Resenha critica: Eichmann em Jerusalém
Por: Teruo Kuramoto • 11/9/2017 • Resenha • 403 Palavras (2 Páginas) • 800 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS – REGIONAL GOIÁS
GOIÁS, 13 DE SETEMBRO DE 2017
DIREITO PENAL INTERNACIONAL E CORTES INTERNACIONAIS
DOCENTE: FERNANDA MÓI
DISCENTE: TERUO ROSA KURAMOTO
https://www.trabalhosgratuitos.com/Humanas/Direito/Resumo-por-capitulo-Eichmann-em-Jerusalem-780653.html
RESENHA CRITICA: EICHMANN EM JERUSALEM, de Hannah Arendt
Em 1961, a escritora Hannah Arendt acompanhou o julgamento de Adolf Eichmann na capital de Israel e retratou tudo o que presenciou no livro Eichmann em Jerusalem. O réu, um dos nazistas mais famosos durante o holocausto foi julgado tendo por base o depoimento de mais de cem testemunhas e milhares de provas documentais após ser capturado na Argentina.
O livro começa com a descrição de onde ocorreram as audiências de instrução e julgamento, que pareciam muito mais uma peça teatral do que o julgamento criminal, sem duvidas, isso ocorreu por conta da relevância e importância de tal julgamento e principalmente por ser um tribunal judaico julgando um crime cometido durante a Alemanha nazista. Estavam presentes além dos três juízes, promotor, advogados, testemunhas e acusado, centenas de jornalistas e pessoas com o intuito de presenciar tal julgamento, quem em sua maioria absoluta eram judeus.
A escritora relata no segundo capitulo a historia de Eichmann. Enquanto toda a sociedade, principalmente os judeus, o consideravam um monstro, a autora trouxe uma perspectiva bem diferente, uma pessoa medíocre que nem chegou a concluir seus estudos e teve vários fracassos até entrar na SS, e por conta da sua mediocridade e grande efetividade em obedecer ordens, conseguiu seu posto e se tornar um perito em questões judaicas sendo responsável pela deportação destes, e por nunca ter matado sequer um judeu a autora o descreve apenas como um cumpridor de ordens que era isento de culpa
Arendt percebeu desde o começo que a pena seria a morte, e que o tribunal se comportou de modo individualizar a responsabilidade do réu e impedir que ele se defendesse alegando ser apenas um cumpridor de ordens estatais.
Critica do resenhista
O livro é incrível e traz vários pontos que podemos analisar e relacionar com a matéria que estamos fazendo: direito penal e cortes internacionais, pelo fato de ter sido um julgamento em um crime contra a humanidade e em Israel, pais das vitimas dos nazistas, ou seja, o julgamento aconteceu no país dos judeus por um crime que envolveu a deportação, tortura, prisão e morte de milhares de judeus, levando o julgamento a envolver não só a conduta e consequentemente os crimes cometidos pelo acusado, mas principalmente a dor e as consequências que envolveram o povo judeu.
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