social. Mesmo sem entender o que era a tal “reforma psiquiátrica”, o sindicalista acabou por colocá-la em prática.
Todas as ações da Cooperativa 180 são democráticas. Cada um participa de acordo com as suas possibilidades. Os pacientes entendem ali que viver sem toda aquela medicação que tanto lhes causava dor, é essencial. Muitos eram muito medicados por sofrerem de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).
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