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Resumo do Livro Justiça O Que é Fazer a Coisa Certa

Por:   •  10/11/2023  •  Resenha  •  2.666 Palavras (11 Páginas)  •  112 Visualizações

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Resumo do livro Justiça: O que é fazer a coisa certa de Michael J. Sandel

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Resumo:

O primeiro capítulo da obra em questão trata de reflexões acerca de questões morais e legais, utilizando como exemplo o furacão Charley que, em 2004, causou prejuízos e gerou questões éticas ao atingir o Golfo do México e a Flórida. O autor questiona a elevação dos preços praticados por comerciantes após a catástrofe, aproveitando-se da grande demanda gerada. O texto também discorre sobre o bem-estar, a liberdade e a virtude, bem como a organização social e a lei, discutindo a honra e as feridas psicológicas. Além disso, reflete sobre o socorro dado pelo governo a bancos e instituições financeiras, questionando o merecimento dessas instituições e ações populares contra tal prática.

O autor ainda aborda as três abordagens da justiça e a distribuição de bens em uma sociedade justa. Ademais, apresenta duas situações hipotéticas que levam o leitor a refletir sobre dilemas morais, uma em que é preciso escolher entre matar cinco operários ou um, e outra em que é preciso empurrar um homem nos trilhos para parar um bonde e salvar os cinco operários que estão no caminho do veículo desgovernado.

Em seguida, o autor apresenta outro dilema moral, desta vez centrado nos pastores de cabras afegãos, no qual os soldados americanos precisam decidir se deixam os pastores partir ou os matam para garantir que não comuniquem o Talibã sobre a presença dos soldados. Finalmente, o autor apresenta reflexões mais profundas sobre a moral e seus dilemas nas sociedades democráticas, fazendo apontamentos sobre justiça e injustiça, igualdade e desigualdade, direitos individuais e do bem comum.

No capítulo 2 é dito que a teoria de Jeremy Bentham, que preconiza a promoção do bem maior ao maior número de pessoas, permanece viva mesmo após sua morte. Nesse capítulo, o autor traz à tona o princípio da máxima felicidade e apresenta a teoria utilitarista de Bentham, que preconiza que o ser humano sempre busca evitar a dor em busca de seu próprio bem-estar. O autor expõe objeções à teoria, como a impossibilidade de o utilitarismo respeitar os direitos individuais, o que constitui sua vulnerabilidade mais flagrante.

Apesar dessa vulnerabilidade, o utilitarismo é contra a prática de jogar cristãos para os leões como era feito na Roma antiga, uma vez que seus defensores se preocupam com a possibilidade dessa prática tornar os romanos menos civilizados e gerar mais violência em Roma. O autor aponta que o argumento utilizado a favor da tortura em certas circunstâncias vem de um cálculo utilitarista.

O autor também aborda duas versões da cidade da felicidade e faz apontamentos sobre o sofrimento abominável de uma criança mantida em um porão para o bem-estar da cidade de Omelas. Seguindo a teoria utilitarista e levando em consideração o ponto de vista de seus defensores, o autor apresenta os benefícios do câncer de pulmão, as explosões nos tanques de combustível de um dos automóveis da Ford, o custo-benefício de novos padrões de poluição do ar que levam em consideração a idade das pessoas que tiveram suas vidas salvas em consequência de um ar mais puro, e sobre quanto custa o sofrimento.

John Stuart Mill reformulou o utilitarismo, tornando-o mais humano e menos calculista, ao defender as liberdades individuais e mostrar que para o utilitarismo seria possível distinguir entre os prazeres mais elevados e os mais desprezíveis. Por fim, o autor promoveu um debate com seus alunos sobre o que seria mais prazeroso: assistir a uma luta da World Wrestling Entertainment, um monólogo de Hamlet ou um episódio de Os Simpsons.

Já o capítulo 3 aborda a ideologia libertária, iniciando com a exposição dos dados sobre a concentração de riqueza nas mãos de uma pequena minoria nos Estados Unidos. O autor destaca a grande desigualdade econômica existente no país e a defesa por parte de algumas pessoas da taxação dos ricos para ajudar os pobres, enquanto outras discordam e defendem o mercado livre, sendo chamadas de libertárias.

Ao longo do capítulo, são apresentados conceitos como Estado mínimo e livre mercado, abordando as teorias libertárias de direitos. O autor cita o filósofo Robert Nozick, que defende os princípios libertários e justifica que apenas um Estado mínimo seria necessário para cumprir o papel de fazer cumprir contratos e proteger as pessoas contra a força, roubo e fraude.

O autor utiliza como exemplo o dinheiro de Michael Jordan para ilustrar o pensamento de Nozick, argumentando que o que está em jogo é a liberdade humana e os fundamentos morais. O capítulo encerra-se com a abordagem de três temas: venda de rins, suicídio assistido e canibalismo consensual, todos defendidos por argumentos baseados na filosofia libertária que enfatiza a liberdade individual e o direito à disposição do próprio corpo e vida. O autor justifica que a proibição dessas práticas seria injusta e violaria o direito à liberdade.

No capítulo 4, o autor analisa o livre mercado e a moralidade nas práticas de contratação de serviços, especialmente no caso do serviço militar obrigatório. Defensores da filosofia libertária acreditam que o serviço militar obrigatório é uma forma de escravidão, enquanto utilitaristas se opõem a essa prática argumentando que ela limita as escolhas dos indivíduos e reduz a felicidade geral.

Além disso, o autor apresenta duas objeções ao uso dos mercados: a primeira referente à equidade e liberdade, justificando que o livre mercado não é realmente livre para pessoas com poucas alternativas, e a segunda referente à virtude cívica e o bem comum, argumentando que a contratação de soldados em vez de convocá-los seria errada porque permitiria que os indivíduos abdicassem de seu dever cívico.

O capítulo também conta a história de um casal que contratou uma barriga de aluguel e assinou um contrato com a mãe de aluguel, que concordou em submeter-se à inseminação artificial e entregar o bebê após o nascimento. No entanto, a mãe de aluguel decidiu ficar com a criança, o que levou o caso à justiça de New Jersey. O argumento a favor do cumprimento do acordo era que "trato é trato".

O argumento a favor da manutenção do contrato baseia-se em duas teorias: a do utilitarismo e a do libertarismo. No caso do utilitarismo, o argumento é que contratos promovem o bem-estar geral, uma vez que ambas as partes concordam em um acordo que trará benefícios a ambas. Já a teoria do libertarismo defende que os contratos refletem a liberdade de escolha, e para que essa liberdade seja respeitada, o contrato deve ser cumprido.

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