Resenha Acerca do Livro a Revolução dos Bichos
Por: shelcea.correa • 3/4/2017 • Resenha • 1.406 Palavras (6 Páginas) • 448 Visualizações
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FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIA E CIENCIAS HUMANAS GAMALIEL.
Shelcea Pantoja Correa
Resenha
Resenha acerca do livro a revolução dos bichos
Shelcea Pantoja Correa
TÍTULO DO TRABALHO
Subtítulo do Trabalho
Trabalho apresentado como recurso avaliativo destinado a PR1, apresentado ao curso de Bacharel em Direito, na disciplina de História do Direito, ministrado pela professora Thaís Beliche.
Tucuruí-Pará
2017
Diante a história descrita no livro a revolução dos bichos, George Orwell (autor da obra), manifesta a ideia de que para os animais os maiores inimigos deles são os homens, sendo uma obra que nos leva a uma profunda análise e reflexão sobre a natureza humana que visa a luta pelo poder, entretanto no decorrer da leitura nota-se que até os animais acabam deixando seus interesses pessoais e sua natureza egoísta prevalecerem. Entretanto, são corroídos pela própria natureza humana e acabam sendo escravizados ao invés de adquirirem liberdade.
A história se passa no interior da Inglaterra em uma granja, denominada de “Granja Do Solar”, onde os animais eram dominados e explorados pelo seu dono o senhor Jones, o qual buscava acumular capital em prol de seu benefício próprio. Todos os animais se reuniam no celeiro para ouvir o sonho do porco que se chamava Major, todos os animais se encantaram pelo seu discurso e seus ensinamentos. O velho major fez com que os animais refletissem sobre o ciclo das suas vidas e os objetivos dos mesmos, fazendo-os analisar e constar que eles mereciam muito mais do que estavam recebendo pois, trabalhavam muito, não eram livres, recebiam poucos alimentos e além de tudo, suas vidas acabavam de baixo de uma cutela.
O livro retrata como funciona a nossa sociedade, tal qual é comandada por diferentes tipos de governo, além de mostrar a ambição do homem em busca do poder. Quando o senhor Jones era o dono da granja ele explorava os animais com o intuito de ganhar lucro, e em troca dos serviçoes prestados ele os pagava com alimentação que nem sempre era de qualidade, vê se um claro exemplo do capitalismo: a busca exacerbada pelo lucro,sendo assim aqueles que não eram os donos dos meios de produção, estão condenados a uma existência miserável, próxima da escravidão, essa relação explorador versus explorado, no sistema capitalista, tende a permanecer, pois é a fonte da riqueza da burguesia.
Segundo o velho Major, o homem seria o grande e o único inimigo, sendo a causa principal da fome e da sobrecarga do trabalho e retirando-o de cena essas problemáticas seriam eliminadas. No entanto tudo o que era produzido pelos animais era consumido pelo homem, “Basta que nos livremos dos homens para que o produto do nosso trabalho seja só nosso”, disse o velho Porco. Tornaram-se livres do homem – "a causa principal da fome e da sobrecarga de trabalho". Agora plantam e colhem em beneficio próprio num sistema igualitário. Tudo parece em ordem, os animais sendo donos de si e de suas colheitas, e por mais que trabalhem , agora muito mais que na época do Jones, o faziam com prazer, movidos pela ideia de igualdade de "perfeição” utópica do socialismo, neste momento os animais estudam carpintaria, mecânica e são alfabetizados com os livros trazidos da casa grande, em pouco tempo quase todos os animais estavam alfabetizados, sendo os porcos os que mais se destacavam.
A revolução, que se deu por ideias e comandos do porco Major tinha como principio básico a igualdade, os animais não queriam ser como os homens apenas queriam ser tratados de forma diferente a serem reconhecidos pelos seus esforços . O Major dizia “(...) nenhum animal deve morar e nem dormir em camas, nem usar roupas, nem fumar, nem tocar em dinheiro, nem fazer comércio, todos os hábitos dos homens são maus, e principalmente, jamais um animal devera tiranizar outros animais, todos os animais são iguais”. Diante a fala do porco Major faz-se uma analogia as formas de organização da sociedade, sendo ela baseada em leis e normas formuladas com o objetivo de regular as relações sociais e ressaltar também o conceito de igualdade entre as diferentes classes, o convívio em sociedade está cada vez mais complexo, se não houvessem regras estaríamos próximos do caos. Porém de fato, estamos cercados de leis regulando nosso comportamento com objetivo de que consigamos um mínimo de harmonia social. O porco Major atua na Granja como o Estado atua na sociedade, ditando as leis e regras objetivando organizar a sociedade.
No início da enredo havia a demonstração de um socialismo democrático, pois os animais reuniam-se para participar de assembléias, onde contribuiam com ideias e sugestões para garantir melhorias na Granja, tais assembléias eram lideradas por bola-de-neve que no começo foi bem aceito pelos animais”(...) uma sociedade de animais livres da fome e do chicote, todos iguais, cada qual trabalhando de acordo com sua capacidade, os mais fortes protegendo os mais fracos”. Ademais, fazendo referência as assembléias ocorridas na Granja que podem ser relacionadas ao atual sistema politico onde a soberania é exercida pelo povo, denominada de Democracia, pois os cidadãos tem os direitos expressos, e os deveres de participar no sistema político que vai proteger seus direitos e sua liberdade.
No livro havia um personagem que se chamava Napoleão, o qual demonstrava obssesão pelo poder, ele representava o desejo da onipotência, do poder absoluto e para conseguir seus objetivos as atitudes negativas passava a ser válido, mentiras, traições e mudanças de regras. Após um tempo a granja passou a conviver em uma ditadura: os poderes se concentravam apenas nas mãos de Napoleão, não havendo liberdade de expressão nem direito de opinião de outros animais, sendo duramente reprimidos quando expressavam seus ideais opostos ao dele.
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