A Economia Monetária
Por: Brunacruzlais • 15/6/2019 • Abstract • 3.849 Palavras (16 Páginas) • 224 Visualizações
P2 de monetária
- Por que, segundo Keynes e os pós- keynesianos, a política monetária possibilita influenciar variáveis reais como o emprego e a renda/produto e quais as razões e os meios, segundo essa abordagem, que possibilita essa influência?
R: Keynes acredita que a política monetária é eficaz e capaz de afetar o nível de emprego. Os pós-keynesianos consideram que a política monetária e eficaz para afetar variáveis reais (emprego, produto, renda, etc.).
Resumidamente, a moeda não é neutra, nem no curto nem no longo prazo. Para que a política monetária seja operativa é necessário uma estrutura institucional e instrumentos monetários que induzam indivíduos a alterar portfólio.
São três os instrumentos de política monetária:
• A fixação de reservas bancárias compulsórias (depósito compulsório);
• A determinação da taxa de juros das operações de redesconto e empréstimos de
liquidez (redesconto e empréstimos de liquidez);
• As operações de compra e venda de títulos da divida publica (open market).
O compulsório e o redesconto afetam a capacidade dos bancos de fornecer empréstimos de curto prazo às empresas.
As empresas devem antecipar receitas, junto aos bancos, para pagar fornecedores e salários aos trabalhadores.
Duplo interesse: as empresas necessitam antecipar receitas e os bancos precisam realizar empréstimos.
Assim que as empresas convertem mercadorias produzidas em moeda, ressarcem os bancos. Os bancos desempenham função útil numa economia monetária. A capacidade dos bancos de antecipar receitas para as empresas:
• Tem relação direta com o volume de produção das empresas (emprego, renda, etc.).
• E determinada pelas condições estabelecidas pelo compulsório e pelo redesconto.
• Através do compulsório e da taxa de juro do redesconto as autoridades afetam a capacidade dos bancos de efetuar empréstimo (conceder crédito).
• Resumidamente: as decisões de produção (e emprego) são condicionadas pelo acesso das empresas ao credito bancário.
As operações do open market afetam as decisões de investimentos.
• Sobressai ainda mais o papel do credito bancário (de longo prazo).
• O investidor potencial se vê diante da possibilidade de adquirir maquinas e equipamentos ou títulos financeiros.
• O investimento ocorre quando a rentabilidade esperada for maior que a taxa de juros (𝐸𝑚𝑔𝐾 ≥ 𝑖).
• Redução na taxa de juros tende a estimular a demanda por ativos de capital.
• Quando o BACEN compra títulos pode estimular as decisões de investimento (implicara mudanças no portfólio).
Para Keynes, redução na taxa de reservas compulsória ou redução na taxa de juros do redesconto podem não estimular as decisões de investir.
Afeta a oferta de fundos para empréstimos, mas pode não afetar a demanda.
Os bancos podem aumentar as preferências pela liquidez sem conceder credito.
Assim, os investidores não têm motivos para alterar seus portfólios, de forma a torna-los menos líquidos.
A redução nas taxas de reservas compulsória afeta a taxa de juros de curto prazo com efeitos sobre a produção e consumo, via credito.
Tal política per se não é capaz de estimular os empresários a tomarem decisões de implementar investimentos.
O investimento só ocorrera se já existir demanda reprimida de crédito, anterior ao aumento do credito resultante da adoção de tais políticas monetárias.
O Bacen opera as políticas monetárias com vistas a circulação industrial e financeira (economia monetária). Na circulação industrial a moeda desempenha a função predominante de meio de troca. Na circulação financeira a moeda desempenha a função predominante de reserva de valor.
A Arte da política monetária sugerida por Keynes e pelos pós-keynesianos visa o aumento do produto e transformar moeda-ativo em meio de troca.
O objetivo da política monetária e aumentar o estoque monetário, na circulação financeira, através do open market, reduzir a taxa de juros, estimular estratégias de recomposição de portfólio.
A política monetária não age diretamente sobre o produto industrial, como a política fiscal. A PM induz vazamentos de moedas da circulação financeira para a circulação industrial fazendo aumentar o investimento, a produção e o emprego.
- Descreva as razões pelas quais, segundo o modelo de síntese neoclássica Keynesiana (Keynesianos bastardos), a política monetária é impotente enquanto instrumento que possibilite provocar alterações em variáveis reais do sistema econômico, tais como: emprego, o produto e a renda.
R: Os teóricos da síntese neoclássica não acreditam que a política monetária é potente para alterar variáveis reais (emprego, produto, renda, etc.).
A impotência da política monetária decorre da constatação empírica de que a curva de investimento (IS) e inelástica a mudanças na taxa de juros.
Os velhos-keynesianos (síntese neoclássica) dão ênfase na política fiscal como instrumento de estabilização da economia.
Embora a síntese neoclássica reconheça que teoricamente, e em certas circunstancia, possa haver influencia da variação do volume de moeda sobre o produto, consideram que a política monetária tem potencia reduzida, comprada a política fiscal.
Decorre da constatação empírica de que a função demanda por bens de capital apresenta baixa elasticidade-juro.
A síntese neoclássica relegou a moeda e a política monetária papel secundário enquanto instrumento de estabilização econômica e de crescimento.
Seria necessário uma expansão elevada dos meios de pagamentos para se obter pequenos resultados sobre emprego e produção.
A função investimento da síntese neoclássica apresenta baixa elasticidade do investimento à taxa de juros.
[pic 1]
Estabelecendo as conexões entre IS-LM temos o gráfico a seguir. O ponto Eo mostra onde a economia está em equilíbrio no mercado monetário e no mercado de bens.
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