A Obsolescência Programada

A obsolescência programada e seus efeitos na sociedade e no mercado

É comum ouvi atualmente a frase: “As coisas não duram como antigamente”, realmente os produtos não são produzidos com a intenção de satisfazer o consumidor por muito tempo. Mas sim para que após algum tempo de uso o produto começar apresentar defeitos, que  levam ao usuário  realizar  a substituição, ou seja, a compra de um novo produto.

             A obsolescência programada surgiu entre os anos de 1929 e 1930, após a grande depressão. Onde  Foi implantada  um modelo de fabricação, como tentativa de reerguer a economia. Tendo como processo a produção de  determinado produto, onde  o desenvolvedor propositalmente limita a sua vida útil, acarretando assim, uma garantia de lucro ao capitalista. Isso acontece por meio da obsolescência programada. Constatou-se que esse modelo era  mais lucrativo, ora, nos anos anteriores ao surgimento da mesma, os produtos industrializados tinha uma vida útil bastante satisfatória. Porem a quantidade vendida era menor e o tempo de reposição do produto era maior, ou seja, o consumidor não tinha necessidade de compra periodicamente o mesmo produto. Nessa técnica passou se vender mais em quantidade e  com uma qualidade inferior, Obrigando ao consumidor a realizar a substituição dos produtos com menor intervalo de tempo. Pessoas com mais de 60 anos, presenciaram e usufruíam dessa qualidade desses produtos,

Compravam geladeiras, carros, roupas e etc, que duravam 10, 15 e até 20 anos. Produtos como estes já não encontrados no mercado com facilidade.  Um exemplo da utilização da obsolescência planejada foi, o cartel Phoebus organizado por grandes empresas produtoras de lâmpadas, onde foi definido que seus produtos deveriam ter a durabilidade menor com intenção aumentar as vendas e os lucros. Antes da formação do cartel e da crise de 29, a vida útil de uma lâmpada tinha uma média de 2500 horas, após tais acontecimentos a duração foi reduzida de forma brusca para 1000 horas.

        A área onde se percebe uma ocorrência mais acentuada  pela obsolescência programada é a tecnológica. Normalmente, durante a duração da garantia oferecida pelo fabricante, o produto funcionar perfeitamente, entretanto passada a mesma, o produto começa a apresentar problemas. Outro exemplo é o da impressora que ao ser produzido é introduzido ao seu chip, um contador de impressões que após certo limite ela é programada para de funcionar.

        O consumidor se sentido lesado pela tal pode  recorrer judicialmente, como ocorreu com compradores de Ipads da Apple. Após certo tempo de uso a bateria do aparelho parou de funcionar, o usuário tentava ter algum retorno de suporte da empresa, como a compra de   uma nova bateria ou a trova da mercadoria, porem a empresa só dava como solução a compra de outro produto, após várias audiências a empresa teve que indenizar seus clientes prejudicados.

        Outro entrave importante é o apoio da publicidade, que por meios das mídias induzem os consumidores, com comerciais alegres, apresentando produtos com novas tecnologias e designers cada vez mais modernos. Indiretamente taxando o modelo atual do consumidor com antigo e atrasado. Com isto o consumidor é impulsionado à compra a mercadoria nova, para não ficar “atrasado”.  

E notório que a humanidade esta consumindo mais do que o planeta é capaz de repor.  E uma das principais consequências da obsolescência programada é o grande impacto que ela provoca ao meio ambiente. Ao se observa de forma especifica, o consumidor não tendo nenhum suporte de recuperar seu produto, acabar comprando outro, e se desfazendo do antigo. Muitas vezes esse descarte não é efeito de forma correta. Agora, isto ocorrendo em grande escala, gerar um enorme acumulo de produtos defeituosos, que normalmente não tem ou não passam por um processo de reciclagem adequado, pois quando se tratar de resíduos de alta tecnologia à uma certa dificuldade em fazer tal procedimento de forma eficaz, gerando   assim, um grande problema ambiental.