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A Imigração e a Formação do Mercado de Trabalho

Por:   •  10/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.103 Palavras (5 Páginas)  •  186 Visualizações

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Formação Econômica do Brasil I

Prof Leandro Morais

A Imigração e a Formação do Mercado de Trabalho - Francisco Vignoli

  1.  Expansão cafeeira: lei de terras e imigração
  • Século XIX marca grandes transformações na vida político-econômica do Brasil
  • Estagnação da economia brasileira por motivos como o declínio preço açúcar no mercado internacional e a concorrência estadunidense na produção de algodão;
  • A alta do preço do café ocasionada pela desorganização da produção no Haiti incentivou o início da produção dessa cultura, inicialmente no Vale do Paraíba dada sua proximidade do porto do Rio de Janeiro e com utilização de mdo oriunda da economia mineira
  • Ocorre a formação de uma nova classe empresária responsável pela produção e expansão do café
  • O aumento demanda de café nos mercados internacionais elevaram os preços e encorajaram aumento da produção que, em 1840 torna-se o principal produto exportação
  • Novas áreas de cultivo; necessidade de mdo era obstáculo ao desenvolvimento do café
  • Já em 1850 se realçava a urgência de substituir a mdo escrava pela imigração de colonos livres
  • Praticava-se comércio interprovincial de escravos do nordeste para o sul do Brasil
  • A elites cafeicultoras alegavam a necessidade de medidas que suavizasse a transição da mdo escrava para mdo livre
  1.  Experiências iniciais de imigração
  • A partir de 1840 o café se tornou o principal produto de exportação brasileiro e a escassez de mdo causada pelo declínio do tráfico de escravos dificultava a expansão da cafeicultura;
  • Inicia-se a política de imigração com objetivo principal de fornecer mdo para lavoura cafeeira;
  • 1824: Início da colonização alemã no sul do Brasil que declina no início de 1850;
  • A política imperial de povoamento do Brasil advogava pela imigração de homens livres e brancos, que aqui se tornariam pequenos proprietários;
  • A possibilidade do imigrante se tornar proprietário funcionaria como atrativo à imigração
  • Por outro lado esse pensamento vai sofrendo oposição, pois não resolveria o problema da falta de mdo nas lavouras

O sistema de parceria

  • Tem início no final da década de 1840 quando o senador Vergueiro com apoio imperial passa a contratar colonos europeus que seriam introduzidos como mdo nas lavouras de café.
  • Gastos dos imigrantes com transporte e consumo eram adiantados pelos fazendeiros e deveriam ser saldados até o momento em que o colono pudesse se sustentar pelo próprio trabalho
  • Ao chegar, o colono recebia um pedaço de terra que deveria ser utilizado para o cultivo do café e demais culturas para sua subsistência
  • Metade do lucro líquido da venda do café era repassado ao imigrante e seus ganhos com a venda das outras culturas também era divido com o fazendeiro;
  • O declínio do sistema de parceria se deu, entre outros motivos, pelo fato de que pressupunha a confiança total do colono no fazendeiro, além da impossibilidade de fiscalização no resto do processo produtivo e também pelo fato de que o endividamento do imigrante era um artifício utilizado pelo fazendeiro para mantê-lo em sua propriedade, impossibilitando-o de trabalhar em outras atividades que pudessem gerar maiores rendas
  • Como consequência começaram a eclodir rebeliões, as autoridades europeia passaram a desincentivar a emigração nos moldes do sistema de parceria
  • O principal problema do sistema de parceria evoluído posteriormente para o trabalho assalariado se dava pela impossibilidade do colonos solucionarem seus problemas econômicos, permanecendo endividados não resolvendo o problema de mdo nas lavouras

Os núcleos oficiais de colonização

  • A política de subsistência dos colonos para com a terras do Brasil não foi efetiva pois não atendia os interesses dos grandes fazendeiros, que demandavam mdo

  • Desse modo, a política de colonização que visava o estabelecimento de núcleos coloniais fracassou sistematicamente, mesmo quando sua instalação visava funcionar como uma espécie de viveiros de mdo à disposição das fazendas
  • Por outro lado, a colonização italiana ocorrida no RS a partir de 1875 ocorreu nos moldes dos núcleos oficiais de colonização e do estabelecimento do imigrante como pequeno proprietário e visou inicialmente a produção de bens destinados ao mercado interno -incrementando os nexos monetários - e transformando-se posteriormente numa importante região vinícola
  • Ainda assim, as políticas imigrantista não satisfaziam aos cafeicultores visto que ainda não solucionavam o problema da demanda por mdo
  • Desse modo, o Estado passou a financiar a imigração dos colonos que eram encaminhado as diretamente para as fazendas
  1.  A imigração subvencionada
  • Política na qual o Estado financiava o fluxo de imigrantes, responsabilizando-se pelo recrutamento, transporte e distribuição do trabalhadores diretamente para as lavouras de café, garantido-se desse modo a expansão da cafeicultura
  • O amplo processo imigratório que caracteriza a economia mundial do século XIX é formado tanto pelos fatores de atração dos imigrantes quanto por fatores de expulsão dos emigrantes
  • Foram fatores de atração o declínio do escravismo, a expansão da cafeicultura, os subsídios concedidos aos fazendeiros pelo Estado, a utilização da propaganda como instrumento de incentivo à imigração, entre outros
  • Foram fatores de expulsão a pressão demográfica e a depressão econômica, ao crescimento econômico causado pela expansão da indústria cafeeira e a propaganda que acenava com a possibilidade do imigrante tornar-se proprietário de terras
  • O volume da imigração tornou lucrativa a criação e venda de novas fazendas, dada a oferta ilimitada de mdo
  • Desse modo, a política de financiamento por parte do Estado causou a expansão tanto da imigração quanto do café, que no início século XX culminou em uma crise de superprodução tanto pelo excesso de produção quanto pela diminuição da demanda internacional e diminuição do fluxo migratório acusados pelo início da I GM
  • Em função disso, foi adotado o Convênio de Taubaté que era uma política de valorização deste produto
  • Finalmente, a crise de 1929 causou a bruxa queda dos preços internacionais do café e, por consequência, a crise da economia cafeeira

O período 1880-1897

  • O desempenho da atividade cafeeira era diretamente proporcional à quantidade de imigrantes e às políticas de subsídio
  • Desde a gênese do programa de imigração buscava-se a vinda de imigrantes em larga escala para proporcionar a expansão da indústria cafeeira e manter os salários em níveis baixos

O período de 1898-1913

  • O alto desempenho da indústria cafeeira que representava ¾ da produção mundial resultou na primeira brasileira crise de superprodução do século XX

O período de 1914-1918

  • Representou uma diminuição do processo imigratório juntamente com as exportações de café devido ao início da I GM

O período de 1919-1930

  • Intervenção do Estado nas compras do excedente de produção, acentuada no período entre 1925-29
  • Como consequência tal política não conseguiu frear o aumento da produção visto que os produtores não reduziram a quantidade produzida
  • Esse período representou o último grande movimento de imigração associado a um aumento no setor especulativo do setor cafeeiro que resulta na crise de superprodução da década de 1930

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