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A FABULA DAS ABELHAS” E “A RIQUEZA DAS NAÇÕES

Por:   •  24/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.526 Palavras (11 Páginas)  •  440 Visualizações

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“A FABULA DAS ABELHAS” E “A RIQUEZA DAS NAÇÕES”

1 - Apresente as principais características conceituais da fábula das abelhas, em seguida articule os conceitos citados pelo autor a situações presentes da economia atual.

O texto “A fábula das abelhas” de Eduardo Gianetti da Fonseca, conta de forma irônica como o vício de cada abelha em particular eram vitais para o fortalecimento da economia da colmeia como um todo. Porém as abelhas começam a ficar insatisfeitas, e clamam por ética e justiça na colmeia, então, quando por ação divina as abelhas deixam de ter qualquer traço de egoísmo, oportunismo ou corrupção e passam a serem boas e virtuosas. Mas não demora muito e começam a surgir os resultados desta virtuosidade, como desemprego em larga escala e o declínio da economia da outrora grandiosa colmeia. O que se pretende mostrar é a importância dos vícios (ganância, vaidade, inveja, orgulho, etc.), mas deixando claro que, apesar de andarem juntos com a grande sociedade, e que seria impossível a riqueza sem eles, um indivíduo particular da sociedade que cometesse algum vício deve ser reprovado ou até mesmo punido se este tornar-se crime. Resumindo, aceita-se que os vícios movem a economia, mas não se deixa de combater os seus excessos.

Fonseca trás no início de seu texto que “a ética é um filtro. Ela existe para impedir, em alguma medida, que aquilo que nos acontece espontaneamente [...] determine sem medição aquilo que faremos ao agir no mundo.” (1994, p 4), este filtro faz com que se diferencie o desejo do desejável, onde a ambição material movimenta a economia e as pessoas ditam as regras do mercado, elas são as grandes consumistas, as responsáveis por movimentar a economia, desejo de riqueza, autoafirmação, onde é deixado de lado os aspectos morais para se valer de seus próprios interesses capitais.  De acordo com o texto, todos deveriam ser egoístas para que a economia seja rentável. Mas, ao tirar isso das abelhas, a economia se estagna, por acomodação das mesmas.  Para o autor, quando um povo aspira à grandeza, o vício é tão necessário para o Estado como o é a fome para comer. Por isso, a virtude sozinha não pode fazer com que as nações vivam no esplendor. 

Estavam divididas em duas classes: canalhas assumidos, que eram os especuladores, charlatões, etc, e canalhas dissimulados, honestos mas que cometiam alguma trapaça ou golpe. E não importando a classe, o sonho era o mesmo para as duas, encontrar o caminho mais fácil e curto para obter riqueza.

Para se promover na sociedade, o indivíduo tende a defender valores morais, entretanto quando é para a sua autopromoção, torna-se um falso moralista. E mesmo assim este desejo pela busca do auto interesse teria como consequência não intencional um carácter estabilizador para a sociedade. O Estado atua regulando esses interesses, com a finalidade de “proteger o bem comum” e baseando as leis nesta perspectiva. Caso o Estado falhe, ele compromete todo o sistema.

A nossa economia, atualmente, se enquadra perfeitamente na fábula da colmeia, pois essa sociedade baseada em moralismo, não seria capaz de manter nosso sistema econômico que é regido pelo consumismo e acumulação de capital. Toda a ilusão em buscar felicidade em bens materiais coloca os indivíduos num ciclo vicioso de consumir e trabalhar, e sem que ele se de conta disso, pois ele se satisfaz em ostentar. Outra questão seria o falso moralismo que ocorre em nossa sociedade, que na visão do autor acarreta numa estagnação da economia, porque no fim das contas, todos estes vícios são fundamentais para a prosperidade da nação, exemplo disso em nossa sociedade, o consumo de bens matérias a larga escala, sendo que os mesmos parecem ser feitos para não durar, forçando a ser feita a sua troca com maior frequência. Como há a concentração de maiores riquezas e propriedades nas mãos de uns, sempre terá o contraste da miséria e a crescente desigualdade socioeconômica. Mesmo sendo colocado que os vícios particulares são necessários, o Estado implanta leis, que classificam o que de fato é licito ou ilícito no mercado econômico, para que haja um equilíbrio, assim como hoje, podemos ter como exemplo, o imposto de renda, que seria uma forma de se equilibrar a situação socioeconômica, mas mesmo assim, existem os “sonegadores”, então vemos que por mais correto que aquele indivíduo pareça ele sonega ao Estado por acreditar que não deveria pagar tantos impostos, impostos estes que são revertidos em investimentos na sociedade. Mas como o próprio autor coloca, é preciso que os honestos e desonestos exerçam seus papeis na sociedade, pois ao mesmo tempo temos ganhos e perdas.

2- Caracterize como Adam Smith propõe o funcionamento da mão invisível do estado.

A mão invisível do Estado, seria o que o Estado (seus governantes) tira do trabalhador e ele nem percebe, como por exemplo, descontos no salário. Essa parcela retirada volta para o dono do capital fazendo com que o trabalhador precise trabalhar cada vez mais para suprir este valor que lhe foi retirado. É como se a mão invisível transferisse o dinheiro do mais pobre para o mais rico.

3- Sintetize o texto resumo “A riqueza das nações.” de Adam Smith, do 1º ao 9º item, evidenciando os conceitos fundamentais elencados pelo autor sobre economia e mercado.

Capítulo I – Da divisão do trabalho: A divisão do trabalho, onde ela pode ser introduzida, gera, em cada função, um aumento das forças produtivas do trabalho.

Com o aumento da quantidade de trabalho, decorrente da divisão do trabalho, onde o mesmo número de pessoas é capaz de realizar, deve-se a três circunstancias distintas: maior destreza do trabalho; poupança de tempo, que seria aquele perdido ao se trocar de uma atividade para outra; e finalmente, a invenção de maquinas que facilitam e reduzem o trabalho, possibilitando que uma única pessoa possa fazer o que antes era feito por muitas.

É a grande multiplicação das produções de todas as diversas funções – multiplicação essa proveniente da divisão do trabalho – que gera, em uma sociedade bem administrada, uma riqueza que se estende até as camadas mais baixas do povo. Cada trabalhador tem uma grande quantidade de seu próprio trabalho para vender, além daquela que ele necessita; e como todos os outros estão na mesma situação, ele pode trocar grande parte dos seus bens por uma grande quantidade, ou – o que seria a mesma coisa – pelo preço dos bens desses outros. Como é fornecido em abundancia aquilo de que sobram, estes, por sua vez, com a mesma abundancia, fornecem o que lhes falta; dessa forma é difundido em todas as camadas da sociedade uma abundancia geral de bens.

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