A Grande Depressão, Keynes e o New Deal
Por: Carolina Pinto • 26/2/2021 • Trabalho acadêmico • 2.978 Palavras (12 Páginas) • 371 Visualizações
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A Grande Depressão, Keynes e o New Deal
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Trabalho escrito para a disciplina de Economia C 12º ano (T3)
Realizado por:
Bruna Silvestre nº3 12ºA
Maria Beatriz nº14 12ºA
Mihaela Navin nº22 12ºA
Professora Dulce Vilhena
Faro, 2020/2021
Índice
- Introdução..............................................................................................2
- A Grande Depressão........................................................................3 a 5
- Relação entre Covid-19 e a Grande Depressão....................................6
- John Keynes..........................................................................................7
- Liberalismo/ Keynesianismo (a base do New Deal)..............................8
- Será Keynes da esquerda política?.......................................................9
- New Deal...........................................................................................9 e 10
- Medidas Implementadas..................................................................10 e 11
- Conclusão..............................................................................................12
- Bibliografia...........................................................................................13
Introdução
O presente trabalho é sobre a Grande Depressão, Keynes e o New Deal.
Optámos por escolher este tema, uma vez que já o tínhamos introduzido em aula e considerámos pertinente aprofundar e enriquecer um pouco mais os nossos conhecimentos, já que o mesmo teve grandes impactos a nível social e marcou significativamente a história da economia.
Pretende-se explicar em que consistiu a famosa “Grande Depressão”, conhecida pela crise de 1929, e relacioná-la com o novo coronavírus. Para tal, é importante compreender o papel de John Maynard Keynes e a sua influência na economia americana. Iremos também fazer uma breve alusão ao facto da teoria keynesiana se opor ao liberalismo. Por fim e consequentemente, abordaremos a temática do New Deal, explicitando a sua origem e medidas adotadas.
Este trabalho foi realizado e repartido de igual modo pelas três alunas através do google drive, uma vez que não nos pudemos encontrar devido à pandemia em que vivemos atualmente, o que dificultou em parte a execução do mesmo. Todas trabalhámos equitativamente os assuntos analisados, daí não existir uma repartição específica. Foi a partir da internet que recolhemos as informações, facilitando, assim, a estruturação do trabalho.
Relativamente às dificuldades sentidas ao longo da realização deste trabalho, achámos que, por se tratar de uma temática maioritariamente histórica e não estarmos tão familiarizadas com essa mesma disciplina, tornou-se difícil a interpretação de certos assuntos. Ainda assim, esperamos abranger os fatores de maior relevância.
A Grande Depressão
A Grande Depressão, também conhecida como Crise de 1929, foi uma grande depressão económica americana que teve início em 1929, tendo apenas terminado com a Segunda Guerra Mundial. Trata-se do pior e mais longo período de recessão económica do sistema capitalista do século XX. Este período de depressão económica causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas do PIB de diversos países, da produção industrial, preços de ações, quebras na atividade económica, em diversos países no mundo.
O início da Grande Depressão dá-se a 24 de outubro de 1929. No entanto, já anteriormente a produção industrial americana tinha começado a ter quebras, causando um período de leve recessão económica. Neste dia, deu-se o crash da bolsa de Nova Iorque, quando se verificou a queda drástica dos valores de ações na bolsa de valores de Nova Iorque, a New York Stock Exchange. Assim, milhares de acionistas perderam, de um momento para o outro, avultados montantes. Muitos perderam tudo o que tinham.
O crash da bolsa de valores de Nova Iorque piorou drasticamente os efeitos da recessão já existente, causando grande deflação e queda nas taxas de venda de produtos que, por sua vez, obrigaram ao encerramento de inúmeras empresas comerciais e industriais, elevando assim drasticamente as taxas de desemprego. O colapso continuou nos dias que se seguiram.
Não foi só nos EUA que se sentiu os efeitos da Grande Depressão. Estes tiveram repercussões no mundo inteiro, embora tenham variado de país para país. Os países onde as consequências foram mais graves e evidentes foram a Alemanha, Países Baixos, Austrália, França, Itália, o Reino Unido e, especialmente, o Canadá. Porém, em certos países pouco industrializados naquela época, como a Argentina e o Brasil (que não conseguiu vender o café que tinha para outros países), a Grande Depressão acelerou o processo de Industrialização. Por sua vez, na União Soviética não se fez sentir esta crise e recessão económica. Verifica-se que, entre 1929 e 1932, o PIB mundial caiu cerca de 15%.
Os efeitos negativos da Grande Depressão atingiram o seu auge nos Estados Unidos em 1933. Neste ano, o Presidente americano Frank Delano Roosevelt aprovou uma série de medidas conhecidas como o New Deal. Essas políticas económicas, adotadas quase simultaneamente por Roosevelt nos Estados Unidos e por Hialmar Schacht na Alemanha foram, três anos mais tarde, incluídas por John Maynard Keynes na sua obra “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”. Para muitos, tratou-se de um ato de coragem de Roosevelt, uma vez que o projeto keynesianista tinha o intuito de o Estado interferir na economia, o que na época era inadmissível, visto ser habitual a prática do mercado livre (o próprio mercado resolveria os problemas da economia). Estatisticamente, esta grande depressão, após 1929, provocou nos 3 anos seguintes a queda de 30% do PIB, tendo o desemprego disparado para 25%, mas a queda em 1929 foi “apenas” de 16,1%.
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A figura 2 representa os mecanismos da crise de 1929 como um ciclo. Através desta figura, observamos que o subconsumo e a superprodução causam a quebra dos lucros que vem em consequência da redução dos preços, originando falências comerciais e industriais. Por sua vez, estas podem motivar tanto a quebra dos rendimentos como a quebra das ações, promovendo a ocorrência de falências bancárias que levam à diminuição do crédito.
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