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RESSOCIALIZAÇÃO DO APENADO: A DIFICULDADE DO RETORNO À SOCIEDADE

Por:   •  7/6/2016  •  Projeto de pesquisa  •  3.490 Palavras (14 Páginas)  •  1.428 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE JI-PARANÁ – CEULJI

LUCAS EDUARDO QUERINO DO CARMO

RESSOCIALIZAÇÃO DO APENADO: A DIFICULDADE DO RETORNO À SOCIEDADE

Ji-Paraná

2015

LUCAS EDUARDO QUERINO DO CARMO

RESSOCIALIZAÇÃO DO APENADO: A DIFICULDADE DO RETORNO À SOCIEDADE

Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná - CEULJI, como parte dos requisitos para obtenção de nota na disciplina TCC-I, no curso de Direito, sob orientação do Professor Thiago Freire.

Ji-Paraná

2015

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO                9

2 PROBLEMATIZAÇÃO                12

3 HIPÓTESES .........................................................................................................  25

4 OBJETIVOS ...........................................        ............... 26

5 JUSTIFICATIVA .................        .................................. 28

6 REFERENCIAL TEÓRICO ..........        ........................ 30

7 METODOLOGIA ...................        ............................... 34

8 RECURSOS ............................        ............................... 37

9 CRONOGRAMA .................        .................................. 38

10. REFERÊNCIAS                 72


  1. INTRODUÇÃO

Essa pesquisa refere-se ao objetivo da ressocialização do apenado e ex-apenado, levando em consideração as condições do cárcere, que se encontra precário por apresentar um alto índice de reincidência, pela superlotação e pelo tratamento desumano praticado contra o preso.

Portanto, esse aglomerado de fatores gera um sentimento de revolta nos presos, causando sérios efeitos negativos dentro das prisões, e tornando assim praticamente impossível a tentativa de ressocialização.

Percebe-se que isso não só afeta a pessoa do preso diretamente, mas sim toda a sociedade que vem encarando diversas dificuldades, devido ao grande aumento do índice de criminalidade. Com isso a população permanece alheia na participação, ficando difícil contar com a colaboração social para a diminuição do problema, já que não confiam numa possível ressocialização do apenado.

O crescimento da quantidade de prisões efetuadas no Brasil está diretamente relacionado às condições sociais injustas encontradas do lado de fora dos presídios  que além de auxiliar no retorno do individuo a criminalidade levam muitos daqueles que nunca praticaram qualquer tipo de crime a se envolverem na prática criminosa.        

A Lei de Execução Penal Brasileira – LEP prevê assistência ao preso e ao egresso, educação, tratamento digno a eles e até mesmo a reintegração em sociedade, porém, mesmo sendo uma das leis mais completas já feitas, infelizmente não é colocada em prática no país. Devido isto, o Estado prefere tratar as penas como um meio de castigar o indivíduo pelo crime realizado e não para o fim de reinseri-lo ao meio social.

A partir disso, serão apresentadas possibilidades de acontecer sim o processo de ressocialização, através de medidas alternativas e educacionais, funcionalidade da lei, melhorias do cárcere e auxilio da sociedade para com o ex-detento.  

Para facilitar o entendimento da pesquisa, serão dados conceitos elaborados por filósofos acerca da socialização e ressocialização, cumulado com entendimentos e criticas doutrinárias sobre o tema. A Lei de Execuções Penais que traz um rol de artigos relacionados ao respeito e assistência ao preso, assim como a Constituição Federal de 1988, serão utilizadas como base legal.

 

  1. PROBLEMATIZAÇÃO

Observando a instituição carcerária, pode-se ver que se encontra em condições precárias e atualmente com um grande número de reincidentes, sem falar na superlotação que muitas prisões estão sofrendo, tendo a pessoa do preso um tratamento desumano. Para que tudo isso seja evitado, necessita-se de mudanças.

O Brasil vem enfrentando uma série de dificuldades devido ao grande crescimento de atos delituosos e violência. Com tais problemas ocorrendo, a sociedade fica insegura, não tornando fácil sua participação para minimiza-los, mostrando certa resistência, já que, cada dia mais o medo e preconceito circundam estas pessoas, findando na não colaboração na recuperação do apenado, uma vez que não há confiança suficiente para isso.

A ineficácia do sistema prisional brasileiro virou uma preocupação, já que não consegue cumprir sua real finalidade, que seria recuperar o criminoso, devolvendo-o à sociedade em boas condições, ou seja, já ressocializado. Porém, como já dito, o preconceito por parte da sociedade, como figura de socializadora, não coopera com o ex-condenado para tal ressocialização.

A prisão, hoje em dia, além de não recuperar o preso devido uma enorme gama de fatores, vem sendo rotulada de diversos nomes, tais como: escola do crime, depósito de humanos, e com a lentidão do poder público, e muitas vezes com o Estado inerte para solução desses angustiantes problemas, tais rótulos feitos pela população continuaram por muito tempo.

Nas prisões, a ressocialização seria mais eficaz se fosse cumulada com programas profissionais e educacionais, mostrando ao apenado uma perspectiva para um futuro ingresso na sociedade, deixando de lado esse preconceito do ex-presidiário que ele leva consigo fora das prisões.

A Lei de Execução Penal (LEP) prevê que quando o preso, separado de sua família, amigos ou outras relações que para ele são significativas, refletirá sobre seu feito e irá se corrigir, pois o mais correto seria redefinir as prisões como um recolhimento temporário e suficiente para preparar o indivíduo ao retorno no convívio em sociedade.

No senso comum, o preso deve sofrer mais além do que o castigo dado pela justiça, não observando que o confinamento já seria uma punição máxima feita para pagar pelo crime cometido.

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