A CRISE DO SUB PRIME, SUAS CONSEQUÊNCIAS NO MUNDO E NO BRASIL E MEDIDAS TOMADAS PELO GOVERNO BRASILEIRO
Por: gcarteiro • 20/11/2017 • Monografia • 6.471 Palavras (26 Páginas) • 526 Visualizações
PAPER ECONOMIA E SETOR FINANCEIRO
A CRISE DO SUB PRIME, SUAS CONSEQUÊNCIAS NO MUNDO E NO BRASIL E MEDIDAS TOMADAS PELO GOVERNO BRASILEIRO
Orientado por Antônio E. Lanzana
Aluno: Gabriel Ferrão Carteiro
S U M Á R I O
Introdução.................................................................... 03
Crise no Sub Prime...................................................... 04
Eclosão da Crise.......................................................... 05
Fatos da Crise............................................................. 05
Como a Crise Chegou ao Brasil ................................... 06
A Medidas do Governo Brasileiro para Conte a Crise.... 09
O Consumo das Famílias.............................................. 10
Gastos do Governo....................................................... 13
Conclusão .................................................................... 19
Referências Bibliográficas ........................................... 21
INTRODUÇÃO
Esse trabalho visa de maneira simples mostrar a origem da crise do Sub prime que acabou desencadeando uma crise severa nos Estados Unidos e que repercutiu em todo mundo, gerando uma crise mundial de proporções gigantescas sendo comparado algumas vezes até a grande crise de 1929. Fatos e decisões do Governo Norte - Americano que foram relevantes para o desenrolar da crise serão relembrados.
Após identificar-mos como se originou a crise, tentaremos apresentar e exemplificar como a crise chegou ao Brasil e como isso afetou a nossa economia. Feito isso, mostraremos onde exatamente o Governo Brasileiro atuou a fim de conter os efeitos da crise, e principalmente as medidas e ações que conduziram o Brasil a superação da crise e retomada do crescimento.
Por fim, apresentaremos a opinião de alguns do mais conceituados economistas brasileiros, analisando as medidas adotadas pelo Governo Brasileiro e uma conclusão pessoal com considerações a respeito dessas medidas e possíveis alternativas que poderiam ter sido tomadas que geraria um crescimento maior e sustentável.
CRISE NO SUB PRIME
Com os atentados de 11 de setembro de 2001, os EUA estiveram à beira de uma crise, isso porque os americanos reduziram drasticamente o consumo, levando o presidente George W. Bush a tomar medidas a fim de incentivar o consumo. O FED – Federal Reserve, banco central norte-americano, baixou significativamente a taxa básica de juros. O mercado reagiu a essas medidas e o resultado foi uma grande abertura nas linhas de crédito imobiliário.
Entre 1997 e 2006 este mercado atravessou um período de grande valorização que permitiu aos mutuários obter novos empréstimos, sempre maiores, para liquidar os anteriores que estavam em atraso dando o mesmo imóvel como garantia. Esse processo foi impulsionado pelo aumento do crédito imobiliário americano, que esteve apoiado em taxas de juros relativamente baixas.
Grande parte desses empréstimos, foram concedidos a clientes sem comprovação de renda e com histórico ruim de crédito chamados de Subprimes. Os grupos de clientes subprime, oferecem um alto risco de retorno de capital e devido a isso pagam juros que chegam até 12% Essas dívidas só eram honradas, mediante sucessivas "rolagens", o que foi possível enquanto o preço dos imóveis permaneceu em alta.
Como os empréstimos subprime eram dificilmente liquidáveis, isso é, não geravam nenhum fluxo de caixa para os bancos que os concediam, esses bancos buscaram uma estratégia de securitização desses créditos. Para diluir o risco dessas operações duvidosas os bancos americanos credores juntaram-nas aos milhares, e transformaram a massa daí resultante em derivativos negociáveis no mercado financeiro internacional, cujo valor era cinco vezes superior ao das dívidas originais.
Querendo não arcar com todo o risco envolvido nessa transação imobiliária, as financeiras abrem títulos no mercado com o intuito de adiantar vencimentos, tais títulos são bem aceitos justamente por conta da alta taxa de juros envolvida. Corretoras de investimento compram os títulos, gerando um outro capital a ser emprestado pela financeira, e repassam os papéis como proposta de investimento a seus investidores espalhados por todo o mundo. Essa cadeia gera uma liquidez incerta, um efeito cascata onde se o cliente subprime não cumprir com sua obrigação de dívida, todos os demais setores envolvidos serão afetados. Nesse momento o setor financeiro americano estava demasiadamente alavancado e conseqüentemente muito suscetível ao risco.
ECLOSÃO DA CRISE
Após a retomada do crescimento norte-americano, por volta de 2003-2004, o FED sentiu-se à vontade em aumentar a taxa de juros. As pessoas que tinham adquirido seus imóveis, que possuíam seus compromissos hipotecários, viram suas dívidas praticamente duplicarem de valor. O resultado foi um aumento significativo no índice de inadimplência, o que gerou a chamada "bolha imobiliária" que veio a explodir em meados de 2007. Essa bolha criada pela inadimplência cria um enrosco contábil nas contas das várias instituições financeiras e corretoras de investimentos que vêem com a deflagração da crise, os saques de seus investidores.
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