Resumo do livro de Arthur Schopenhauer – Como vencer um debate sem ter razão
Por: r18m13d4 • 25/5/2017 • Resenha • 6.248 Palavras (25 Páginas) • 785 Visualizações
Resumo do livro de Arthur Schopenhauer – Como vencer um debate sem ter razão, por Olavo de Carvalho.
O filósofo Olavo de Carvalho começa na introdução do livro a fazer um comentário sobre um questionamento que ele tem a respeito de quem leu as obras dele. A pergunta que ele se faz é em relação ao esgotamento do livro por ele escrito, questiona-se ele o motivo pelo qual foi esgotada a venda da 1º edição de um livro. Quando o filosofo topou com alguém que leu a sua obra, logo este se pôs a louvar, seria porque concorda e defende as mesmas teses descritas no livro? Olavo pergunta-se a respeito da persuasão de seus argumentos quando convencem alguém, porque convenceu, e quando não convence que belo argumentador que ele é. Segue dizendo que um livro só não pode ser a contra-razão de séculos de história e entendimento. Expressa a preocupação com que o povo brasileiro aceita de forma veemente uma verdade sem que faça suas contra-razões, aceitando as palavras sem usar um contra-senso, não admitindo perder para a verdade, mas sim para a destreza com que alguém usou das palavras para persuadi-lo mesmo que de maneira errada. Concluindo nesse primeiro momento que tanto faz que as pessoas acreditem no que entendem ou no que não entendem.
NOTA PRÉVIA DA PRIMEIRA EDIÇÃO
O filosofo Olavo de Carvalho quer com esse livro induzir ao leitor a buscar a verdade através da conversa consigo mesmo, e não a discutir com os outros. Este livro trás o resultado da desonestidade e perversão dos maus exemplos empregados a fim de persuadir alguém. As capacidades de intuir e perceber são maiores e mais valorosa do que a simples argumentação. Uma prova da verdade através de um simples raciocínio ainda é menor que a capacidade de entender através da simples intuição sem que haja um raciocínio. Sendo assim, mais valorado é saber sem conseguir provar do que produzir inúmeras provas sem que delas possa se intuir alguma coisa.
O adversário maldoso e malicioso para ganhar o discurso que sabidamente não conseguiria sem astucia resolve levar a discussão para fora do centro das questões para um detalhe pequeno, sem importância que através de uma boa exploração do tema periférico consegue levar a discussão a controvérsias sem fim, ou que dá na mesma, tanto faz, legítimo discurso malogrado que levanta objeções quaisquer a fim de perpetuar ou pelo menos alongar tediosos, cansativos e desnecessárias explicações dadas de várias formas sobre o tema em debate. Esta estratégia leva aquele que a aceita ou não se percebe disso a se igualar com o oponente afim de que se tornem dois tagarelas, sonsos, irritados, cínicos que debatem sem consciência e inteligência. Uma vez neutralizada a diferença fica mais fácil ganhar. Portanto, nesse sentido o que se quer aqui é aprender a se defender e não a atacar, é livrar-se dos tagarelas e não transformar-se em um.
§ 1º
Esta obra ocupa-se em ensinar a perceber no discurso de pessoas as artimanhas usadas pelos mesmos a fim de ludibriar através da indecência onde o resultado que se espera é unicamente vencer e não provar, pervertendo o que é certo transformando no que é errado e vice-versa. Busca receitar um remédio contra os discursos e argumentações, cujas desonestas e interesseiras são. Onde o sujeito por não conseguir argumentar contra, procura confundir desonestamente a platéia. Discurso aparentemente correto, mas que induz a erro. Esta obra torna-se um chamamento ao despertar para uma crítica analítica e construtiva a respeito dos discursos que chamo aqui de “malogrado”.
Neste § 1º o professor Olavo de Carvalho explana sua didática a respeito de como irá apresentar o livro aos leitores. O procedimento neste caso é o habitual adotado nos cursos ministrados pelo professor Olavo, que são comentários antecedidos de uma critica da história em destaque, seguido de conclusões doutrinárias. Explicando o pensamento do autor do livro bem como as suas fontes e leituras associadas e complementares.
§ 2º
Neste §, dá-se uma introdução a respeito de Schopenhauer, a respeito de seu pensamento ser simples e esquemático, visando completar a filosofia de Kant, destruir a de Hegel
§ 3º
A técnica sobre discurso desenvolvida por Schopenhauer trata ser uma alternativa e um complemento da filosofia aristotélica. Aristóteles define a erística (arte da controvérsia) como a arte da discussão contenciosa, que trata apenas de vencer e não tem intuito de provar nada. Para Schopenhauer a erística e a dialética eram uma coisa só.
§ 4º
Aqui fala-se primeiramente de como se conhece um filósofo, através do conhecimento de contra quem o filósofo se levantou. Trata-se de uma regra dialética, ou seja, cada tese filosófica é compreendida através de uma, outra tese contrária. Sendo assim a filosofia é uma dialética desde a sua excencia.
§ 5º
...a dialética (processo ou arte em que se busca a verdade por meio da argumentação e/ou da discussão que, feitas através do raciocínio, tem por objetivo demonstrar alguma coisa). A dialética não vai provar, sugerir, comparar, negar ou dizer o oposto, classificar, selecionar e descobrir. A dialética vai descobrir os dados que faltam sem seguir a linha do raciocínio.
§ 6º
Schopenhauer de forma severa opõem as duas artes que Aristóteles tinha como sólidas, sendo que seu verdadeiro alvo era Hegel, a quem queria atingir pelas armas de Aristóteles.
§ 7º
Schopenhauer recusando a racionalidade-dialética acabou por atacá-ça justamente pela dialética negando o poder do método.
RESUMIR PÁGINAS 187 A 194
38 Estratagemas
Quando não soubermos contra-argumentar uma tese do nosso adversário devemos fazer no primeiro momento a distorção da tese do adversário e no segundo momento atacamos essa distorção e não a própria tese, e ao contestar a distorção vai se dar a impressão para a platéia de que eu ataquei e venci toda a tese refutando aquilo que foi distorcido por mim mesmo. Schopenhauer chama de 3 nomes diferentes este estratagema – [Ampliação indevida] – [Homonímia sutil] – [Mudança de modo], estas 3 tem o mesmo objetivo. Aqui não se bate de frente com a tese, e sim com distorção dela.
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