RESENHA FILME: TEMPO DE MATAR, ASSOCIADO COM MATÉRIA DE "TEORIA DO DIREITO
Por: iurygmagalhaes • 8/11/2017 • Resenha • 454 Palavras (2 Páginas) • 644 Visualizações
Tempo de Matar
“Tempo De Matar” é um filme norte-americano datado de 1996, sendo dirigido por Joel Schumacher. Em suma, o filme relata a história de um caso de estupro, que vitimou uma garota negra de 10 anos, na cidade de Canton, no Mississipi, tendo por violentadores dois homens brancos. Os mesmos estavam sendo levados para o tribunal para terem o valor de sua fiança fixado, entretanto, o pai da menina acaba por realizar justiça com suas próprias mãos, matando os réus e ferindo um policial gravemente, passando assim, de um caso de estupro, para um assassinato.
O filme tem por caracterica atuar na área legislativa do direito penal, embasado no jusnaturalismo. A disputa no tribunal, entre a procuradoria e o advogado de defesa ,se deu pela determinação da procura de provas e demonstrações, com isso, o que determina é a intermediação entre a emoção, que seria o Direito Subjetivo e a razão que retrataria o Direito Objetivo.
Para a defesa de Carl Lee, o advogado de defesa utiliza como estratégia inicial a tentativa de dizer que o seu cliente não se encontrava em um perfeito estado emocional, tendo em vista que o ocorrido com sua filha é algo repugnante que revolta as pessoas em geral, tendo por agravante ter acontecido com sua própria filha de apenas 10 anos. Entretanto, a procuradoria utilizando do método dedutivo de análise, diz q o réu se encontrava em condições ideias de raciocínio, sendo capaz de diferenciar o certo do errado.
Por sua vez, a procuradoria argumenta com base nas leis e na jurisprudência, sendo embasado no direito positivo, tendo em vista que são um conjunto de normas impostas pelo Estado.
Por outro lado, mudando a estratégia, o advogado de defesa parte para o apelo emocional e sentimental da história, abdicando de argumentos fundamentados nos fatores jurídicos, descrevendo o ocorrido com a filha de seu cliente, utilizando de princípios morais e até mesmo raciais, observando o fato de que a cidade tem por predominância a etnia branca, tendo em vista que o choque racial nos Estados Unidos é muito grande.
Aplicando o direito positivo, fundamentado essencialmente no positivismo jurídico, a promotoria, entretanto, observa que a análise dos juristas estava se alterando, pelo o que foi expresso por parte da defesa, abandonando assim todos os preconceitos raciais.
No decorrer do filme, é nítido que o júri não se apegava a lei propriamente dita, mas sim ao apelo emocional que a situação os colocava, abandonando até mesmo a tendência de condenação pelo fato de que o réu era de etnia negra, mostrando-se extremamente tocados pela situação.
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