Resenha Critica Amistad

Universidade do Vale do Paraíba – Faculdade de Direito

RESENHA CRÍTICA – AMISTAD

São José dos Campos – SP

2017

Resenha crítica do longa-metragem “Amistad”

O filme Amistad foi baseado em uma história real, na qual o protagonista da trama é Cinque, negro que lidera um motim no navio-negreiro Amistad em 1839. A embarcação rumo à Cuba saiu da África com 53 negros, e é a partir daí que a história começa a se desenvolver: o filme relata a trajetória do grupo, desde o seu aprisionamento por traficantes de escravos, até o retorno ao continente africano.

A bordo do Amistad os escravos negros libertam-se das correntes e assumem o controle do navio, matando a maior parte da tripulação e obrigando os sobreviventes a levá-los de volta à África - almejando a volta ao lar. Entretando, os líderes da rebelião, desconhecendo os caminhos marítimos para retornar ao continente, ficam à mercê de dois prisioneiros, que por fim acabam levando-os até a América do Norte. Já na costa americana, o navio é capturado pela guarda-costeira, a qual aprisiona o grupo de negros e os leva a um grande julgamento, acusando-os de assassinatos. A partir de então, o destino do grupo fica nas mãos de um jovem advogado que os representa. Porém, como se trata de uma época de reeleição, o destino dos 53 escravos se torna uma questão política ainda mais complicada devido às disputas constantes entre o Sul (escravocrata) e o Norte (menos conservador e aberto ao abolicionismo).

O filme, portanto, expõe uma velha realidade norte-americana: a questão da escravidão e os conflitos éticos surgidos a partir desse problema. Torna-se evidente a possibilidade de elaborar críticas a respeito do filme, o qual chega a ser classificado como maniqueísta (bem x mal), pela maneira romantizada na qual discorre a história.

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