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Resenha do livro: A condição humana

Por:   •  15/11/2016  •  Resenha  •  718 Palavras (3 Páginas)  •  2.473 Visualizações

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Capítulo II : AS ESFERAS PÚBLICA E PRIVADA in ARENDT, Hannah. “A Condição Humana”. Tradução Roberto Raposo, Introdução Celso Lafer. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 2004, pp. 31-89.

A medida em que os anos vão passando, surge a necessidade de semear renovadas formas de debater assuntos, que costumam ser rotineiros, com o objetivo de estimular novas discussões acadêmicas correlacionadas a temática. É dentro desse contexto que se incorpora o segundo capítulo “AS ESFERAS PÚBLICAS E PRIVADA” do livro “A CONDIÇÃO HUMANA” o qual encontra-se na sua decima edição. Trata-se de um livro de autoria de Hannah Arendt, conhecida como a pensadora da liberdade, nascida na Alemanha e formada em filosofia pela Universidade de Marburg. Arendt, atuou como jornalista e professora universitária além de publicar importantes obras sobre filosofia política muito embora não gostasse de ser conceituada como filosofa.

Suas obras colaboraram vigorosamente nos estudos relacionados ao homem político e social no ponto de vista grego, assunto que vem sendo abordado por muitos teóricos. Ao ler o capítulo, além de ter um convite para a leitura do livro, veremos que Hannah coloca em discussão as diferenças viventes entre o universo público e privado além de ir contra a chegada de sistemas que empregam processos automáticos.

Logo no início do capitulo ela vai falar sobre vita activa que diz respeito as atividades humanas e está dividida em três atividades centrais, são elas: labor, que garante a permanência de vida do ser humano e a vida da espécie; trabalho, que assegura a longevidade do tempo humano; e ação, que tem relação com a condição humana social afirmada através de diálogos, assim, proporcionando ao homem o conhecimento da sua identidade. Quando fala da questão de ir contra a automação afirma que ela se tornou bastante indefinida entre as duas esferas ajudando a exterminação das capacidades humanas, principalmente a capacidade de fazer política.

Nesse sentido, analisando através de uma ideologia grega, ela estabelece que de um lado encontraremos o labor, o trabalho e a ação e do outro as esferas públicas e privadas.

A partir desse conceito, Arendt procura estudar o grande percurso definido entre o nascimento das tradições culturais da “polis” grega e o nascimento das tradições culturais cosmopolita que vemos ainda hoje na contemporaneidade. Assim, firma sua teoria, durante a apresentação do capitulo, fiel a pesquisa do que seria o indivíduo grego na sua polis, e quais suas participações na vida pública, tendo em vista que, esse mesmo individuo, longe da sua comunidade nada seria e nos mostra o porquê e como se deu a adaptação dos costumes gregos nos dias atuais, mostrando que mesmo com tudo que se passou durante a história, que veio trazendo ideias totalmente oposta a filosofia grega, como é o caso do iluminismo, teve suas origens no pensamento grego.

Nesse ponto de vista, a autora procura meditar sobre a incapacidade de realização total do ser humano, fora da característica de animal político e assim estabeleceu essa incapacidade como o desgaste das relações entre as atividades (trabalho, labor, ação) pela busca do labor por conduzir as outras atividades. Dessa forma, podemos de dizer que de forma indireta ela faz uma crítica a isso tendo em vista que, com sua ideia voltada a visão aristotélica, ela acredita que nem o trabalho nem o labor era suficiente para que o ser humano pudesse exercer política, partindo do princípio que esses não seriam ações autenticas humanas.

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