A SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA GERAL
Por: gilson90 • 13/3/2019 • Resenha • 759 Palavras (4 Páginas) • 243 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA GERAL
RESENHA: TOTEM E TABU
NATAL
2017
Capítulo 1: Horror ao incesto
Inicialmente, o autor explica a escolha de homens primitivos que mais pareciam com o homem pré-histórico como objeto de estudo e a relação do totemismo entre os povos aborígenes na Austrália, supondo uma teoria que compara a psicologia desses povos com a psicologia dos neuróticos, pois de acordo com Freud há inúmeros pontos de concordância.
O sistema de totemismo divide esses povos em grupos, mais conhecidos como clãs, que por sua vez veneram um totem - antepassado comum do clã - que traz consigo uma lei conhecida como exogamia, ou seja, homens e mulheres do mesmo clã não podem ter relações sexuais. Nesse cenário surge o conceito do horror ao incesto, não somente entre pessoas da mesma família mas também entre indivíduos seguidores do mesmo totem gerando até punições severas para quem infringir a lei totêmica.
O capítulo também mostra que alguns povos criaram proibições costumeiras denominadas “evitações”, que resumidamente significa que deve haver um afastamento da mãe e do filho que acabou de atingir a puberdade ou da irmã com o irmão com o objetivo de evitar o incesto familiar.
Uma ligação bastante interessante desses povos primitivos com os povos civilizados é a relação da sogra com o genro. No nosso cotidiano é muito comum o fato do genro não ter uma amizade muito próxima com a mãe de sua esposa, gerando muitas vezes confusões familiares, contudo de acordo como autor a mãe ou a irmã foram objeto de amor inicial até o momento da escolha final gerando algumas vezes um impulso que é combatido internamente pelo indivíduo, pelo fato de que agora sua sogra substituirá a sua mãe verdadeira e de acordo com o texto o todas as pessoas em uma fase de sua infância escolhem a propria mãe como objeto de amor e ao longo do tempo esse amor fica preso ao inconsciente, daí a lei totêmica existe para evitar que esse desejo renasça. Tal característica infantil revela uma notável concordância com a vida mental dos pacientes neuróticos.
Capítulo 2 : Tabu e ambivalência emocional
No segundo capítulo do livro o autor explica o significado de tabu, termo polinésio que pode ter alguns sentidos como sagrado, consagrado, misterioso, proibido, etc. O tabu em geral são proibições e restrições, aparentemente, eles não possuem fundamento e são de origens desconhecidas, muitas vezes não inteligíveis para nós, são dominantes para àqueles que as aceitam.
A punição pela violação de um tabu era deixada para que o próprio tabu se vingasse. Mas logo após o surgimento de deuses e espíritos, os quais os tabus foram associados, esperava-se que a penalidade proviesse do poder divino ou que a própria sociedade, submissa ao tabu, encarregava-se da punição. Pessoas ou coisas consideradas tabu parecem ser um corpo carregado com uma forte energia, podendo, inclusive, destruir aquele que o toca, pois esse que toca é fraco demais para aguentar a 'descarga'. Reis e chefes possuem esse grande poder do tabu e dirigir-se a eles pode ocasionar a morte daquelas pessoas que são muito inferiores a eles, mas agentes intermediários podem ser a ponte entre esse vale, entre essas hierarquias 'distantes', assim desempenhavam essa função os sacerdotes.
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