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Resumo Sociologia Fundamentos de Sociologia Geral

Por:   •  7/11/2018  •  Resenha  •  4.222 Palavras (17 Páginas)  •  425 Visualizações

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DIAS, Reinaldo. Fundamentos de Sociologia Geral, 6ª Ed. Campinas: Editora Alínea, 2015, Cap. As Diferenças Sociais, p. 165-193.

Sociólogo, Doutor em Ciências Sociais e Mestre em Ciência Política pela UNICAMP. É especialista em Ciências Ambientais pela USF. Atuou como professor e Coordenador de curso em inúmeras instituições de ensino, entre as quais: Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP), Centro Universitário UNA (MG), Universidade Paulista - UNIP (SP), Universidade São Francisco - USF entre outras. Atuação voltada para as áreas de: Sociologia, Administração, Sustentabilidade, Meio Ambiente, Gestão Pública entre outras. Tem artigos publicados em vários órgãos da imprensa, sites e blogs em todo país. Apresenta publicação recente de artigos científicos em revistas do Brasil e do Exterior. Tem livros publicados nas principais editoras do país, entre as quais: Atlas (Grupo GEN), Pearson e Saraiva entre outras. (PLATAFORMA LATTES, 2018)

As diferenças sociais (cap.8) do autor Reinaldo Dias, fala de movimentos sociais que buscavam uma sociedade igualitária, que muitos já vinham lutando por isso desde séculos passados. A igualitariedade foi entendida, de forma equivocada, como se fosse possível construir uma sociedade de iguais. Essa utopia igualitária esteve bastante presente durante o século XX e não condiz com a realidade humana e sua complexidade. A utopia da igualdade a ser concretizada está na obtenção de direitos iguais a todos, independentemente de sua condição social. Com o tempo, a diferença entre os homens vão melhorando devido à sua capacidade e habilidade de cada um para trabalhar, permitindo que avancem em termos de suas necessidades que vão além das básicas, tendo em vista a existência de grau de diferenciação social e, consequentemente, irão formar camadas sociais hierarquizada. De acordo com Dias, o estabelecimento da equidade social, passa pela permanente redefinição e ampliação gradativa dos direitos fundamentais do ser humano. Tendo como exemplo a conquista do direito de voto feminino e de como os direitos se ampliam de acordo com a realidade social e o grau de participação.

A expressão 'estratificação social' refere-se à divisão da sociedade em camadas (ou estratos), na qual os ocupantes têm acesso desigual a oportunidades sociais e recompensas.

"Estratato” significa, nesse caso, um conjunto de pessoas que detêm o status ou posição social.

Dentre os fatores principais que levam à estratificação estão: a competição, o conflito, a divisão do trabalho e a especialização. Em grau menor, mas não menos importantes estão as diferenças biológicas, como as de sexo, de idade, de raça e de etnia

Uma barreira social tem com elemento cultural perfeitamente identificado, destinado a tomar difícil ou impossível o acesso a um grupo ou camada social. A existência de barreiras sociais está diretamente relacionada com a estratificação social. Por exemplo: na África do Sul, no período de existência do Apartheid, eram proibidos os casamentos entre pessoas de grupos raciais.

Desigualdade social no texto descreve uma condição na qual os membros de uma sociedade possuem quantias diferentes de riquezas, prestigio ou poder. Sendo que, não é possível uma sociedade composta por membros exatamente iguais, quando utilizamos a expressão ‘sociedade igualitária’ estamos nos referindo à igualdade de oportunidades que devem ter todos os indivíduos dessa sociedade, sem discriminação de nenhuma espécie. No combate à desigualdade social, busca-se atingir a equidade, que é o direito de as pessoas participarem não só da atividade política e econômica, mas também o direito de contar com os meios de subsistência e com acesso a um conjunto de públicos que permitam manter um nível adequado de vida (Wolfe, 1991, p.21).

Já de acordo com Marx, é essencialmente macrossociológica e dinâmica, ao passo que a de Weber se coloca mais do ponto de vista do indivíduo e procura analisar as relações entre os indivíduos e os grupos, e entre os grupos. Embora os dois tenham pensamentos diferentes, eles não se excluem metodologicamente.

A expressão “classes sociais” foi usada intensamente pelo autor Marx. Para ele as classes são expressão do modo de produzir da sociedade no sentido de que o próprio modo de produção se define pelas relações que intermedeiam entre as Classes sociais, e tais relações dependem da relação das Classes com os instrumentos de produção. Numa sociedade em que o modo de produção capitalista domine, sem contrastes, em estado puro, as classes se reduzirão fundamentalmente em duas: a burguesia, composta pelos proprietários dos meios de produção, e o proletariado, composto por aqueles que, não dispondo dos meios de produção, têm de vender ao mercado sua força de trabalho (Bobbio; Mateucci; Pasquino, 1993, p. 171).

As classes do ponto de vista marxista constituem um sistema de relações em quem cada Classe pressupõe a existência de outra, não podendo haver burguesia sem proletariado ou vice-versa. Marx ao longo de sua obra, expõe seu pensamento acerca da divisão existente na sociedade e prioriza a existência  de duas classes fundamentais. Por suas próprias palavras, a época da burguesia, caracteriza-se por ter simplificado os antagonismos de classes. A sociedade divide-se cada vez mais em dois vastos campos opostos, em duas grandes classes diametralmente opostas: a burguesia e o proletariado (Marx; Engels, 1977, p. 22).

Marx se refere às camadas intermediarias que se encontram entre a burguesia e o proletariado como classes médias, identificando-as como: os pequenos comerciantes, pequenos fabricantes, artesãos e camponeses.

O autor caracteriza tais classes como conservadoras, e afirma que elas só combatem a burguesia quando esta lhes compromete a existência como classe.

Marx identifica também, o Lumpen-proletariado, formado pelas camadas mais baixas da sociedade e marginalizado do processo produtivo.

Já Weber insistiu que uma única característica da realidade social, a posição de uma pessoa dentro do sistema de estratificação. Weber utiliza três dimensões da sociedade para identificar as desigualdades nela existentes: a econômica, a social e a política, que estão relacionadas com três componentes analiticamente distintos de estratificação: classe (riqueza e renda), status (prestígio) e poder. De acordo com Weber, cada uma das três ordens, ou sistemas, de estratificação que estão presentes em qualquer sociedade: a ordem econômica, a ordem social e a ordem política, apresentam sua própria hierarquia, chama de classe a todo grupo de pessoas que se encontra em igual situação de classe, e a situação de classe é definida por ele como: oportunidade típica de 1) abastecimento de bens, 2) posição de vida externa, 3) destino pessoal, que resulta, dentro de determinada ordem econômica, da extensão e natureza do poder de disposição (ou falta deste) sobre bens ou qualificação de serviço e da natureza de sua aplicabilidade para a obtenção de rendas ou outras receitas (Weber 1991, p. 199).

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