A Economia Clássica
Por: Thiago Victor • 14/6/2019 • Trabalho acadêmico • 4.709 Palavras (19 Páginas) • 202 Visualizações
- Discorra acerca da Divisão do Trabalho para Adam Smith.
O maior aprimoramento das forças produtivas do trabalho, é a maior parte da habilidade, destreza e bom senso, com quais o trabalho em toda parte dirigido ou executado, parecem ter sido resultado da divisão do trabalho. Nas manufaturas maiores, o trabalho é divido em um número de partes muito maior do que nas manufaturas menores, por isso, a divisão do trabalho não é tão óbvia de imediato, então, tem sido menos observada. Um exemplo tirado de uma manufatura muito pequena, mas na qual a divisão do trabalho muitas vezes tem sido notada: a fabricação de alfinetes. A divisão do trabalho, na medida em que pode ser introduzida, gera, em cada ofício um aumento proporcional das forças produtivas do trabalho a diferenciação das ocupações e empregos parece haver-se efetuado em decorrência dessa vantagem. Essa diferenciação aliás, geralmente atinge o máximo nos países que se caracterizam pelo mais alto grau da evolução, no tocante trabalho e aprimoramento. Na agricultura o trabalho do país rico nem sempre é muito mais produtivo que nos países pobres, ou, pelo menos, nunca é mais produtivo na mesma proporção que é geralmente nas manufaturas. Todavia embora um país pobre, não obstante a inferioridade no cultivo das terras, possa, até certo ponto, rivalizar com os países ricos quanto aos baixos preços e a qualidade do trigo, jamais poderá enfrentar a competição no tocante as suas manufaturas, ao menos se essas indústrias atenderem a situação do solo, do clima e da situação do país rico.
O Esse grande aumento na quantidade de trabalho que, em consequência da divisão do trabalho, o mesmo número de pessoas é capaz de realizar, é devido a três circunstâncias: em primeiro lugar, devido a maior destreza existente em cada trabalhador; em segundo, a poupança daquele tempo, que geralmente, seria costume perder ao passar de um tipo de trabalho para o outro; finalmente, a invenção de um grande número de máquinas que facilitam e abreviam o trabalho, possibilitando á uma única pessoa fazer o trabalho que, de outra forma, teria que ser feito por muitas. Em primeiro lugar, o aprimoramento da destreza do operário necessariamente aumenta a quantidade de serviço que ele pode realizar: A divisão do trabalho, reduzindo a atividade de cada pessoa a alguma operação simples e fazendo dela o único emprego de sua vida, necessariamente aumenta muito a destreza do operário (exemplo da produção de pregos). Em segundo lugar, a Vantagem que se aufere economizando tempo que geralmente se perderia no passar de um tipo de trabalho para o outro é muito maior. É impossível passar com muita rapidez de um tipo de trabalho para o outro, por que este é executado em lugar diferente e com ferramenta muito diversa. Ao começar o novo trabalho raramente ela se dedica logo com entusiasmo sua cabeça está em outra e durante algum tempo ela mais flana do que trabalha seriamente. Por isso, quase sempre o torna indolente e preguiçoso além de fazê-lo incapaz de aplicar-se com intensidade, mesmo nas ocasiões de maior urgência. Independentemente, portanto, de sua deficiência no tocante à destreza e rapidez, essa razão é suficiente para reduzir sempre e consideravelmente a quantidade de trabalho que lhe é capaz de levar a cabo. Em terceiro e último lugar, as consequências de quanto o trabalho é facilitado e abreviado pela utilização de máquinas adequadas. As pessoas tem maior probabilidade de descobrir com maior facilidade e rapidez métodos para atingir um objetivo quando toda a sua atenção está dirigida para esse objeto único, do que quando a mente se ocupa com a grande variedade de coisas. Uma ou outra das pessoas ocupadas em cada setor de trabalho específico logo acaba descobrindo métodos mais fáceis e mais rápidos de executar seu trabalho específico. Grande parte das máquinas utilizadas nas manufaturas em que o trabalho está