A Fuga ao Fisco Em Moçambique
Por: Putosurpresa • 19/9/2018 • Trabalho acadêmico • 4.115 Palavras (17 Páginas) • 2.910 Visualizações
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 3
CONCEITOS BÁSICOS 4
SISTEMA FISCAL MOÇAMBICANO 5
FUGA AO FISCO EM MOÇAMBIQUE 7
CAUSAS QUE LEVAM A PRÁTICA DA FUGA AO FISCO E EVASÃO FISCAL 8
FORMAS DE PRATICAR A FUGA AOS IMPOSTOS 9
EFEITOS DA FUGA AO FISCO 10
Para o Contribuinte: 10
Para o Estado: 10
BASES LEGAIS 10
IMPORTÂNCIA DE PAGAMENTO DOS IMPOSTOS 11
COMBATE A FUGA A FISCO 13
Aumentar a fiscalização 13
Aposta na Educação Fiscal 14
Clarificação das informações 14
Aliança Entre O Estado E Os Contabilistas, Auditores E Gestores 14
Criação de meios de informação 14
ALGUNS CASOS SOBRE O TEMA 15
CONCLUSÃO 17
BIBLIOGRAFIA 18
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INTRODUÇÃO
Este trabalho procura trazer, informações relevantes de um tema pouco debatido na sociedade em geral, algo que achamos que deve estar em constante estudo, análise e debate na sociedade moçambicana, trata-se neste caso da Fuga ao Fisco em Moçambique. Procura-se entender os reais motivos da prática deste acto e as possíveis formas de combater a não aderência ou pratica do mesmo (algo que é extremamente difícil) por parte dos cidadãos e empresas.
Não se trata de um estudo profundo ou completo do tema, mas de um breve estudo que permita esclarecer e fazer entender aos demais interessados que esta pratica cria um impacto negativo para o desenvolvimento do país e analisar os possíveis meios existentes para minimizar a constante prática deste acto ilícito.
O trabalho trará também um pouco daquilo que é o sistema fiscal moçambicano, com o principal objectivo de clarificar as obrigações fiscais dos cidadãos, comerciantes e empresas que habitam ou actuam no território moçambicano.
Criar manobras de escapar das obrigações fiscais as quais estamos sujeitos a cumprir, vem se tornando uma prática normal para os cidadãos moçambicanos, onde a melhor maneira de adquirir ganhos é não incluir o valor dos tributos em suas transacções ou operações, desfalcando assim as receitas arrecadadas pelo estado através dos impostos. Para realização deste trabalho foram consultadas fontes como livros, manuais e pesquisas pela internet.
CONCEITOS BÁSICOS
Antes de dar inicio com relação a análise do tema em destaque neste trabalho, é essencial que conheçamos alguns conceitos, para a melhor percepção do mesmo, estes conceitos foram criados sob o ponto de vista fiscal:
Fuga – significa objectivamente, saída ou retirada feita para escapar de alguém ou de algo, ou melhor, é a manobra feita para o não cumprimento dos deveres por parte do cidadão ou empresa.
Fisco – é uma denominação dada a autoridade financeira que tem como responsabilidade e função de fiscalizar e controlar o cumprimento da legislação tributária vigente em um país ou uma região.
Fuga ao Fisco – é a manobra feita pelo cidadão ou empresa, para o incumprimento da legislação tributária vigente em um país ou região. Em poucas palavras Fuga ao fisco é o acto voluntário de não pagar os impostos.
Imposto - define-se como uma prestação pecuniária compulsiva de carácter unilateral, cujo objectivo é gerar recursos orientados prioritariamente para o financiamento da prestação de serviços que visem a satisfação de necessidades públicas. (ACIS, 2011:10)
Sistema Fiscal – é o conjunto de regras e instituições que regem a situação fiscal de uma pessoa singular ou colectiva.
SISTEMA FISCAL MOÇAMBICANO
O sistema fiscal é estruturado com vista a satisfazer as necessidades financeiras do Estado e das demais entidades públicas, realizar os objectivos da política económica do Estado e garantir uma justa repartição dos rendimentos e da riqueza (art. 127 CRM).
O sistema fiscal constitui um dos meios de assegurar o desenvolvimento do aparelho de Estado, parte fundamental do crescimento dos serviços administrativos, e de estímulo da procura através do expediente das despesas públicas, dos subsídios ou reduções fiscais aos sectores privados e do controlo da própria produção. (ACIS, 2011)
O sistema tributário moçambicano integra impostos directos e impostos indirectos, actuando a diversos níveis:
- Impostos directos: quando recaem sobre os rendimentos seja eles singulares ou colectivos e na riqueza;
- Impostos indirectos: quando recaem sobre a aquisição de bens e serviços ou seja, quando recai sobre as despesas dos cidadãos.
De acordo com a Associação de Comercio e Industria de Moçambique (ACIS, 2010) Os impostos estão repartidos da seguinte forma:
Principais Impostos do Estado:
- Imposto sobre os Rendimentos das Pessoas Colectivas (IRPC);
- Imposto sobre os Rendimentos das Pessoas Singulares (IRPS);
- Imposto Simplificado para Pequenos Contribuintes (ISPC);
- Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).
Outros Impostos sobre a Despesa:
- Imposto sobre Consumos Específicos;
- Direitos Aduaneiros;
- Taxa sobre os Combustíveis.
Impostos sobre a Transmissão da Propriedade:
- Imposto sobre as Sucessões e Doações;
- Sisa (Contribuição de Registo).
Outros impostos do estado:
- Imposto sobre Veículos;
- Imposto do Selo;
- Imposto de Reconstrução Nacional.
Sistema tributário autárquico:
- Imposto Pessoal Autárquico;
- Imposto Predial Autárquico;
- Taxa por Actividade Económica;
- Imposto Autárquico sobre Veículos;
- Imposto Autárquico da Sisa (Sisa Autárquica);
- Contribuição de Melhorias.
Regimes tributários especiais:
- Imposto Especial sobre o Jogo;
- Impostos específicos da actividade mineira;
- Imposto sobre a Produção Mineira;
- Imposto sobre a Superfície;
- Imposto específico da actividade petrolífera;
O actual sistema tributário encontra-se a vigorar em Moçambique de acordo com os padrões internacionais de boas práticas nos países em desenvolvimento. Neste sistema o IVA, ISPC IRPC e IRPS são as maiores e principais fontes de receitas.
Sistemas de tributação
De acordo com a literatura económica e fiscal, existem três principais sistemas:
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