A LOGÍSTICA COMO ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO: UMA ANÁLISE ACERCA DA INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA CAPIXABA E DA RELEVÂNCIA DO TERMINAL INDUSTRIAL MULTIMODAL DA SERRA - TIMS
Por: monicaerler • 9/4/2017 • Monografia • 14.149 Palavras (57 Páginas) • 307 Visualizações
A LOGÍSTICA COMO ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO:
UMA ANÁLISE ACERCA DA INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA CAPIXABA E DA RELEVÂNCIA DO TERMINAL INDUSTRIAL MULTIMODAL DA SERRA - TIMS
VITÓRIA
2014
A LOGÍSTICA COMO ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO:
UMA ANÁLISE ACERCA DA INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA CAPIXABA E DA RELEVÂNCIA DO TERMINAL INDUSTRIAL MULTIMODAL DA SERRA - TIMS
VITÓRIA
2014
RESUMO
O estado do Espírito Santo possui grande potencialidade logística dada sua localização estratégica, próxima aos maiores produtores nacionais: os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O desenvolvimento de atividades e investimentos em infraestrutura capixaba teve um início tardio, mas passou por grandes mudanças, principalmente na década de 1990. No entanto, as mudanças ocorrem de maneira lenta no setor público e não são capazes de acompanhar o desenvolvimento da infraestrutura e competência privadas, não oferecendo infraestrutura de acesso adequada para o crescimento econômico. Com este estudo, pretende-se analisar a infraestrutura logística do Estado do Espírito Santo conjuntamente com um estudo do Terminal Industrial Multimodal da Serra (TIMS), um terminal multimodal privado que oferece infraestrutura física para instalação de empresas, com intuito de avaliar a relevância do investimento privado em infraestrutura física para o desenvolvimento econômico do estado.
Palavras-chave: Logística – capixaba. Infraestrutura. Crescimento. Espírito Santo. TIMS.
SUMÁRIO
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1 INTRODUÇÃO
Até o início da década de 1950, o Espírito Santo tinha uma economia agrícola, pautada basicamente no cultivo de café. A partir dos anos 60 até o início dos anos 80, grandes projetos foram implementados no Estado como resultado da atração de investimentos do governo federal e das empresas públicas, bem como da política de atração de recursos. Um desses recursos foi o FUNDAP, que levou a um expressivo aumento nas tramitações de importação e exportação no Estado. Entretanto, o Espírito Santo não estava dotado infraestrutura física suficiente para atender a essa nova demanda, sendo necessário novos investimentos para dar suporte as empresas. Em termos de infraestrutura, as décadas de 1970 e 1980 foram marcadas pela realização de grandes investimentos estatais nos setores de portos, telecomunicações e transportes (BONELLI e LEVY, 2010).
Contudo, no início da década de 1990, houve um novo ciclo de intensificação da demanda por esses serviços, devido à abertura comercial. Para atender o aumento das importações, era preciso que houvesse ainda mais investimentos em infraestrutura. Com a possibilidade de desenvolvimento das atividades logísticas privadas, devido a grande demanda existente, há uma modernização das empresas logísticas privadas, e, nesse contexto, surge o Terminal Industrial e Multimodal da Serra, um terminal de uso privado que oferece infraestrutura logística física às empresas.
O objetivo deste trabalho é mostrar qual a importância do investimento privado em logística para o crescimento do Estado do Espírito Santo, para isto, será feita uma revisão de literatura do assunto e uma sucinta análise acerca da infraestrutura logística pública do estado, apontando os gargalos existentes, as políticas para o desenvolvimento dessa infraestrutura nos últimos dez anos e as perspectivas para o futuro. Para falar das políticas públicas, será utilizado um estudo feito pelo DER-ES, entendendo este como o mais completo e conciso sobre o assunto, pois trata especificamente de um estudo logístico.
Por fim, será feita uma exposição sobre o TIMS, o contexto no qual surgiu e os agentes envolvidos neste processo. Para o desenvolvimento deste tópico, foram feitas entrevistas com pessoas envolvidas na concepção e implantação do terminal, já que não existem estudos e publicações a respeito.
2 REVISÃO DE LITERATURA
A logística é considerada um dos conceitos gerenciais mais modernos, devido a dois fatores principais, sendo o primeiro deles de natureza econômica. Com a globalização, aumentaram as incertezas, a proliferação de produtos, trazendo menores ciclos de vida de produtos e maiores exigências de serviços, assim como novas exigências competitivas. O segundo fator é de natureza tecnológica, caracterizado por uso intensivo em tecnologias da informação, tornando o gerenciamento logístico mais eficiente e eficaz. Desta forma a logística não é apenas uma ferramenta gerencial, mas uma importante atividade econômica que contribui de forma efetiva e significativa para a estrutura de custos das empresas (FLEURY, 2000).
Segundo acepção mais comum, o termo logística deriva do francês logistique e significa:
Parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: a) projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação manutenção e evacuação de material (para fins operativos ou administrativos); b) recrutamento, incorporação, instrução e adestramento, designação, transporte, bem-estar, evacuação, hospitalização e desligamento de pessoal; c) aquisição ou construção, reparação, manutenção e operação de instalações e acessórios destinados a ajudar o desempenho de qualquer função militar; d) contrato ou prestação de serviços (Ferreira, 1999, p. 1231).
Essa definição não é suficientemente explicativa, pois não abrange todos os pontos a serem tratados neste estudo. Para tanto, uma definição mais completa e usada por diversos autores que tratam do tema é a do Council of Logistics Management (CLM), na qual
Logística é o processo de planejamento, implantação e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de atender às exigências dos clientes (apud BALLOU, 2006, p.27).
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