Infraestrutura De Estradas

1) Apresentação

Qualquer obra de engenharia em sua concepção exige a aplicação de um projeto inicial, o projeto de uma obra de engenharia, em particular de uma “estrada” chama-se projeto de rodovias. Este projeto objetiva mostrar o aprendizado e a montagem de um estudo das definições geométricas de uma rodovia, englobando suas características técnicas tais como raios de curvatura, rampas e plataforma e do projeto de terraplanagem consistindo na determinação dos volumes e na elaboração do quadro de distribuição do movimento de terra.

2) Introdução

Este trabalho tem como objetivo descrever e detalhar o aprendizado e a montagem do projeto geométrico e de terraplenagem de uma estrada em pista simples com o volume de tráfego diário médio entre 301 e 700 veículos por dia a uma velocidade de projeto de 60 km/h (característica de um relevo ondulado). Tem por objetivo o estudo das condições espaciais da rodovia, calculando e definindo seus raios de curvatura, rampas, plataforma e volumes de terraplenagem. Com uma precisão que permita sua formação espacial.

Conforme conteúdo ministrado em, o grupo desenvolveu o estudo do traçado, que objetiva a delimitação dos locais convenientes para a passagem da rodovia, a partir da obtenção de informações básicas a respeito da geomorfologia da região e a caracterização geométrica desses locais de forma a permitir o desenvolvimento do projeto pretendido.

A topografia da região foi informada (vide prancha do trabalho). Ficou determinado que a estrada fosse da classe III, com curvas circulares com transição em espiral, velocidade de projeto de 60km/h e superelevação máxima de 8%.

3) Metodologia (projeto executivo: conceitos e fases)

Projeto executivo é a construção intelectual de uma estrada. Aborda alguns itens como o horizonte de projeto, tempo considerado para a duração da rodovia levando em conta o estudo de capacidade que consiste na previsão de quanto tempo a rodovia poderá suporta o tráfego e com qual qualidade.

O projeto executivo é constituído das seguintes fases:

 estudos:

- Tráfego

- Topográfico/Traçado

- Hidrológico

- Geológico

- Geotécnico

- Avaliações ( pavimento se existente e OAE se existente)

- Meio Ambiente

- Plano Funcional

 Projetos

- Geométrico

- Terraplenagem

- Drenagem

- Pavimentação

- Interseção

- Sinalização

- Obras complementares

- Obras de Arte Especial

- Relatórios de impacto

- Paisagismo

- Desapropriação

- Relocação do serviço público

 Complementares

- Memória Justificativa

- Relatório do projeto

- Notas de serviço

- Especificações construtivas

- Cadastros ( para restauração)

- Plano de ataque

- Quantitativos

- Cronogramas

- Orçamentos

3.1 – Projeto geométrico

O Projeto Geométrico é o detalhamento espacial da rodovia. É definido pelo traçado do seu eixo em planta e pelo perfil longitudinal. Foi trabalhado em sala com os itens:

3.1.1 – Estudo de traçado

Os traçados em planta devem ser constituídos por arcos de raios com desenvolvimentos tão amplos quanto a topografia o permitir e a diferenciação das curvas circulares simples e curvas espirais de transição.

As curvas circulares simples apesar de resultarem em um traçado fluente e contínuo do eixo (sem descontinuidade do ponto de vista geométrico), acabam prejudicando as concordâncias horizontais com outras curvas circulares simples, devido ao surgimento de forças laterais que atuam sobre os veículos nas curvas, e devido à própria dificuldade de dirigir (especialmente os veículos de maior porte) em curvas. Esses fatores como vimos em aulas anteriores são minimizados pela introdução da superelevação e superlargura na pista, porém não conseguiríamos introduzi-las quando passássemos de tangente para curva circular simples, pois a passagem de condição de tangente para a de curva circular simples ocorre de forma instantânea. Assim utilizamos a curva espiral de transição, como sua própria denominação sugere, uma curva de transição tem a função de permitir a passagem gradativa de um trança em tangente para um traçado em curva circular.

Os traçados devem ser tão direcionais e adaptados à topografia quanto possível. Nas extremidades de tangentes longas devem ser evitadas curvas de raios pequenos, duas curvas horizontais de sentidos opostos devem ser concordadas com a tangente mínima necessária.

3.1.2 – Definições dos raios:

Traçadas as quatro tangentes que se interceptam nos PI’s fornecidos, a escolha do melhor raio para cada curva levou em consideração as limitações do terreno e do projeto e o AC (ângulo central) correspondente.

3.1.3 – Cálculo dos elementos da curva:

Definidos os raios a serem utilizados podemos calcular os outros pontos relevantes cuja caracterização é necessária para se definir geometricamente a concordância com espiral de transição, são eles:

• PI: ponto de interseção das tangentes

• I: