Sociologia Alemã: A Contribuição de Max weber
Por: Claudia Camargo • 2/9/2019 • Resenha • 647 Palavras (3 Páginas) • 241 Visualizações
Sociologia alemã: a contribuição de Max weber
França e Inglaterra eram sede do pensamento burguês por causa da influência do desenvolvimento industrial e urbano, que também os colocou em contato com diversidades sociais fazendo com que as primeiras escolas sociológicas sofressem influência da realidade social. Já na Alemanhã, o pensamento burguês surge tardiamente e sobre influência da história e da antropologia. Também tardiamente a Alemanha se organiza como Estado nacional, atrasando seu ingresso na corrida industrial e imperialista.
Desde cedo Max Weber se interessava em seguir uma carreira política, refletindo sobre as relações entre as ações científicas e políticas, buscando divergir ciência de opinião.
Segundo o positivista Durkheim, a história particular de cada sociedade desaparece e só é valorizado a lei da evolução, a generalização e a comparação entre as formas sociais, considerando a importância que o idealismo dá a história.
Weber desenvolveu a perspectiva histórica e esta é essencial para a compreensão das sociedades, permitindo o entendimento das diferenças de gênese e formação sociais, combinando a perspectiva histórica e a sociológica. Ao invés dos historiadores que usavam dados esparsos e fragmentários, Weber buscava análises mais compreensivas, interpretando o passado e sua repercussão nas características da sociedade, com a atitude de compreensão ele atribuía aos fatos um sentido social e histórico.
Seu objetivo de investigação era a ação social, estudando a conduta humana onde o homem é o agente social que dá sentido a sua ação, observando a conexão existente entre o motivo da ação, a ação de fato e seus efeitos. Diferente dos positivistas, Weber acredita que não existe oposição entre o indivíduo e sociedade, a ordem social não submete os indivíduos como força exterior a eles. Cada sujeito age por causa de tradição, interesses sociais ou emotividade, toda ação tem uma destas três finalidades. O cientista, segundo Weber, tem a função de descobrir os motivos das ações humanas, o caráter social da ação individual que provém da dependência dos indivíduos que viver em sociedade, descobrindo o nexo entre as etapas em que se decompõe a ação social.
O cientista também age encaminhado por seus motivos, sua cultura e sua tradição, não sendo assim possível afastar suas prenoções de seu estudo (como afirmava Durkheim), a parcialidade sempre está presente na análise socióloga. Para Weber, os fatos sociais não são coisas, e sim acontecimentos que o cientista observa e busca compreender. O sociólogo deve colocar-se no lugar dos agentes por quem tem interesse de estudo e, mesmo assim, não terá importância o ângulo de observação e estudo adotada pelo cientista, porque nunca resultará em uma justificativa impartical da realidade, decorrente da análise social envolver sempre uma questão de qualidade, interpretação, subjetividade e compreensão do cientista.
Através de um estudo sistemático das diversas manifestações particulares, Weber constrói um modelo acentuado daquilo que lhe pareça específico ou relevante, sendo que tenhum modelo representará de forma totalmente apurada e acaba o tipo ideal, apenas mantendo uma notável correspondência e também diferenças da realidade. O tipo ideal não é um retrato perfeito da realidade, mas sim um instrumento de análise científica, concentuando fenômenos e formações sociais das manifestações da realidade e comparando-as.
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