A Economia Aplicada ao Mercado Financeiro e de Capitais
Por: Antonieta Cássia • 8/6/2020 • Trabalho acadêmico • 2.013 Palavras (9 Páginas) • 382 Visualizações
CONTEÚDO: Economia Aplicada ao Mercado Financeiro e de Capitais
Para entender os indicadores econômicos requer entender o estado econômico e quais seus determinantes. Um desses determinantes é o gasto agregados, responsável pela medida da riqueza pela óptica da despesa. O gasto agregado envolve todo o tipo de gasto (consumir/ investir/Construir fábricas/ troca de carros etc.) e é possuidor de 4 componentes básicos: A soma de tudo representa a Demanda agregada, mais conhecido como produto agregado PIB:
CONSUMO + INVESTIMENTO + GASTOS DO GOVERNO + EXPORTAÇÕES – IMPORTAÇÕES (DA = C + I + G + X – M).[pic 1]
A representação destes gastos abrange 4 grupos:
- Gastos dos consumidores;
- Dos empresários ou investidores;
- Dos estrangeiros;
- Do governo;
Deste modo diz-se que quando esses grupos gastam muito, a economia tende a crescer (expandir) e quando há uma desaceleração a economia se contrai, sendo esta ultima contínua, levando a uma recessão (2t de queda). Quando há consumo, os empresários tendem a ficar otimistas e acabam investindo mais, e este também é um indicador importante para economia, por que o crescimentos puxado pelos os investimentos e pela exportação é melhor e mais duradouro do que o crescimento puxado pelos gastos do governo e consumo, que podem levar a um aumento da divida externa. Porém, quando há pouco consum, os investidores ficam pessimistas e investem menos. Essa medição é possível através dos indicadores de confiança (servem para medir o pulso da economia), divulgados pelo IBGE, trimestralmente.
Chamamos de ciclo de crédito ou alavancagem, a movimentação através das empresas e famílias (investidores/consumidores), que se endividam para investir ou gastar, isso resulta a um aumento de atividade econômica, fazendo o PIB crescer, diretamente proporcional.
[pic 2]
Assim podemos dizer que a uma das maneiras de medir o nível de alavancagem, é olhando o volume de crédito sob o PIB. Quando por sua vez, a empresas e os consumidores estão pagando sua dívida, ocorre uma deslavancagem, provocando uma retração no ciclo de consumo de investimento agregado.
Alguns indicadores também conhecidos por medidas de aceleração ou desaceleração são importantes para entender se a economia está aquecendo ou desaquecendo são eles SOFT DATA e HARD DATA. O indicador SOFT DATA serve para medir a sondagem de confiança dos investidores/empresários, tentando antecipar o que acontecerá na economia. Faz parte desse indicador o PMI, utilizado para medidas de confiança dos preços dos ativos.
Já os indicadores HARD DATA são aqueles ligados as indústrias e ou varejo, exemplo (PMC, PIM). Em termos de varejo existem os indicadores ampliados e restritos. Nesse caso os ampliados são aqueles que incluem os automóveis e materiais de construção civil. Ao contrário do SOFT DATAS que tentam prever o futuro, os HARD DATAS são indicadores do passado e presente e tem como conseqüência dados de emprego e crescimento.
Existem ainda outros tipos de indicadores como IBC-BR (índice de atividade econômica do banco central) utilizado como uma espécie de proximidade econômica- proxy, e UCI (utilização de capacidades instaladas) encontrados em movimentos industriais
Outro fenômeno muito importante que afeta todos os investimentos o que é inflação, que desrespeita o aumento generalizado e continuo de todos os preços. Existem três grandes causas que é inflação: Nível de atividade econômica desvalorização cambial e choques de oferta.
O nível de atividade econômica se dá por meio de uma economia aquecida e baixa o índice de desemprego. Já no que diz respeito a desvalorização cambial se dá por meio do aumento do preço da importação no mercado mundial, tendo porém ma queda na inflação quando a uma apreciação cambial. O choque de oferta por sua vez, quando considerados negativos (aumento no preços de insumos que tendem a afetar a economia inteira) aumenta inflação. Por enquanto considerados positivos (diminuição nos preços dos mesmos insumos) diminui a inflação.
Um fator importante a ressaltar é que emissão monetária mais o aumento de liquidez nem sempre gera inflação. Essa emissão não gerará inflação quando estiver em um cenário de recessão, desemprego alto, e onde as pessoas não querem ficar mais líquidas. No entanto, se a economia estiver superaquecida com desemprego baixo, momento de desvalorização cambial, e o governo fizer a emissão monetária e reduzir as taxas de juros provocar a inflação.
O índice de inflação mais importante no Brasil a IPCA, responsável por fazer a baliza do sistema de metas. É a partir das leituras do que está acontecendo com esse índice e da expectativa que tem o BC + o mercado, sobre o futuro desse índice que a decisão da taxa de juros é tomada. Desse modo quando o BC e o mercado acreditam que a inflação irá subir, o Banco Central sobe a taxa de juros para desaquecer a economia, e o contrário também acontece. Importante lembrar que existem ainda outros índices importantes como (IPC, INPC, IPA, IGP, IPP, IC-BR).
Em relação à ação do governo sobre a quantidade de moeda, crédito e juros na economia temos a política monetária e como seu responsável o Bacen. A política monetária expansiva aumenta a oferta de moeda, de crédito e reduz os juros. A política monetária restritiva é marcada por reduzir a oferta de moeda, de crédito, e aumento do juros.
O governo pode ainda adotar uma política anticíclica: uma política contra o ciclo. Por exemplo, quando o governo está em crise ele gasta mais e reduz as taxas de juros para evitar cair em recessão.
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