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Resenha de alice no pais das maravilhas

Por:   •  19/10/2015  •  Resenha  •  593 Palavras (3 Páginas)  •  1.404 Visualizações

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REGES – Faculdade AVEC de Vilhena

Trabalho de Sociologia Política – 2º Direito A

Profº: Dr. Rodrigo Alves Correia

Aluno: Nikollas G. D. Lima

“Análise critica da obra de Charles Lutwidge Dodgson (Lewis Carroll), Alice no país das maravilhas, Reino Unido, 1985.

Ao analisarmos a obra de Lewis Carrol percebemos uma ruptura com os padrões da literatura inglesa da época. O imenso mundo onde Alice passa a se aventurar trata de maneira diferente como a sociedade era organizada. O fato de a personagem ser livre para fazer o que quisesse sem punições leva de encontro o fato de a sociedade inglesa ser altamente rígida pelo caráter puritano adotado. Quem não estivesse nos padrões era punido.

 A moral da época era algo de extremo cuidado, sendo conservado desde criança até a idade adulta. Ser o cidadão-modelo empregado pelos britânicos era de suma importância tendo sagrado um contingente europeu pelo comportamento frio. Olhando para a obra e para sociedade inglesa vemos um grande impacto de diferenças.

O autor faz com que a personagem principal corra atrás de um coelho branco, confronte uma rainha ditadora e repasse ideias de democracia minuciosamente escondidos através de uma narrativa nonsence, característica principal de Lewis Carroll, que o faz ser o precursor da vanguarda.

A Inglaterra vitoriana não passava de um país governado pelo primeiro-ministro e parlamento, tendo até então a rainha Vitória como uma simples figura política de representatividade. Comparando a Rainha Vitoria com a Rainha de Copas, temos uma monarca ditadora onde, ela manda, mas quase ninguém a obedece, Exemplo na qual ela manda Decapitar, mas ninguém é executado.

Presenciamos na obra pequenos feixes de ideais democráticos, jurídicos e políticos. Convidando o leitor a compreender de modo espontâneo a se libertar dos padrões exigidos na época e procurar se “aventurar” assim como Alice faz no enredo. A personagem toma a imagem da democracia ao confrontar a Rainha de Copas e seu regime ditador.

Com isso os escritores da época vitoriana ganham um papel de moralistas, pregadores de um novo conceito de moral e política. Ser o cidadão modelo aqui é algo já uniforme, a sociedade deveria buscar novas ideias, trocar o velho pelo novo. Por isso que a literatura tem um grande papel nessa mudança, eles são os espelhos, os modelos a serem seguidos, quaisquer que sejam os parágrafos escritos o leitor busca nos livros a resposta para tantas e outras dúvidas que surjam.

No livro vemos claramente um exemplo de instituição jurídica, onde no capítulo 11 temos um julgamento, o caso era saber quem roubou as tortas. Alice apesar de nunca ter participado de um julgamento nota que o rei seria afigura de um juiz, e outras 12 criaturas seriam os jurados.

Apesar de ser uma obra infantil vemos que a uma encenação no livro de um julgamento muito bem feita seguindo todos os parâmetros jurídicos vistos hoje em dia. As testemunhas logo foram se apresentando, o primeiro deles, O Chapeleiro Maluco, A cozinheira da rainha e por último a própria Alice.

O rei, sendo a figura do juiz, usa dos artigos do código, para dar os vereditos, supracitados do tribunal. A organização e falas trazem muito bem a ideia de um julgamento, mas pelo uso do nonsence de Carroll a história fica sem nexo. A história termina quando Alice confronta a Rainha que manda executa-la, ao sentir as cartas de baralho se aproximando, a personagem acorda no colo de sua irmã que a acariciava enquanto contava a ela do então estranho sonho que tivera.

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