A Evolução do Pensamento na Ciência Econômica

A economia política surge a partir do momento em que as discussões econômicas passam a se preocupar não apenas com as relações indivíduo-sociedade e com o que afetam essas relações, mas também com o crescimento econômico e de que forma ele pode ser alcançado. Quando a economia estava atrelada a fatores éticos, culturais, religiosos e políticos o foco não era a busca de um crescimento econômico, mas a partir do século XVIII este passou a ser considerado um objetivo em si.

Tanto o surgimento da economia política quanto o seu declínio ocorreram a partir do rompimento de idéias. Para que a economia política surgisse, foi necessário romper com elementos que caracterizava o que era economia na época, e então o intuito dos estudos passa a ser não mais encontrar a felicidade ou agir de acordo com a igreja, mas sim planejar o crescimento econômico. A partir de então, começaram a surgir diversas teorias e modelos que estudavam o crescimento econômico. Tratando-se do declínio da economia política, pode-se dizer que ele ocorreu a partir do rompimento da mesma com questões sociais, políticas e culturais na tentativa de se formar uma economia pura e que pudesse ser entendida e quantificada através da matemática.

Pensadores como Adam Smith, David Ricardo e Karl Marx refletiram sobre as formas dos indivíduos de se organizar em sociedade a partir das relações de produção. Apesar de Smith acreditar na possibilidade dessas relações ocorrerem de forma harmônica, Ricardo e Marx discordavam, mesmo que com argumentos diferentes.

Marx observa as relações de produção através da geração de valor e não da geração de preços. Segundo ele os donos dos meios de produção ficam com a riqueza gerada, sendo que quem gera a riqueza são os trabalhadores. Além disso, Marx observa que os detentores de capital exercem uma maior influencia não apenas no âmbito da produção, mas também no que ele chama de superestrutura. A partir dessas idéias Marx critica a economia política quando demonstra não acreditar que o mercado gera igualdade.

O declínio do termo economia política se dá a partir de quando alguns teóricos passam a querer separar o que é economia do que é política. Para esses teóricos, a economia estuda apenas as relações de produção materiais e comerciais, e por isso a política deveria ser colocada de lado da economia. Estes estudiosos tinham preocupações muito mais teóricas e buscavam criar o que chamaram de Economia pura, ou seja, menos prepositiva e ignorando tudo que não eram considerados como fatores econômicos. Eles acreditavam que para entender as interações econômicas dos indivíduos era desnecessário entender razões sociais, culturais, religiosas ou políticas que os levavam a tomar as decisões, bastava entender como se entrelaçam os sistemas de preços e fazer um controle matemático.

A economia para Veblen deveria sofrer mais algumas alterações, pois ele a considera uma ciência não evolucionista. Para Veblen, os estudiosos apesar de saberem pesquisar bem e organizar os fatos, ainda tratam as ações do homem como isoladas e determinadas por forças externas. Nesse caso, a economia estaria ignorando o fato de que a atividade econômica ocorre devido às interações humanas que advêm de um processo de encadeamento, onde as interações provocam mais interações. Para que a economia se torne evolucionária ela deveria estudar