mais subdividido constitui originalmente invenções de operários comuns, os quais, com autoridade, se preocupam em concentrar sua atenção na procura de métodos para executar sua função com maior agilidade e rapidez estando cada um deles empregado em uma operação muito simples. Assim, um dos maiores aperfeiçoamentos introduzidos nas máquinas, podem ser descobertos por operários comuns que queiram poupar-se no próprio trabalho. Contudo, muito desse aperfeiçoamentos foram efetuados pelo engenho dos fabricantes das máquinas e alguns desses aperfeiçoamentos foram obras de pessoas denominadas filósofos ou pesquisadores. E a grande multiplicação das produções de todos os diversos ofícios multiplicação esta decorrente da divisão do trabalho, que gera, em uma sociedade bem dirigida, aquela riqueza universal que se estende até as camadas mais baixas do povo. Cada trabalhador tem pra vender uma grande quantidade do seu próprio trabalho, além daquela que ele mesmo necessita, e pelo fato de todos os outros trabalhadores estarem exatamente na mesma situação pode ele trocar grande parte de seus próprios bens por uma grande quantidade de bens desses outros. Fornece-lhes em abundância aquilo de que carecem, e estes, por sua vez, com a mesma abundância, lhe fornecem aquilo de que ele necessita; assim é que todas as camadas da sociedade se difundem uma abundância geral de bens.
Essa divisão do trabalho, da qual deriva tantas vantagens, não é, em sua origem, o efeito de uma sabedoria humana qualquer, que preveria e visaria esta riqueza geral a qual da origem. Ela é a consequência necessária, embora muito lenta e gradual, de uma certa tendência ou propensão existente na natureza humana que não tem em vista esta utilidade extensa, ou seja, a propensão a intercambiar, permutar ou trocar uma coisa pela outra. Essa propensão se encontra em todos os homens, não se encontrando em nenhuma outra raça de animais, que não parece conhecer nem essa nem qualquer outra espécie de contratos. Uma sociedade civilizada um homem a todo momento necessita da ajuda e cooperação de grandes multidões e sua vida inteira mal seria suficiente para conquistas a amizade de algumas pessoas. O homem, entretanto, tem necessidade quase constante da ajuda dos semelhantes, e é inútil esperar essa ajuda simplesmente da benevolência alheia. Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas da consideração que eles têm pelo seu próprio interesse. Ninguém, a não ser o mendigo, sujeita-se a depender sobre tudo da benevolência dos semelhantes. Mesmo um mendigo não depende inteiramente dessa benevolência. Assim como é por negociação, por escambo ou por compra que conseguimos um dos outros a maior parte dos serviços recíprocos de que necessitamos, da mesma forma essa mesma propensão ou tendência a permutar que originalmente gera a divisão do trabalho. Dando assim origem as diferenças de talento, as diferenças de talento naturais em pessoas diferentes é muito menor do que pensamos, a grande diferença de habilidade de distingue entre si pessoas de diferentes profissões quando chegam a maturidade, em muitos casos não é tanto a causa mais o efeito da divisão do trabalho, assim como é essa propensão que gera essa diferença de talentos, tão notável entre pessoas de profissões diferentes, é essa mesma propensão que faz com que essa diferença seja útil. Cada animal individualmente, continua obrigado a ajudar-se e defender-se sozinho não dependendo um do outro, não auferindo vantagem alguma da variedade de talentos com a qual a natureza distingue seus semelhantes. Ao contrário entre os homens os caracteres e habilidades mais diferente são úteis uns aos outros; as produções diferentes do respectivos talentos e habilidades, em virtude da capacidade e propensão geral ao intercâmbio, ao escambo e a troca são como que somados em um cabedal comum, no qual cada um pode comprar qualquer parcela da produção dos talentos dos outros, de acordo com as suas necessidades.
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