A Evolução da Teoria da Economia Industrial
Por: Karine Veiga • 8/8/2018 • Resenha • 3.454 Palavras (14 Páginas) • 355 Visualizações
Capítulo 1 - A evolução da Teoria da Economia Industrial
O capítulo traz as principais idéias que antecederam a teoria da Moderna Economia Industrial. Essa teoria se converge com a microeconomia pois trata de unidades econômicas individuais de decisão.
Empresa ou firma: consiste em uma unidade primária de ação dentro da qual seus recursos têm o fim de produção, buscando maximizar seus resultados. A empresa procura os fatores de produção como capital, trabalho, tecnologia e terra, empregando-os para a produção de bens e serviços que são vendidos no mercado. Industria: conjuntos de firmas que elaboram produtos semelhantes quanto a constituição física ou ainda baseado na mesma matéria-prima, de modo que podem ser tratadas analiticamente em conjunto.
Os Fisiocratas, representado por François Quesnay, século XVII, não consideravam relevantes os conceitos de empresa industrial citados acima, mas sim reduzia as categorias de uma nação em Três classes: Produtiva, composta pelos que cultivavam a terra, única fonte de riqueza; a dos proprietários que compreendiam os soberanos, os possuidores de terras e os dizimeiros; a classe estéril formada por cidadãos ocupados em trabalhos e serviços, que não fosse agrícola, incluindo a manufatura.
Com a ocorrência da Revolução Industrial, no final do século XVIII e início do XIX, desenvolveu-se a ideologia do liberalismo, onde restringia as funções do governo para com os aspectos econômicos, a interferência governamental era proibida nos demais assuntos econômicos. Esse liberalismo favoreceu para o desenvolvimento do sistema fabril. As transformações ocorridas na economia gerarão uma divisão do trabalho social entre o campo e as atividades manufatureiras e terciárias. Entre os defensores dessa linha estão Adam Smith, Ricado, Mathus e Say. Para Smith o sistema de preços era infalível, pois levaria sempre ao equilíbrio da firma e da economia. Jean Baptiste Say a partir da analise da produção de riqueza desenvolve o conceito de industria, divididos em três tipos: Industria agrícola, quando se limita a colher os produtos da natureza; Industria manufatureira, quando ele separa, mistura e modela os produtos da natureza para adaptá-los as nossas necessidades; Industria comercial, quando coloca a nossa disposição os objetos que precisamos. Com os neoclássicos a Teoria dos Preços, baseados nos conceitos de “utilidade”, passou a compor a toma da de decisão da empresa.
3. O advento da Teoria contemporânea
A contemporânea teoria da Economia Industrial foi reconhecida apenas nos anos 50, nos escritos de Andrews. Ela se insere na estrutura geral da microeconomia, porém apresenta uma relação com a teoria microeconomia neoclássica. A microeconomia tradicional preocupa-se com a determinação de uma posição de equilíbrio na firma e nos mercados econômicos, não há lugar para o comportamento arbitrário por parte das firmas individuais. A Economia Industrial enfatiza este comportamento individual das firmas e dos mercados no decorrer de processos de crescimento, concentração, diversificação e fusões.
A Microeconomia enfoca as analises através de modelos mais abstratos, rigorosos e simplificados do comportamento da firma, enquanto a Economia Industrial se inclina sobre o conhecimento empírico mais detalhado e sobre as condições institucionais especificas da firma individual.
1.4 A critica a abordagem de equilíbrio
O strabalhos de Sraffa, Joan Robinson e Cgamberlin trouxeram uma nova visão sobre a determinação dos preços de uma empresa ao criticarem as premissas básicas da concorrência perfeita e colocaram em dúvida a existência de apenas duas formas de organização de mercado preconizadas desde os clássicos, mascando assim o advento da teoria da Economia Industrial como evolução em relação a microeconomia tradicional.
Capítulo 2 - O oligopólio na Teoria de Economia Industrial
A industrialização capitalista, resultou em uma crescente acumulação e centralização do capital no final do século XIX e inicio do século XX originou mercados supridos por um numero pequenos de grandes empresas. Das criticas a Teoria da Firma se originou a Teoria do Oligopólio.
As primeiras Teorias de Oligopólio se baseavam-se em modelos de abordagem clássica. No modelo de Cournot era assumida a interdependência entre as firmas produtoras ou vendedoras, estabelecendo a noção de curvas de reação, onde representa a maneira pela qual cada firma reage as ações de outras oligopolistas. Hipóteses: produto homogêneo, custos de produção idênticos e nulos, o comportamento dos doupolistas é análogo no sentido de maximizar os lucros e não há acordo entre eles. Bertrand também idealizou um modelo de duopólio em 1883 que postulava que uma firma estabeleceria seu preço na crença de que o preço da outra não se alterava, sendo o preço fixo e não mais as quantidades, e cada doupolista o estabelecerá na suposição que o preço de seu concorrente continuará constante.AS hipóteses são as mesmas de Cournot. Edgeworth desenvolveu um modelo de duopólio no final do século XIX, onde questionava a condição de um equilíbrio estável e de que os produtores não teriam qualquer limitação de capacidade produtiva, estando constantemente aptos para o atendimento da demanda de mercado. As hipóteses são, os produtos são homogêneos ou então substitutos perfeitos, os custos de produção são idênticos, as quantidades produzidas são igual para os dois oligopolista e insuficiente para atender a toda a demanda de mercado, os doupolistas situam-se no mesmo mercado, cada duopolista orienta suas ações admitindo o preço estabelecido pelo rival como constante e visando colocar toda sua produção de mercado. Outro economista foi Stackelberg, quem em 1934 desenvolveu um modelo mais realista em que coexistia um líder e um seguidor, em que o seguidor se comportava como o modelo de Cournot e o líder tinha vantagens com o comportamento assumido pelo seguidor. As hipóteses eram: os produtos são homogêneos, os custos de produção não existem para os duopolistas, as curvas de procura são lineares e as firmas desejam maximizar seus lucros, existem duas categorias de firmas as lideres e as seguidoras.
A formação de preços no oligopólio
A interdependência entre as firmas levam ao estabelecimento de acordos de visam a maximização do lucro conjunto de todas as firmas, em substituição do lucro individual. A Teoria dos Preços analisa a formação de preços no tipo de oligopólio conveniente e organizado, que é quando as empresas são coniventes na determinação de preços e de distribuição de mercado entre si e se organizam em uma associação central, e no tipo de oligopólio não-organizado que assumem duas formas distintas; oligopólio conivente não organizado, quando ocorrem acordos informais e tácitos para estabelecer preços e cotas de produção e fugir às leis antitrustes e os oligopólios não coniventes, não organizados, quando ações independentes das firmas, com menor exatidão com relação das rivais e com guerras de preços ou de marketing.
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